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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 373 - 27 de Julho de 2014

VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP (Brasil)

 
 
 

A despedida

 
Com esse título, a Polícia Militar do Estado de São Paulo registrou em vídeo um episódio dramático envolvendo ex-presidiário que, sentindo aproximar-se os instantes derradeiros da vida, buscou aliviar o peso que seu coração suportava. Este fato ocorreu na cidade de Igarapava, último município ao norte paulista às margens da via Anhanguera, SP-330, na divisa com o Estado de Minas Gerais.

Em seu leito de dor, procurou por sacerdote da cidade e conversou a respeito de suas necessidades. Pediu para falar com um certo oficial da Corporação, pois queria pedir-lhe perdão por algo que ocorrera durante os tempos em que se achava com a saúde física normal.

Atendendo ao pedido que lhe fora feito, esse oficial foi até a residência do solicitante, sendo recebido pela esposa.

Sentado numa cadeira à beira da cama em que o doente se achava, o policial, em cena comovente, segura a mão daquele homem, cujas condições de saúde física estavam precariíssimas, e ouve o relato que lhe é feito:

“O que eu não quero é ficar em desacerto com ninguém... Eu vou sossegado, quero viver a minha vida sossegado; quero deixar certo que não tem nada a ver entre nós, entendeu? Quero paz, graças a Deus”.

Ao final da conversa e ao despedir-se, o policial lhe diz:

“Fique em paz”.

E o doente lhe responde:

“Graças a Deus, eu estou!”.

Assim encerrou-se o triste e comovente diálogo de alguém que queria recompor-se em seus íntimos sentimentos de arrependimento, com o oficial beijando-lhe o rosto, enquanto desde o início mantinha segura uma das mãos do doente que, levantando o outro braço, se esforça para colocá-lo sobre as costas do policial, num gesto derradeiro de afeto.

Uma semana após este relato, o doente faleceu.

Não houve qualquer preocupação no sentido de conhecer a religião de ambos os protagonistas deste insólito acontecimento, que por si só traduz um respeito recíproco, também inabitual. Este é um assunto desconhecido. Mas, onde existe o respeito, existe fraternidade; existindo fraternidade, existe o reconhecimento de um Poder Divino, que suplanta todos os interesses de ordem material.

Neste episódio podemos configurar aquilo que o Evangelho estabelece como prenúncio de paz: estar bem consigo próprio.

Recompor-se com os possíveis inimigos ou simples adversários é uma necessidade premente do Espírito que desperta, ainda na Terra, vislumbrando a possibilidade de um mundo melhor.

Belo gesto demonstrado da parte do cidadão, significativo registro da Corporação e ato caridoso do oficial, 1º Tem. Helder, comparecendo ao leito de morte e estendendo a mão ao que estava prestes a partir, numa troca harmoniosa de fluidos: de um lado, o que necessita e pede e, do outro, o que pode e assente.

Todos nós, que estamos ainda a caminho, podemos acordar para esse gesto promissor, não obstante os desafios contrários, verdadeiros obstáculos presos ao orgulho e à vaidade, que muitos corações ainda trazem arraigados consigo.

 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita