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Estudando a série André Luiz
Ano 8 - N° 373 - 27 de Julho de 2014
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 30)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Que é que gera em nossa alma estados indutivos pelos quais atraímos pensamentos em sintonia com os nossos?

Toda compressão de agentes mentais, através da atenção, gera em nossa alma estados indutivos. A leitura de certa página, a consulta a esse ou àquele livro, determinada conversação, ou o interesse voltado para esse ou aquele assunto, colocam-nos em correlação espontânea com as Inteligências encarnadas ou desencarnadas que com eles se harmonizem, por intermédio das cargas mentais que acumulamos e emitimos, na forma de quadros ou centelhas em série, com que aliciamos para o nosso convívio mental os que se entregam a ideações análogas às nossas. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XV, págs. 102 e 103.)

B. Em face disso parece fundamental vigiar os próprios pensamentos. É isso que devemos entender?

Sim, é isso. É pela projeção de nossas ideias que nos vinculamos às Inteligências inferiores ou superiores de nosso caminho. E, para mostrar quanto se faz necessário o equilíbrio perante a vida, lembremos que, à maneira das correntes incessantes de força, que sustentam a Natureza terrestre, também o pensamento circula ininterrupto, no campo magnético de cada Espírito, extravasando-se para além dele, com as essências características a cada um. Queira ou não, cada alma possui no próprio pensamento a fonte inestancável das próprias energias. Correntes vivas fluem do íntimo de cada Inteligência, a se projetarem no seu “halo energético”, estruturando-lhe a aura ou fotosfera psíquica, à base de cargas magnéticas constantes, conforme a natureza que lhes é peculiar. (Obra citada, cap. XV, pp. 102 e 103.)

C. Como podemos gerar correntes mentais construtivas?

Do mesmo modo que a Natureza encontra, na distribuição harmoniosa das próprias energias, o caminho justo para o próprio equilíbrio, sustentando-se em movimento contínuo, o Espírito identifica, no trabalho ordenado com segurança, a trilha indispensável para o seu clima ideal de euforia. Quanto mais enobrecida a consciência, mais se lhe configurará a riqueza de imaginação e poder mental, surgindo portanto mais complexo o cabedal de suas cargas magnéticas ou correntes mentais, a vibrarem ao redor de si mesmo e a exigirem mais ampla quota de atividade construtiva no serviço em que se lhe plasmem vocação e aptidão. Seja no esforço intelectual em elevado labor, na criação artística, nas obras de benemerência ou de educação, seja nas dedicações domésticas, nas tarefas sociais, nas profissões diversas, nas administrações públicas ou particulares, nos empreendimentos do comércio ou da indústria, no amanho da terra, no trato dos animais, nos desportos e em todos os departamentos de ação, o Espírito é chamado a servir no benefício de todos, sob pena de conturbar a circulação das próprias energias mentais, agravando os estados de tensão. (Obra citada, cap. XV, pp. 103 e 104.) 

Texto para leitura 

94. Correntes de elétrons mentais – Dentro de certa analogia, temos as correntes de elétrons mentais, por toda a parte, formando cargas que aderem ao campo magnético dos indivíduos, ou que vagueiam, entre eles, à maneira de campos elétricos que acabam atraídos por aqueles que, excessivamente carregados, se lhes afeiçoem à natureza. Recorrendo à imagem da caneta em atrito com o pano de lã, e da máquina eletrostática, em que os elétrons se condicionam para a produção de centelhas, lembraremos que toda compressão de agentes mentais, através da atenção, gera em nossa alma estados indutivos pelos quais atraímos cargas de pensamentos em sintonia com os nossos. A leitura de certa página, a consulta a esse ou àquele livro, determinada conversação, ou o interesse voltado para esse ou aquele assunto, colocam-nos em correlação espontânea com as Inteligências encarnadas ou desencarnadas que com eles se harmonizem, por intermédio das cargas mentais que acumulamos e emitimos, na forma de quadros ou centelhas em série, com que aliciamos para o nosso convívio mental os que se entregam a ideações análogas às nossas. Não que o fenômeno da caneta ou do aparelho eletrostático seja igual à ocorrência da indução mental no cérebro. A analogia de superfície é para salientar a importância dos nossos pensamentos concentrados em certo sentido, porque é pela projeção de nossas ideias que nos vinculamos às Inteligências inferiores ou superiores de nosso caminho. E, para mostrar quanto se faz necessário o equilíbrio perante a vida, lembremos que, à maneira das correntes incessantes de força, que sustentam a Natureza terrestre, também o pensamento circula ininterrupto, no campo magnético de cada Espírito, extravasando-se para além dele, com as essências características a cada um. Queira ou não, cada alma possui no próprio pensamento a fonte inestancável das próprias energias. Correntes vivas fluem do íntimo de cada Inteligência, a se projetarem no seu “halo energético”, estruturando-lhe a aura ou fotosfera psíquica, à base de cargas magnéticas constantes, conforme a natureza que lhes é peculiar, semelhantes de certa forma às correntes de força que partem da massa planetária, compondo a atmosfera que a envolve. (Cap. XV, pp. 102 e 103.)

95. Correntes mentais construtivas – Assim como a Natureza encontra, na distribuição harmoniosa das próprias energias, o caminho justo para o próprio equilíbrio, sustentando-se em movimento contínuo, o Espírito identifica, no trabalho ordenado com segurança, a trilha indispensável para o seu clima ideal de euforia. Quanto mais enobrecida a consciência, mais se lhe configurará a riqueza de imaginação e poder mental, surgindo portanto mais complexo o cabedal de suas cargas magnéticas ou correntes mentais, a vibrarem ao redor de si mesmo e a exigirem mais ampla quota de atividade construtiva no serviço em que se lhe plasmem vocação e aptidão. Seja no esforço intelectual em elevado labor, na criação artística, nas obras de benemerência ou de educação, seja nas dedicações domésticas, nas tarefas sociais, nas profissões diversas, nas administrações públicas ou particulares, nos empreendimentos do comércio ou da indústria, no amanho da terra, no trato dos animais, nos desportos e em todos os departamentos de ação, o Espírito é chamado a servir bem, isto é, a servir no benefício de todos, sob pena de conturbar a circulação das próprias energias mentais, agravando os estados de tensão. (Cap. XV, pp. 103 e 104.)

96. Correntes mentais destrutivas – Referidos estados de tensão, devidos a “núcleos de força na psicosfera pessoal”, procedem, quase sempre, à feição das nuvens pacíficas repentinamente transformadas pelas cargas anormais de elétrons livres em máquinas indutoras, atraindo os campos elétricos com que se fazem instrumentos da tempestade. Acumulando em si mesma as forças autogeradas em processos de profundo desequilíbrio, a alma exterioriza forças mentais desajustadas e destrutivas, pelas quais atrai as forças do mesmo teor, caindo frequentemente em cegueira obsessiva, da qual muitas vezes se afasta, desorientada, pela porta indesejável do remorso, após converter-se em intérprete de inqualificáveis delitos. Noutras circunstâncias, considerando-se que o processo da obliteração mental, ou “acumulação desordenada das nuvens de tensão no campo da aura”, se caracteriza por imensa gradação, se as criaturas conscientes não se dispõem à distribuição natural das próprias cargas magnéticas, em trabalho digno, estabelecem para si a degenerescência das energias. Nessa posição, elas emitem ondas mentais perturbadas, pelas quais se ajustam a Inteligências perturbadas do mesmo sentido, arrojando-se a lamentáveis estações de aviltamento, em ocorrências deploráveis de obsessão, nas quais as mentes desvairadas ou caídas em monoideísmo vicioso se refletem mutuamente. Chegadas a semelhantes conturbações, seja no arrastamento da paixão ou na sombra do vício, sofrem a aproximação de correntes mentais arrasadoras, oriundas dos seres empenhados, por ignorância, à crueldade – encarnados ou desencarnados –, que, em lhes vampirizando a existência, lhes impõem disfunções e enfermidades de variados matizes, segundo os pontos vulneráveis que apresentem, criando no mundo vastas províncias de alienação e de sofrimento. (Cap. XV, pp. 104 e 105.)

Glossário

Aura [do latim aura] – Halo luminoso que alguns videntes veem. Emanação fluídica do corpo humano e dos demais corpos. A aura é uma radiação que cobre todo o corpo físico, através dele são evidenciadas as emanações da parte física, mental e emocional. É o espelho que mostra toda nossa situação espiritual.

Auréola – Círculo dourado e brilhante que, nas imagens sacras, envolve a cabeça de Cristo e dos santos; halo, resplendor, nimbo. 2. Qualquer círculo luminoso que rodeia um objeto; halo, nimbo. 3.  Fig.  Brilho ou esplendor moral; prestígio, glória, halo. 4. Zona que envolve um mineral, formada pela reação deste, em suas bordas, com o magma que lhe deu origem.

Elétron Partícula fundamental na constituição dos átomos e moléculas, portadora da menor quantidade de carga elétrica livre que se conhece, com massa igual a 1/1837 vezes a massa do próton.

Eletrostática Parte da física que estuda as propriedades e o comportamento de cargas elétricas em repouso.

Halo S. m. V. auréola.

Indução Ato ou efeito de induzir.

Induzir – Instigar, incitar, sugerir, persuadir. Causar, inspirar, incutir. Inferir, concluir, deduzir. Revestir, guarnecer, indutar. Mover, levar, arrastar. Mover, levar, arrastar. Fazer cair ou incorrer. Praticar a indução.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita