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Joias da poesia contemporânea
Ano 8 - N° 373 - 27 de Julho de 2014

 
 
 

Bom aviso

José Xavier

 

Meus irmãos, em benefício

De nossas reuniões,

Preparando as nossas preces,

Lavemos os corações.

 

Já que na Terra é difícil

Viver sem o «leva-e-traz»,

Pelo menos, por minutos,

Preservemos nossa paz.

 

Alcançando as seis da tarde,

Para que o mal nos esqueça,

Desinfetemos a boca

E arejemos a cabeça.

 

Se a discussão nos procura

Com razão ou sem razão,

Pronunciemos palavras

De bondade e de perdão.

 

Se a política exigir-nos

Opiniões e contatos,

Oremos na paz de Deus

Por todos os candidatos.

 

Risinhos e anedotários

Com pimenta malagueta,

Situemos, sem alarde,

No silêncio da sarjeta.

 

Aflições da parentela

E chagas do pensamento

Resguardemos, apressados,

No cesto do esquecimento.

 

Censuras, reprovações,

Orgulho, mágoa e capricho,

Conservemos, com cuidado,

No depósito de lixo.

 

Ante as doenças e as provas

Guardemos conformação,

Tratando-as, sem desespero,

Na farmácia da oração.

 

Finda a tarefa, porém,

Na jornada costumeira,

Cada qual lavre o seu campo

E viva à sua maneira.

 

Entretanto, relembremos,

Em nossas lutas e tratos,

Que sempre receberemos

De acordo com os nossos atos.

 

Quanto ao mais, Deus nos perdoe,

Socorrendo a nossa fé.

É a bênção que vos deseja

O vosso mano José.

 

Poema transmitido psicofonicamente na noite de 9 de setembro de 1954 por intermédio do médium Francisco Cândido Xavier, publicado no livro Instruções Psicofônicas, obra mediúnica ditada por Espíritos diversos.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita