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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 375 - 10 de Agosto de 2014
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

No Invisível

Léon Denis

(Parte 50 e final)
 

Concluímos nesta edição o estudo metódico e sequencial do clássico "No Invisível", de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.

Questões preliminares   

A. Que condições são importantes no desenvolvimento do poder de curar pela imposição das mãos?

O espírito de caridade, a dedicação levada até ao sacrifício e o esquecimento de si mesmo são as condições necessárias para adquirir e conservar esse poder, um dos mais admiráveis que Deus concede ao homem, que é uma das formas pela qual a ação espiritual se faz sentir no mundo. Certos homens, por meio da prece e do esforço magnético, atraem esse influxo, essa irradiação da força divina que expele os fluidos impuros, causa de tantos sofrimentos, promovendo assim a cura que a tantos tem beneficiado. (No Invisível, 3ª Parte. XXVI - A mediunidade gloriosa.)

B. Que Léon Denis quer dizer com a expressão “mediunidade genial”?

Mediunidade genial é a faculdade de que, segundo ele, são dotados os homens de gênio e sua característica principal é a intermitência, tanto que alguns deles não foram inspirados mais que uma vez na vida: escreveram uma obra imortal e em seguida repousaram. A mediunidade genial se assemelha à mediunidade de incorporação. É precedida de uma espécie de transe, que tem sido justamente denominado “a tortura da inspiração”. A mensagem divina não penetra impunemente o ser mortal; impõe-se-lhe de alguma sorte pela violência. Uma espécie de febre e um frêmito sagrado se apoderam daquele que o Espírito visita. Manifestações, transportes semelhantes aos que agitavam a pítia(2) em sua trípode(3), anunciam a chegada do deus: Ecce deus! (Obra citada, 3ª Parte. XXVI - A mediunidade gloriosa.)

C. Podemos afirmar que a Igreja foi espírita durante os três primeiros séculos?

Segundo Léon Denis, sim. As epístolas de São Paulo e os livros dos Atos dos Apóstolos são manuais clássicos de mediunidade. A teologia escolástica(5) veio, porém, turvar a límpida fonte das inspirações, introduzindo elementos de erro na magnífica síntese da doutrina hierática(6) das primeiras épocas cristãs. A obra chamada o “Areopagita” é inteiramente impregnada de Espiritismo. Na vida dos santos ressuma exuberante a seiva mediúnica de que foi saturada a primitiva Igreja pelo Cristo e seus apóstolos. Os conselhos de São Paulo aos Coríntios são recomendações de um diretor de grupo aos seus iniciados. Tomás de Aquino afirma ter comentado essas epístolas sob o próprio ditado do apóstolo; ele conversava com uma personagem invisível; à noite sua cela era inundada por uma luz estranha e seu discípulo Reginaldo, três dias depois de morto, lhe veio dizer o que vira no Céu. (Obra citada, 3ª Parte. XXVI - A mediunidade gloriosa.)

Texto para leitura 

1282. O poder de curar pelo olhar, pelo tato, pela imposição das mãos, é também uma das formas por que a ação espiritual se faz sentir no mundo. Deus, fonte de vida, é o princípio da saúde física, do mesmo modo que o é da perfeição moral e da suprema beleza. Certos homens, por meio da prece e do esforço magnético, atraem esse influxo, essa irradiação da força divina que expele os fluidos impuros, causa de tantos sofrimentos. O espírito de caridade e dedicação levada até ao sacrifício, o esquecimento de si mesmo, são as condições necessárias para adquirir e conservar esse poder, um dos mais admiráveis que Deus concede ao homem.

1283. Esse domínio, essa superioridade do espírito sobre a matéria, se afirma em todos os tempos. Vespasiano cura pela imposição das mãos um cego e um estropiado. Não menos célebres são as curas de Apolônio de Tiana. Todas são ultrapassadas pelas do Cristo e seus apóstolos, operadas em virtude das mesmas leis.

1284. Nos tempos modernos, pelo ano de 1830, um santo padre bávaro, o Príncipe de Hohenlohe, possuiu essa admirável faculdade. Ele procedia sempre mediante a prece e a invocação, e a fama de suas curas repercutiu em toda a Europa. Curava os cegos, surdos, mudos; uma multidão de doentes e achacados, incessantemente renovados, assediavam-lhe a casa.

1285. Mais recentemente, outros taumaturgos atraíram a multidão dos sofredores e desenganados. Cahagnet, Puységur, Du Potet, Deleuze e seus discípulos fizeram prodígios. Ainda hoje, inúmeros curadores, mais ou menos felizes, tratam com assistência dos Espíritos. Esses simples, esses crentes, são enigmas torturantes para a ciência médica oficial, tão impotente em face da dor, apesar de suas orgulhosas pretensões.

1286. Charcot, esse observador genial, no fim da vida reconheceu-lhes o poder. Numa revista inglesa publicou ele um estudo que se tornou famoso: “The faith healing” (A fé que cura). Com efeito, a fé, que é de si mesma uma fonte de vida, pode bastar para restituir a saúde. Os fatos o demonstraram com eloquência irrefragável. Nos mais diversos meios, homens de bem como o cura d'Ars, o Sr. Vigne, um protestante das Cevennas, o padre João, de Cronstadt, outros ainda, tanto nos santuários católicos como nos do Islã ou da Índia, obtiveram pela prece inumeráveis curas.

1287. Demonstra isso que, acima de todas as igrejas humanas, fora de todos os ritos, de todas as fórmulas e seitas, há um foco supremo que a alma pode atingir pelos impulsos da fé, e no qual vai ela haurir forças, auxílios, luzes, que se não podem apreciar nem compreender desconhecendo Deus e não querendo orar. A cura magnética não exige, na realidade, nem passes, nem fórmulas especiais, mas unicamente o desejo ardente de aliviar a outrem, a invocação profunda e sincera da alma a Deus, fonte e princípio de todas as forças.

1288. Dessas considerações se depreende um fato: é que perpetuamente, em todas as épocas, tem o mundo invisível colaborado com o mundo dos mortais, nele transfundindo suas aspirações e socorros. Os milagres do passado são os fenômenos do presente; só os nomes mudam; os fatos espíritas são eternos.

1289. Assim, tudo se explica, se esclarece e se compreende. Ante o imenso panorama do passado se inclina o pensador, empunhando o facho do novo Espiritualismo; e essa luz, na vastidão dos séculos, a poeira dos destroços, que a História registrou, brilha a seus olhos como auríferas centelhas.

1290. Os homens de gênio, voluntária ou involuntariamente, conscientemente ou não, se acham em relação com o Além; dele recebem os poderosos eflúvios; inspiradores invisíveis os assistem e colaboram em suas obras. Acrescentarei que o gênio é uma mediunidade dolorosa. Os grandes médiuns, como vimos, têm sido os maiores mártires. A morte de Sócrates, o suplício de Jesus e a fogueira de Joana d'Arc são alguns desses calvários redentores que dominam a História.

1291. Todos os grandes homens sofreram; foram, segundo uma palavra célebre: “ilustres perseguidos”. Todo homem que se eleva, isola-se, e o homem isolado sofre; é incompreendido.

1292. Um excelente livro a escrever seria o dos infortúnios do gênio; nele ver-se-ia quão doloroso foi o destino de todos os Cristos deste mundo: Orfeu, dilacerado pelas bacantes; Moisés, enterrado provavelmente vivo no Nebo; Isaías, serrado pelo meio do corpo; Sócrates, envenenado com cicuta; Colombo, acorrentado como malfeitor; Tasso, enclausurado entre loucos; Dante, errando através dos exílios; Milton, pobre como Job e cego como Homero; Camões, agonizando numa enxerga(1) de hospital; os grandes inventores: Galileu, encarcerado pela Inquisição; Salomão de Caus, Bernardo Palissy, Jenner, Papin, Fulton e tantos outros, reputados insensatos! Insensatez sublime, como a de Jesus, que Herodes fez coroar de espinhos e revestir com um manto de púrpura, em sinal de humanidade.

1293. Há nesse fato leis misteriosas, conhecidas outrora pelos sábios, atualmente postergadas, mas que a ciência espiritualista contemporânea deve reconstituir com paciente labor entre numerosas contradições; porque a punição dos povos consiste em readquirir ao preço de seu suor, de seu sangue e suas lágrimas, as verdades perdidas e as revelações menosprezadas.

1294. Voltemos, porém, ao estudo psíquico do gênio. O gênio é uma mediunidade, da qual possui antes de tudo o caráter essencial, que é a intermitência. Um homem superior não o é jamais no estado habitual; o sublime a jato contínuo faria rebentar o cérebro. Os homens de gênio têm às vezes suetos vulgares. Alguns mesmo há que não foram inspirados mais que uma vez na vida; escreveram uma obra imortal e em seguida repousaram.

1295. Numerosos exemplos o demonstram: a mediunidade genial se assemelha à mediunidade de incorporação. É precedida de uma espécie de transe, que tem sido justamente denominado “a tortura da inspiração”. A mensagem divina não penetra impunemente o ser mortal; impõe-se-lhe de alguma sorte pela violência. Uma espécie de febre e um frêmito sagrado se apoderam daquele que o Espírito visita. Manifestações, transportes semelhantes aos que agitavam a pítia(2) em sua trípode(3), anunciam a chegada do deus: Ecce deus!

1296. Todos os grandes inspirados – poetas, oradores, músicos, artistas – têm experimentado essa hiperexcitação sibilina(4), em consequência da qual chegaram alguns mesmo a morrer. Rafael consumiu-se na flor dos anos. Há jovens predestinados cujo invólucro demasiado frágil não pôde suportar a energia das inspirações super-humanas, e que tombaram, logo ao alvorecer do próprio gênio, como a delicada flor que o primeiro raio de sol atira morta ao chão.

1297. A Igreja admite essa doutrina; ensina que dentre os seus autores sagrados alguns são diretamente inspirados, como os profetas, outros simplesmente assistidos. Essa distinção entre a inspiração e a assistência é para nós representada pelos diferentes graus da mediunidade. Lembremo-nos a esse respeito do que expusemos em outro lugar. A Igreja foi espírita durante os três primeiros séculos. As Epístolas de São Paulo e os livros dos Atos dos Apóstolos são manuais clássicos de mediunidade.

1298. A teologia escolástica(5) veio turvar a límpida fonte das inspirações, introduzindo elementos de erro na magnífica síntese da doutrina hierática(6) das primeiras épocas cristãs. A obra chamada o “Areopagita” é inteiramente impregnada de Espiritismo. Na vida dos santos ressuma exuberante a seiva mediúnica de que foi saturada a primitiva Igreja pelo Cristo e seus apóstolos.

1299. Os conselhos de São Paulo aos Coríntios são recomendações de um diretor de grupo aos seus iniciados. Tomás de Aquino afirma ter comentado essas epístolas sob o próprio ditado do apóstolo; ele conversava com uma personagem invisível; à noite sua cela era inundada por uma luz estranha e seu discípulo Reginaldo, três dias depois de morto, lhe veio dizer o que vira no Céu. Alberto, o Cirande, hauria sua incomparável ciência da Natureza por meio de infusão(7) mediúnica, ciência que lhe foi retirada subitamente, do mesmo modo que lhe havia sido transmitida; e na idade de quarenta anos tornou-se ele novamente ignorante como uma criança.

1300. Joaquim de Flora e João de Parma, seus discípulos, foram instruídos por meio de visões e escreveram, sob o ditado de um Espírito, “O Evangelho Eterno”, que contém, em gérmen, toda a revelação do futuro. Os “litterati” da Renascença, Marsilio Ficino, de Florença; Pico de Mirandola, Jerônimo Cardan, Paracelso, Pomponácio e o insigne Savonarola imergiram na mediunidade como num oceano espiritual.

1301. O século XVII teve também seus gloriosos inspirados. Pascal tinha êxtase; Malebranche escreveu, na obscuridade de uma cela fechada, sua “Pesquisa da Verdade”. O próprio Descartes refere que o seu sistema genial da “Dúvida Metódica” lhe foi revelado por súbita intuição que lhe atravessou o pensamento com a rapidez de um raio.  Ora, à filosofia cartesiana(8), assim oriunda de uma espécie de revelação mediúnica, é que devemos a emancipação do pensamento moderno, a libertação do espírito humano, encarcerado havia séculos na fortaleza escolástica, verdadeira bastilha(9) do despotismo aristotélico e monástico(10).

1302. Esses grandes iluminados do século XVII foram os precursores de Mesmer, de Saint-Martin, de Swedenborg, da escola san-simoneana e de todos os apóstolos da doutrina humanitária, precedendo Allan Kardec e a atual escola espiritualista, cujos inúmeros luzeiros se vão acendendo em todos os pontos do Universo.

1303. Assim, o fenômeno da mediunidade se patenteia em todas as épocas, ora fulgurando com intenso brilho, ora velado e obscurecido, conforme o estado de alma dos povos, jamais cessando de encaminhar a Humanidade em sua peregrinação terrestre. Todas as grandes obras são filhas do Além. Tudo o que há revolucionado o mundo do pensamento, aduzindo um progresso intelectual, nasceu de um sopro inspirador.

1304. Na hierarquia das inteligências existe uma solidariedade magnífica. Uns aos outros se têm os grandes inspirados transmitido, através do longo rosário dos séculos, o farol da mediunidade reveladora e gloriosa. A Humanidade ainda caminha à frouxa luz crepuscular dessas revelações, à claridade desses fogos acesos, nas eminências da História, secundada por predestinados instrutores.

1305. Essa perspectiva da história geral é consoladora e grandiosa; reveste as modalidades e o caráter de um drama sacrossanto. Deus envia seu pensamento ao mundo por emissários que incessantemente descem os degraus da escada dos seres e vão levar aos homens a comunicação divina, como os astros enviam à Terra, através das profundezas, suas irradiações sutis. Assim tudo se liga no plano universal. As esferas superiores promovem a educação dos mundos inferiores. Os Espíritos celestes se fazem instrutores das Humanidades atrasadas. A ascensão dos mundos de prova para os de regeneração é o mais belo espetáculo que pode ser oferecido à admiração do pensador.

1306. Desde as mais elevadas e brilhantes esferas às regiões mais baixas e obscuras, desde os mais radiosos Espíritos aos homens mais grosseiros, o pensamento divino se projeta em catadupas(11) de luz, numa efusão de amor. Com essa doutrina ou, antes, mediante essa visão de solidariedade intelectual dos seres, compreendemos quanto somos devedores aos nossos antepassados espirituais, aos gloriosos médiuns, que, com o labor penosíssimo do gênio, semearam o que fruímos hoje, e que outros hão de melhor colher ainda no futuro. Esses pensamentos nos devem inspirar uma piedade reconhecida aos mortos augustos que implantaram o progresso em nosso mundo.

1307. Vivemos numa época de perturbação em que já quase se não sentem estas coisas. Pouquíssimos entre os nossos contemporâneos se elevam a essas culminâncias, donde, como de um promontório, se descortina o vasto oceano das idades, o cadenciado fluxo e refluxo dos sucessos. A Igreja, transformada em sociedade política, não soube aplicar às necessidades morais da Humanidade essas verdades profundas e essas leis do Invisível. Os sacerdotes são impotentes para nos encaminhar, porque eles próprios esqueceram os termos sagrados da sabedoria antiga e o segredo dos “mistérios”. A ciência moderna se engolfou até agora no materialismo e no positivismo experimental. A Universidade não sabe ministrar, pela palavra dos mestres, o ensino regenerador que retempera as almas e as prepara para as grandes lutas da existência. Até as sociedades secretas perderam também o sentido das tradições que justificavam seu funcionamento; praticam ainda os ritos, mas a alma que as vivificava emigrou para outros céus.

1308. É tempo de que um novo influxo percorra o mundo e restitua a vida a essas formas gastas, a esses debilitados envoltórios. Só a Ciência e a revelação dos Espíritos podem dar à Humanidade a exata noção de seus destinos. Um imenso trabalho em tal sentido se realiza atualmente; uma obra considerável se elabora.

1309. O estudo aprofundado e constante do mundo invisível, que o é também das causas, será o grande manancial, o reservatório inesgotável em que se hão de alimentar o pensamento e a vida. A mediunidade é a sua chave. Por esse estudo chegará o homem à verdadeira ciência e à verdadeira crença que se não excluem mutuamente, mas que se unem para fecundar-se; por ele também uma comunhão mais íntima se estabelecerá entre os vivos e os mortos, e socorros mais abundantes fluirão dos Espaços até nós.

1310. O homem de amanhã saberá compreender e abençoar a vida; cessará de recear a morte. Há de, por seus esforços, realizar na Terra o reino de Deus, isto é, da paz e da justiça, e, chegado ao termo da viagem, sua derradeira noite será luminosa e calma como o ocaso das constelações, à hora em que os primeiros albores matinais se espraiam no horizonte.

 

(1) Enxerga – Colchão rústico; cama pobre; catre. [Lê-se enxêrga.]

(2) Pítia – Sacerdotisa de Apolo, a qual pronunciava oráculos em Delfos (Grécia antiga); pitonisa. 

(3) Trípode – Que tem três pés.  S. f. Tripeça em que a pitonisa proferia os seus oráculos. Vaso antigo, de três pés. Poét.  V. tripeça: banco de três pés; tripé, trípoda, trípode.

(4) Sibilina – Enigmática, de difícil compreensão.

(5) Escolástica – Doutrinas teológico-filosóficas dominantes na Idade Média, dos sécs. IX ao XVII, caracterizadas sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema que se resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia greco-romana, da teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela posição adotada quanto ao problema dos universais (q. v.), e dos quais se destacam os sistemas de Santo Anselmo (v. anselmiano), de São Tomás (v. tomismo) e de Guilherme de Ockham (v. ockhamismo). [Sin. ger.: escolasticismo.]

(6) Hierática – Referente às coisas sagradas. Art. Plást.  Diz-se das formas em geral rígidas e majestosas impostas por certas tradições sacras.

(7) Infusão – V. infuso: Diz-se dos conhecimentos ou virtudes que alguém tem de natureza, sem haver trabalhado para adquiri-los.

(8) Cartesiana – [Do antr. (René) Descartes (1596-1650), filósofo francês, + -iano.] Adj.  Hist. Filos.  Pertencente ou relativo a Descartes ou ao cartesianismo (q. v.). Hist. Filos. Diz-se da maneira de considerar um fenômeno ou um conceito, isolando-os da totalidade em que aparecem.  Filos.  Afeito a ideias claras e procedimentos rigorosos. Que é partidária do cartesianismo. 

(9) Bastilha – Fortaleza.

(10) Monástico – [Do gr. monastikós, 'relativo à vida solitária', pelo lat. monastichu.] Adj.  V. monacal. Monacal – Adj. 2 g. Relativo a, ou próprio de monge ou monja, ou da vida conventual. [Sin.: monástico, mongil e (p. us.) monjal.]

(11) Catadupa – Queda de grande porção de água corrente; queda-d'água; salto. P. ext.  Jorro, derramamento. [Em catadupas: Em grande quantidade.]

Fim



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita