Divaldo Franco na
França, o país onde
nasceu Kardec
Recentemente, o
conhecido orador foi à
França em tarefa
doutrinária, ocasião em
que falou em Paris,
Douai e Orly
Cumpridas as tarefas que
realizou na Alemanha,
Divaldo Franco
dirigiu-se a Paris,
chegando à capital
francesa às primeiras
horas do dia 2 de junho,
uma segunda-feira. Esse
foi um dia reservado ao
descanso, à recomposição
das energias e ao
atendimento da
correspondência. O
orador, porém, tomando a
si a responsabilidade,
desde há muito, de levar
a mensagem crística a
toda a gente, à noite
realizou o culto do
Evangelho no Lar na casa
do casal amigo Dominique
e Armandine, juntamente
com mais alguns amigos.
Na terça-feira, 3 de
junho, dirigindo-se à
estação de trem em
Paris, rumou à cidade de
Douai, no interior da
França, atendendo ao
convite dos amigos
espíritas daquela e de
outras cidades do
interior da França, para
falar, às 16h15min,
sobre o tema L’Amour
Universel (O Amor
Universal). Sophie
Giusti foi sua
intérprete, traduzindo a
palestra para o idioma
francês.
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Divaldo principiou
falando sobre a
personalidade, essa
máscara que nem sempre
corresponde ao que, de
fato, somos. Abordou o
conhecimento, a
identificação e a
consciência, em seus
diversos níveis, citando
os estudos do eminente
Peter Ouspensky.
Referiu-se ao ser que
somos e ao corpo em |
que estamos,
esta máquina
fantástica com
suas funções,
abordando
igualmente as
emoções da
criatura humana. |
Mergulhando na temática
do amor, e a todos
conduzindo com sua
oratória contagiante,
Divaldo narrou aspectos
de sua caminhada.
Afirmou que a vida vale
pela trajetória de amor
que se tenha percorrido.
Ressaltou o estado de
alegria daqueles que
procederam bem, ao
deixar o corpo, e do
arrependimento daqueles
outros que mal
procederam, ao
despertarem no mundo
maior. A maior essência
da vida é o amor; a
lição do amor é
permanente.
Finalizando o agradável
momento de forma jovial,
Divaldo asseverou que o
amor é o ar que
respiramos, é a presença
de Deus em nós, e
conclamou aos que o
ouviam: “Nunca se
arrependam de amar.
Somos semeadores de
estrelas para apagar a
noite escura. Nossas
mãos devem estar ricas
do trigo do bem. Nunca
permitamos que a mágoa e
a tristeza tomem conta
de nós, porque temos
muito mais para
agradecer do que para
pedir”.
Intensamente aplaudido,
levou quase a totalidade
às lágrimas, pois que as
suas não eram palavras
soltas ao vento, elas
iam direto aos corações,
sensibilizando as almas
que se encontram
cansadas de sofrer,
exaustas de
incompreensões. Naquela
tarde a luz do Evangelho
se fez mais forte e
todos dali saíram
renovados, pela presença
do amor.
Psicologia do Perdão
– Na noite de 4 de
junho, uma quarta-feira,
nas instalações do FIAP
- JEAN MONNET, como nos
anos anteriores, na bela
Paris, Divaldo Franco,
com o auxílio da
eficiente Sophie Giusti,
sua intérprete para o
idioma francês, expôs à
atenta plateia, que
lotou a grande
sala, o
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tema “Psicologia
do Perdão”.
Aproveitando a
ocasião, os
espíritas de
Paris e
arredores,
demonstrando
amor, carinho e
reconhecimento,
prestaram uma
bela e
emocionante
homenagem a
Nilson de Souza
Pereira, que
desencarnou no
final de 2013,
reverenciando o
grande amor que
ele nutria por
todos. |
Em sua fala, Divaldo
comentou inicialmente as
inúmeras conquistas
tecnológicas e
científicas que vem
logrando a criatura
humana, que se apresenta
na atualidade cercada de
muito conforto, embora
em muitos casos se
encontre aturdida e, não
raro, deprimida e
infeliz.
Citando e explicando a
incidência dos três
principais fatores que
levam à depressão – a
solidão, a ansiedade e o
medo –, afirmou que
esses são fenômenos
psicológicos naturais.
Porém, quando o
indivíduo permite que
eles dominem a sua
conduta, ficando
excessivamente nervoso,
com sudorese, com medos
imaginários, passa a
ser, então, patológico.
“O homem da atualidade é
vítima de fatores
sociológicos que afetam
a vida psicológica,
conduzindo-o aos
distúrbios emocionais.
Ele vive tenso, esqueceu
a arte de sorrir” –
frisou o palestrante.
Segundo ele, a criatura
humana deve aprender a
ver as belezas da vida,
a sorrir, mesmo quando
visitada pelas
enfermidades, pois que
fazem parte do cardápio
existencial. Muitos
sofrimentos,
especialmente os de
aspecto emocional, são
criados pelo próprio
indivíduo. Jesus, que
não fundou religião
nenhuma, o mais perfeito
ser que Deus nos
ofereceu, quando cantou
o sermão da montanha
estabeleceu como norma
que deveríamos amar aos
inimigos e a eles fazer
todo o bem possível.
Todos possuímos
inimigos, que na maioria
das vezes nos sorriem,
elogiam, mas nos traem
e, às escondidas, nos
crucificam. Eles, porém,
são muito infelizes e
não temos o direito de
descer até seu nível,
igualando-nos a eles.
Quem está no mal se
alimenta de veneno. Mas
é preciso perdoar, ter
compaixão, pois viver
não é apenas respirar, é
ter alegria, é colocar
um sol dentro da alma e
agradecer a Deus o dom
da vida.
Ninguém pense que
aqueles que sorriem não
têm problemas, pois que
todos os têm
naturalmente, mas a
reencarnação explica e
ajuda a compreendê-los.
Encerrando a
conferência, Divaldo
conclamou: “Libertem-se
das mágoas, cortem o
vínculo, sejam livres e
coloquem no coração a
oportunidade de ser
feliz. Sorriam das
coisas negativas e elas
perderão o significado.
Aprendam a sorrir e
tirem de si todas as
mágoas. Cada um terá que
se submeter aos
impositivos da vida, que
são os resultados dos
atos praticados na vida
passada”.
A alegria e o otimismo
estavam estampados nas
faces dos presentes.
Muitos foram
cumprimentar e abraçar o
orador, que na longa
existência dedicada
integralmente à vivência
e divulgação do
Evangelho tem sempre uma
palavra de conforto, um
sorriso amigo, um abraço
carinhoso, espalhando
amor e alegria e
deixando por onde passa
o perfume do bem.
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Amor e Jesus
– Ao anoitecer do dia 5
de junho, quinta-feira,
Divaldo esteve em Orly,
nos arredores de Paris,
encerrando sua mais
recente passagem pela
França. Atendendo ao
convite dos amigos da
Casa da Redenção, falou
sobre o tema “Amor e
Jesus”.
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Divaldo narrou com
detalhes riquíssimos a
bela história
transcorrida na cidade
de Magdala, celebre, à
época, pelo clima e pela
presença de Miriam, ou
Maria, que passaria para
a posteridade como
Madalena, uma mulher
sedutora, vendedora de
perfumes e de ilusões.
Descrevendo a trajetória
vivida por Maria,
cercada de luxo, pela
sedução e pelos prazeres
que as posses são
capazes de proporcionar,
demonstrou que a jovem
vivia na busca de algo
que a liberasse dos
transtornos íntimos,
característicos daqueles
que perderam o endereço
de si mesmo, até o
momento em que encontrou
Jesus. |
A partir daquele momento
sua vida não mais seria
a mesma. A presença do
divino amigo ficaria
marcada para sempre no
imo do seu ser.
Deparando-se com a dura
realidade do passado
recente, que a
comprometia diante da
intolerância alheia,
fechando-se todas as
portas para a
reabilitação, ela foi
despertada pelo som da
matraca e o grito de
lepra, para que todos se
afastassem, pois ali
vinham os leprosos.
Maria pensou em correr,
como os demais estavam
fazendo, quando se
lembrou de Jesus.
Permanecendo, perguntou
o que queriam. Desejavam
ver o Mestre, buscavam a
cura.
Maria, ao falar-lhes
sobre a crucificação do
Galileu amado, viu o
semblante de todos
entristecer-se, mais
ainda naquelas mulheres,
crianças e idosos
tomados pela lepra
devastadora. Ela então
começou a falar-lhes
sobre a vida e os
ensinamentos do Mestre e
com eles seguiu por dez
anos. Diariamente lhes
falava sobre o Meigo
Rabi, até o dia em que,
ao banhar-se, viu as
manchas de lepra em sua
pele.
Corroída pela lepra de
fora, pois que já
alterara a sua conduta,
saneando a lepra
interior, ela foi em
busca de Maria, mãe de
Jesus, em Éfeso. Caída
sem forças na praia, foi
socorrida por alguns
cristãos que a levaram
até Maria, e ao seu lado
ainda se debateu por
três dias, até o
instante em que
sentiu-se levitar sobre
o mar. Maria de Magdala
viu-se, então, diante da
casa de Pedro e, ao
contemplar o mar, viu
uma figura luminosa.
Desprendida do corpo
inerte, correu ao mar e
encontrou-se com Jesus,
dele ouvindo: “Venho
buscar-te para
adentrarmos o Reino dos
Céus”.
Esta história, asseverou
Divaldo, de certa forma,
é a história de todos os
seres humanos. Todos
ainda possuem dívidas
dolorosas, e Jesus veio
para dar vida a todos, e
vida em abundância. “O
corpo envelhece e morre,
mas o ser sobrevive à
morte, para colher o que
plantou. Jesus é o
exemplo de quem sempre
amou e ainda hoje a sua
compaixão nos envolve, o
seu amor nos alcança” –
destacou o exímio
conferencista.
Ao encerrar, o nobre
orador disse estas
palavras: “Toda
existência, mesmo longa,
chega ao final e nós
viajaremos, não com as
intenções, mas com os
atos que fomos capazes
de realizar. Por isso,
amemos e busquemos
perdoar, pois que a vida
é um hino de amor que
nos convida a todo
instante à renovação.
Seja você quem ama, vale
a pena amar”.
Nota da Redação:
O texto e as fotos são
de autoria de Enio
Medeiros, que recebeu em
Orly, no tocante às
fotos, a colaboração de
Manuel Cemyd.
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