Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
30)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que é que gera em
nossa alma estados
indutivos pelos quais
atraímos pensamentos em
sintonia com os nossos?
Toda compressão de
agentes mentais, através
da atenção, gera em
nossa alma estados
indutivos. A leitura de
certa página, a consulta
a esse ou àquele livro,
determinada conversação,
ou o interesse voltado
para esse ou aquele
assunto, colocam-nos em
correlação espontânea
com as Inteligências
encarnadas ou
desencarnadas que com
eles se harmonizem, por
intermédio das cargas
mentais que acumulamos e
emitimos, na forma de
quadros ou centelhas em
série, com que aliciamos
para o nosso convívio
mental os que se
entregam a ideações
análogas às nossas.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XV,
págs. 102 e 103.)
B. Em face disso parece
fundamental vigiar os
próprios pensamentos. É
isso que devemos
entender?
Sim, é isso. É pela
projeção de nossas
ideias que nos
vinculamos às
Inteligências inferiores
ou superiores de nosso
caminho. E, para mostrar
quanto se faz necessário
o equilíbrio perante a
vida, lembremos que, à
maneira das correntes
incessantes de força,
que sustentam a Natureza
terrestre, também o
pensamento circula
ininterrupto, no campo
magnético de cada
Espírito,
extravasando-se para
além dele, com as
essências
características a cada
um. Queira ou não, cada
alma possui no próprio
pensamento a fonte
inestancável das
próprias energias.
Correntes vivas fluem do
íntimo de cada
Inteligência, a se
projetarem no seu “halo
energético”,
estruturando-lhe a aura
ou fotosfera psíquica, à
base de cargas
magnéticas constantes,
conforme a natureza que
lhes é peculiar.
(Obra citada, cap. XV,
pp. 102 e 103.)
C. Como podemos gerar
correntes mentais
construtivas?
Do mesmo modo que a
Natureza encontra, na
distribuição harmoniosa
das próprias energias, o
caminho justo para o
próprio equilíbrio,
sustentando-se em
movimento contínuo, o
Espírito identifica, no
trabalho ordenado com
segurança, a trilha
indispensável para o seu
clima ideal de euforia.
Quanto mais enobrecida a
consciência, mais se lhe
configurará a riqueza de
imaginação e poder
mental, surgindo
portanto mais complexo o
cabedal de suas cargas
magnéticas ou correntes
mentais, a vibrarem ao
redor de si mesmo e a
exigirem mais ampla
quota de atividade
construtiva no serviço
em que se lhe plasmem
vocação e aptidão. Seja
no esforço intelectual
em elevado labor, na
criação artística, nas
obras de benemerência ou
de educação, seja nas
dedicações domésticas,
nas tarefas sociais, nas
profissões diversas, nas
administrações públicas
ou particulares, nos
empreendimentos do
comércio ou da
indústria, no amanho da
terra, no trato dos
animais, nos desportos e
em todos os
departamentos de ação, o
Espírito é chamado a
servir no benefício de
todos, sob pena de
conturbar a circulação
das próprias energias
mentais, agravando os
estados de tensão.
(Obra citada, cap. XV,
pp. 103 e 104.)
Texto para leitura
94. Correntes de
elétrons mentais
– Dentro de certa
analogia, temos as
correntes de elétrons
mentais, por toda a
parte, formando cargas
que aderem ao campo
magnético dos
indivíduos, ou que
vagueiam, entre eles, à
maneira de campos
elétricos que acabam
atraídos por aqueles
que, excessivamente
carregados, se lhes
afeiçoem à natureza.
Recorrendo à imagem da
caneta em atrito com o
pano de lã, e da máquina
eletrostática, em que os
elétrons se condicionam
para a produção de
centelhas, lembraremos
que toda compressão de
agentes mentais, através
da atenção, gera em
nossa alma estados
indutivos pelos quais
atraímos cargas de
pensamentos em sintonia
com os nossos. A leitura
de certa página, a
consulta a esse ou
àquele livro,
determinada conversação,
ou o interesse voltado
para esse ou aquele
assunto, colocam-nos em
correlação espontânea
com as Inteligências
encarnadas ou
desencarnadas que com
eles se harmonizem, por
intermédio das cargas
mentais que acumulamos e
emitimos, na forma de
quadros ou centelhas em
série, com que aliciamos
para o nosso convívio
mental os que se
entregam a ideações
análogas às nossas. Não
que o fenômeno da caneta
ou do aparelho
eletrostático seja igual
à ocorrência da indução
mental no cérebro. A
analogia de superfície é
para salientar a
importância dos nossos
pensamentos concentrados
em certo sentido, porque
é pela projeção de
nossas ideias que nos
vinculamos às
Inteligências inferiores
ou superiores de nosso
caminho. E, para mostrar
quanto se faz necessário
o equilíbrio perante a
vida, lembremos que, à
maneira das correntes
incessantes de força,
que sustentam a Natureza
terrestre, também o
pensamento circula
ininterrupto, no campo
magnético de cada
Espírito,
extravasando-se para
além dele, com as
essências
características a cada
um. Queira ou não, cada
alma possui no próprio
pensamento a fonte
inestancável das
próprias energias.
Correntes vivas fluem do
íntimo de cada
Inteligência, a se
projetarem no seu “halo
energético”,
estruturando-lhe a aura
ou fotosfera psíquica, à
base de cargas
magnéticas constantes,
conforme a natureza que
lhes é peculiar,
semelhantes de certa
forma às correntes de
força que partem da
massa planetária,
compondo a atmosfera que
a envolve. (Cap. XV,
pp. 102 e 103.)
95. Correntes
mentais construtivas
– Assim como a Natureza
encontra, na
distribuição harmoniosa
das próprias energias, o
caminho justo para o
próprio equilíbrio,
sustentando-se em
movimento contínuo, o
Espírito identifica, no
trabalho ordenado com
segurança, a trilha
indispensável para o seu
clima ideal de euforia.
Quanto mais enobrecida a
consciência, mais se lhe
configurará a riqueza de
imaginação e poder
mental, surgindo
portanto mais complexo o
cabedal de suas cargas
magnéticas ou correntes
mentais, a vibrarem ao
redor de si mesmo e a
exigirem mais ampla
quota de atividade
construtiva no serviço
em que se lhe plasmem
vocação e aptidão. Seja
no esforço intelectual
em elevado labor, na
criação artística, nas
obras de benemerência ou
de educação, seja nas
dedicações domésticas,
nas tarefas sociais, nas
profissões diversas, nas
administrações públicas
ou particulares, nos
empreendimentos do
comércio ou da
indústria, no amanho da
terra, no trato dos
animais, nos desportos e
em todos os
departamentos de ação, o
Espírito é chamado a
servir bem, isto é, a
servir no benefício de
todos, sob pena de
conturbar a circulação
das próprias energias
mentais, agravando os
estados de tensão.
(Cap. XV, pp. 103 e
104.)
96. Correntes
mentais destrutivas
– Referidos estados de
tensão, devidos a
“núcleos de força na
psicosfera pessoal”,
procedem, quase sempre,
à feição das nuvens
pacíficas repentinamente
transformadas pelas
cargas anormais de
elétrons livres em
máquinas indutoras,
atraindo os campos
elétricos com que se
fazem instrumentos da
tempestade. Acumulando
em si mesma as forças
autogeradas em processos
de profundo
desequilíbrio, a alma
exterioriza forças
mentais desajustadas e
destrutivas, pelas quais
atrai as forças do mesmo
teor, caindo
frequentemente em
cegueira obsessiva, da
qual muitas vezes se
afasta, desorientada,
pela porta indesejável
do remorso, após
converter-se em
intérprete de
inqualificáveis delitos.
Noutras circunstâncias,
considerando-se que o
processo da obliteração
mental, ou “acumulação
desordenada das nuvens
de tensão no campo da
aura”, se caracteriza
por imensa gradação, se
as criaturas conscientes
não se dispõem à
distribuição natural das
próprias cargas
magnéticas, em trabalho
digno, estabelecem para
si a degenerescência das
energias. Nessa posição,
elas emitem ondas
mentais perturbadas,
pelas quais se ajustam a
Inteligências
perturbadas do mesmo
sentido, arrojando-se a
lamentáveis estações de
aviltamento, em
ocorrências deploráveis
de obsessão, nas quais
as mentes desvairadas ou
caídas em monoideísmo
vicioso se refletem
mutuamente. Chegadas a
semelhantes
conturbações, seja no
arrastamento da paixão
ou na sombra do vício,
sofrem a aproximação de
correntes mentais
arrasadoras, oriundas
dos seres empenhados,
por ignorância, à
crueldade – encarnados
ou desencarnados –, que,
em lhes vampirizando a
existência, lhes impõem
disfunções e
enfermidades de variados
matizes, segundo os
pontos vulneráveis que
apresentem, criando no
mundo vastas províncias
de alienação e de
sofrimento. (Cap. XV,
pp. 104 e 105.)
Glossário
Aura [do
latim aura]
– Halo
luminoso que alguns
videntes veem.
Emanação fluídica do
corpo humano e dos
demais corpos. A aura é
uma radiação que cobre
todo o corpo físico,
através dele são
evidenciadas as
emanações da parte
física, mental e
emocional. É o espelho
que mostra toda nossa
situação espiritual.
Auréola
– Círculo dourado e
brilhante que, nas
imagens sacras, envolve
a cabeça de
Cristo e dos santos;
halo, resplendor, nimbo.
2. Qualquer círculo
luminoso que rodeia um
objeto; halo, nimbo. 3.
Fig. Brilho ou
esplendor moral;
prestígio, glória, halo.
4. Zona que envolve um
mineral, formada pela
reação deste, em suas
bordas, com o magma que
lhe deu origem.
Elétron
– Partícula
fundamental na
constituição dos átomos
e moléculas, portadora
da menor quantidade de
carga elétrica livre que
se conhece, com massa
igual a 1/1837 vezes a
massa do próton.
Eletrostática
– Parte da física
que estuda as
propriedades e o
comportamento de cargas
elétricas em repouso.
Halo
– S. m. V.
auréola.
Indução
– Ato ou efeito
de induzir.
Induzir
– Instigar, incitar,
sugerir, persuadir.
Causar, inspirar,
incutir. Inferir,
concluir, deduzir.
Revestir, guarnecer,
indutar. Mover, levar,
arrastar. Mover, levar,
arrastar. Fazer cair ou
incorrer. Praticar a
indução.