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O Espiritismo responde
Ano 8 - N° 375 - 10 de Agosto de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
O leitor Alex Gonçalves, em carta publicada nesta mesma edição, pergunta-nos:

- Olá, o fato de alguns médiuns cobrarem dinheiro para "consultas espirituais" e para operar curas, mesmo que seja pouco e digamos que seja para manter a casa espírita, é algo errado?

Sim, é errado cobrar pelo exercício da mediunidade, sobretudo se seu objetivo for a cura de uma pessoa.

Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, foi muito claro quando tratou desse tema. Segundo ele, os médiuns devem conceder ao exercício da faculdade mediúnica seu tempo livre, seus momentos de lazer, sem pretender com isso obter nenhuma recompensa de ordem material.

Essa orientação continua mais atual do que nunca, visto que a mediunidade, no sentido com que o Espiritismo a apresenta, jamais poderá ser transformada em profissão ou fonte de renda.

Aliás, trata-se de uma recomendação que remonta a Jesus de Nazaré. “Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, eis o que o Mestre recomendou aos seus discípulos, querendo com isso dizer que ninguém deve cobrar por um dom – o dom da cura – que o Pai nos concedeu graciosamente.

A mediunidade, como uma luz que brilha na carne, é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, a quem ela enriquece no capítulo da virtude e da inteligência sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo. “Os atributos medianímicos – assevera Emmanuel – são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio divino é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da Seara da verdade e do amor.” (O Consolador, item 389.)

Complementando a explicação, afirmou Emmanuel: “Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas; todavia, se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade ou da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos”. (Obra citada.)

Mediunidade – advertem os mentores espirituais – não basta só por si. É imprescindível saber que tipo de onda mental assimilamos, para conhecer da qualidade de nosso trabalho e ajuizar de nossa direção. O médium moralizado, que encontra na vivência evangélica a conduta de vida, é uma pessoa de bem, que procura ser humilde, sincero, paciente, perseverante, bondoso, estudioso e trabalhador. E cumpre o mandato mediúnico com amor.

No exercício da mediunidade com Jesus, ou seja, na perfeita aplicação dos seus valores a benefício da criatura humana, em nome da caridade, é que o ser atinge a plenitude das suas funções e faculdades, convertendo-se em celeiro de bênçãos, semeador da saúde espiritual e da paz nos diversos terrenos da vida humana.

Para que não existam dúvidas com relação à pergunta formulada pelo leitor, eis algumas lições colhidas na obra de Kardec, em que ele reafirma o que foi acima mencionado: 

“O Espiritismo também reconhece como profanação chamar os mortos levianamente, por motivos fúteis e, sobretudo, para fazer disto profissão lucrativa.” (Revista Espírita de 1863, Edicel, págs. 140 e seguintes.)

“Tendo sido divulgado por determinada sonâmbula que o Espírito de Jobard  lhe havia dado uma  comunicação recomendando aos médiuns cobrar as consultas dos ricos e dá-las gratuitamente aos pobres e aos operários, Kardec resolveu, sem contar a ninguém, fazer a seguinte experiência: pediu a seis médiuns que perguntassem a Jobard se ele havia ditado referida mensagem, tendo, porém, o cuidado de não contar a nenhum deles que a mesma pergunta fora proposta aos  outros médiuns. Recolhidas as comunicações obtidas pelos médiuns sr. Leymarie, sra. Costel, sr. Rul, sr. Vézy, sra. Delanne e sr. d’Ambel, em todas o Espírito de Jobard desmentiu a propalada comunicação e reiterou sua convicção de que a mediunidade não pode, em nenhuma hipótese, ser objeto de exploração pecuniária.” (Revista Espírita de 1864, Edicel, págs. 368 a 374.)

“Comentando o resultado da experiência, Kardec reafirmou sua conhecida postura contrária à exploração da mediunidade, lembrando que Jesus e seus apóstolos não marcavam preço às suas palavras nem aos seus cuidados, conquanto não tivessem renda com que viver. Nossos esforços - diz Kardec - tenderão sempre a preservar o Espiritismo da invasão da venalidade. O momento presente é o mais difícil, mas, à medida que a doutrina for melhor compreendida, essa invasão será menos de temer.” (Revista Espírita de 1864, págs. 374 a 377.)

“O sr. Home foi intimado a deixar Roma em três dias. Mas, segundo Kardec, o sr. Home não é rico e dirigiu-se a Roma para aperfeiçoar-se na arte da escultura. Kardec lembra que Home poderia ser muito rico, se quisesse explorar sua notável faculdade mediúnica. Ele sabia, porém, que essa faculdade lhe foi dada com um fim providencial e seria um sacrilégio convertê-la em profissão. A mediunidade séria não pode ser e jamais será uma profissão. Explorá-la é dispor de uma coisa da qual não se é dono; é desviá-la de seu objetivo providencial.” (Revista Espírita de 1864, págs. 33 a 35.)

“Referindo-se a uma senhora dotada de notável faculdade tiptológica e inteiramente devotada à causa do Espiritismo, Kardec aproveita o ensejo para explicar por que a faculdade mediúnica não pode constituir uma profissão ou ser objeto de comércio. Assevera, então, o Codificador: I) A mediunidade não é um talento, e não existe senão pelo concurso de um terceiro. Se este se recusa, não há mais mediunidade; a aptidão pode existir, mas seu exercício estará anulado. II) Um médium sem a assistência dos Espíritos é como um violinista sem violino. III) Não é apenas contra a cupidez que os médiuns devem pôr-se em guarda. IV) Há um perigo, de certo modo maior, pois a ele todos estão expostos: é o orgulho, que põe a perder um grande número. V) O desinteresse material não tem proveito se não for acompanhado pelo mais completo desinteresse moral. VI) Humildade, devotamento, desinteresse e abnegação são qualidades do médium amado pelos bons Espíritos.” (Revista Espírita de 1866, págs. 75 a 77.)

“O desinteresse material é um dos atributos essenciais da mediunidade curadora. Como a faculdade mediúnica nada lhe custou, o médium curador deve usá-la gratuitamente. Diferente será a posição dos médicos-médiuns, porque o exercício da medicina é uma profissão que precisa ser remunerada como qualquer outra e foi adquirida a título oneroso. Porque um médico tornou-se médium e é assistido por Espíritos no tratamento de seus doentes, não se segue que deva renunciar à remuneração. Se ele o fizer, viverá de quê?” (Revista Espírita de 1867, págs. 305 e 306.)
 

 


 
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