Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
32)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Todos somos médiuns?
Sim. Somos todos
médiuns, a cada passo
refletores das forças
que assimilamos, por
força de nossa vontade,
na focalização da
energia mental.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XVI,
págs. 109 e 110.)
B. Já que somos médiuns,
podemos concluir que a
perseverança no bem é
fundamental para o nosso
equilíbrio?
Evidentemente. O
comprazimento nessa ou
naquela espécie de
atitude ou companhia,
leitura ou conversação
menos edificantes,
estabelece em nós o
reflexo condicionado
pelo qual
inconscientemente nos
voltamos para as
correntes invisíveis que
representam. É desse
modo que formamos
hábitos indesejáveis
pelos quais nos fazemos
pasto de entidades
vampirizantes, acabando
na feição de arcabouços
vivos para moléstias
fantasmas. A prática do
bem é, pois, providência
indispensável a todos
que objetivem manter-se
equilibrados.
(Obra citada, cap. XVI,
pág. 110.)
C. Que papel, nos
problemas de sintonia,
exerce a nossa vontade?
Um papel fundamental.
A nossa vontade é
determinante; é, em
verdade, a responsável
em todos os nossos
problemas de sintonia,
tanto para o bem quanto
para o mal.
(Obra citada, cap. XVI,
pp. 110 e 111.)
Texto para leitura
100. Todos somos
médiuns – Nos
centros de atividade
referidos em nosso
estudo, encontramos o
reflexo condicionado e a
sugestão como
ingredientes
indispensáveis na obra
de educação e
aprimoramento. Urge
reconhecer que a
liberdade é tanto maior
para a alma quanto maior
a parcela de
conhecimento que se lhe
debite no livro da
existência. Por isso
mesmo, quanto mais
cresça em
possibilidades, nesse ou
naquele sentido, mais se
lhe desdobram caminhos à
visão, constrangendo-a a
vigiar sobre a própria
escolha. Mais extensa
mordomia,
responsabilidade mais
extensa. Isso acontece
porque, com a
intensificação de nossa
influência, nesse ou
naquele campo de
interesses, mais
persistentes se fazem os
apelos em torno, para
que não nos esqueçamos
do dever primordial a
cumprir. Quem avança
está invariavelmente
entre a vanguarda e a
retaguarda. E a romagem
para Deus é uma viagem
de ascensão. Toda
subida, quanto qualquer
burilamento, pede suor e
disciplina. Todo
estacionamento é repouso
enquistante. Somos
todos, assim, médiuns, a
cada passo refletores
das forças que
assimilamos, por força
de nossa vontade, na
focalização da energia
mental. (Cap. XVI,
pp. 109 e 110.)
101. Perseverança
no bem – É
imprescindível recordar
o impositivo da
perseverança no bem. O
comprazimento nessa ou
naquela espécie de
atitude ou companhia,
leitura ou conversação
menos edificantes,
estabelece em nós o
reflexo condicionado
pelo qual
inconscientemente nos
voltamos para as
correntes invisíveis que
representam. É desse
modo que formamos
hábitos indesejáveis
pelos quais nos fazemos
pasto de entidades
vampirizantes, acabando
na feição de arcabouços
vivos para moléstias
fantasmas. Pensando ou
conversando
constantemente sobre
agentes enfermiços,
quais sejam a acusação
indébita e a crítica
destrutiva, o deboche e
a crueldade,
incorporamos, de
imediato, a influência
das criaturas encarnadas
e desencarnadas que os
alimentam, porque o ato
de voltar a semelhantes
temas, contrários aos
princípios que ajudam a
vida e a regeneram, se
transforma em reflexo
condicionado de caráter
doentio,
automatizando-nos a
capacidade de transmitir
tais agentes mórbidos,
responsáveis por largo
acervo de enfermidade e
desequilíbrio. (Cap.
XVI, pág. 110.)
102. Gradação das
obsessões –
Muitas vezes, em nossos
estados de tensão
deliberada,
inclinamo-nos para
forças violentas que se
nos insinuam no halo
psíquico, aí criando
fermentações infelizes
que resultam em atitudes
de cólera arrasadora,
pelas quais,
desprevenidamente, nos
transformamos, na vida,
em médiuns de ações
delituosas, arrastados
nos fenômenos de
associação dos agentes
mentoeletromagnéticos da
mesma natureza,
semelhantes aos que
caracterizam as
explosões de recursos
químicos, nas conhecidas
reações em cadeia. É
assim que somos, por
vezes, loucos
temporários, grandes
obsidiados de alguns
minutos, alienados
mentais em marcadas
circunstâncias de lugar
ou de tempo, ou, ainda,
doentes do raciocínio em
crises periódicas,
médiuns lastimáveis da
desarmonia, pela nossa
permanência longa em
reflexos condicionados
viciosos, adquirindo
compromissos de grave
teor nos atos menos
felizes que praticamos,
semi-inconscientemente,
sugestionados uns pelos
outros, porquanto,
perante a Lei, a nossa
vontade é responsável em
todos os nossos
problemas de sintonia.
(Cap. XVI, pp. 110 e
111.)
Glossário
Aura [do
latim aura]
– Halo
luminoso que alguns
videntes veem.
Emanação fluídica do
corpo humano e dos
demais corpos. A aura é
uma radiação que cobre
todo o corpo físico,
através dele são
evidenciadas as
emanações da parte
física, mental e
emocional. É o espelho
que mostra toda nossa
situação espiritual.
Auréola
– Círculo dourado e
brilhante que, nas
imagens sacras, envolve
a cabeça de Cristo e dos
santos; halo,
resplendor, nimbo.
Qualquer círculo
luminoso que rodeia um
objeto; halo, nimbo.
Fig. Brilho ou esplendor
moral; prestígio,
glória, halo. Zona que
envolve um mineral,
formada pela reação
deste, em suas
bordas, com o magma que
lhe deu origem.
Enquistante
– Derivado do verbo
enquistar.
Enquistar
– Transformar-se em
quisto. Cercar-se de
membranas como a do
quisto. Formar núcleo ou
quisto. Incluir em saco
ou cápsula. Encaixar,
entalhar.
Halo
– Auréola; aura.
Hipnose
– Psiq. Estado mental
semelhante ao sono,
provocado
artificialmente, e no
qual o indivíduo
continua capaz de
obedecer às sugestões
feitas pelo
hipnotizador. Fig.
Modorra, sonolência,
torpor.
Indução
– Ato ou efeito
de induzir.
Induzir
– Instigar, incitar,
sugerir, persuadir.
Causar, inspirar,
incutir. Inferir,
concluir, deduzir.
Revestir, guarnecer,
indutar. Mover, levar,
arrastar. Mover, levar,
arrastar. Fazer cair ou
incorrer. Praticar a
indução.
Mentoeletromagnético
– Relativo à mente e ao
eletromagnetismo.
Reflexo condicionado
– Psicol.
Resposta condicionada.
Vampirismo [do
húngaro vampir
e do francês vampire] – Absorção
das forças psíquicas de
encarnados e
desencarnados por parte
de Espíritos obsessores.
Vampirizante
– Termo relacionado a
vampirismo.