WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

 
Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 383 - 5 de Outubro de 2014
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Fatos Espíritas

William Crookes

(Parte 8)

Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico Fatos Espíritas, de William Crookes, obra publicada em 1874, cujo título no original inglês é Researches in the phenomena of the spiritualism.

Questões preliminares   

A. Antes de ser examinada por William Crookes, a mediunidade da Srta. Florence Cook havia sido contestada?

Sim. Em carta datada de 3 de fevereiro de 1874, publicada em vários jornais espiritualistas, Crookes referiu-se ao fato e deu seu testemunho em favor de Florence Cook, que ele entendia estava sendo injustamente acusada. Na carta, pediu aos que julgavam severamente a médium que suspendessem seu juízo até que ele pudesse apresentar uma prova cabal que, na sua visão, seria suficiente para resolver a questão. (Fatos Espíritas – Mediunidade da Srta. Florence Cook.)

B. Além de William Crookes, alguém se manifestou em favor da idoneidade da médium e da veracidade dos fenômenos?

Parece que não, porque Crookes diz ter tido esperança de que alguns dos amigos da Srta. Cook, que acompanharam as suas sessões quase desde o começo e que parecem ter sido altamente favorecidos nas provas que receberam, tivessem dado, antes dele, testemunhos em seu favor. Como isso não ocorreu, ele decidiu então expor em sua carta um fato verificado na primeira sessão de que participou, a convite da própria Srta. Cook, do qual saiu bastante impressionado. (Obra citada – Mediunidade da Srta. Florence Cook.)

C. Crookes se convenceu de que a Srta. Florence Cook e a forma materializada de Katie King eram duas personalidades distintas?

Sim. Para ele, Katie e a Srta. Cook eram dois seres materiais distintos. “Considero-me feliz por dizer que obtive, enfim, a prova cabal de que falava na carta supramencionada”, declarou em uma carta posterior à primeira, publicada igualmente em vários jornais espiritualistas. Ele se referia, então, a uma sessão realizada no dia 12 de março em sua casa. (Obra citada – Formas de Espíritos.)
 

Texto para leitura
 

146. Mediunidade da Srta. Florence Cook – Em carta datada de 3 de fevereiro de 1874, publicada em vários jornais espiritualistas, Crookes escreveu sobre as controvérsias em torno da mediunidade da Srta. Florence Cook. Eis, nos itens seguintes, um resumo da carta.

147. Inicialmente diz a missiva: “Esforcei-me o mais que pude para evitar toda controvérsia, escrevendo ou falando sobre assunto tão apaixonável quanto os fenômenos chamados espíritas. A não ser em muito pequeno número de casos, onde a eminente posição dos meus adversários poderia emprestar ao meu silêncio outros motivos que não os verdadeiros, não repliquei jamais os ataques e as falsas interpretações que a minha ligação a essa causa ocasionou contra mim”.

148. Prossegue a carta: “O caso é outro, entretanto, quando algumas linhas de minha parte puderem, talvez, afastar uma injusta suspeita atirada sobre alguém; e quando esse alguém é uma mulher, moça sensível e inocente, cumpre-me o dever especial de empregar a autoridade do meu testemunho em favor dela, que creio injustamente acusada”. Ele está se referindo a Florence Cook.

 

149. Disse então o eminente pesquisador que entre todos os argumentos apresentados de um e outro lado, relativamente aos fenômenos obtidos pela mediunidade da Srta. Cook, viu poucos fatos estabelecidos de maneira a conduzir o leitor desprevenido a dizer: “Enfim, eis uma prova absoluta!”


150. O que ele via eram fortes asserções, muita exageração não intencional, conjeturas e suposições sem fim, não poucas insinuações de fraude, um pouco de gracejo vulgar, mas ninguém se apresentava com afirmações positivas, baseadas na evidência dos seus próprios sentidos, de que, quando a forma que se denomina Katie King está na sala, o corpo da Srta. Cook está nesse mesmo momento no gabinete.

151. Crookes tinha esperança de que alguns dos amigos da Srta. Cook, que acompanharam as suas sessões quase desde o começo e que parecem ter sido altamente favorecidos nas provas que receberam, tivessem dado, antes dele, testemunhos em seu favor. Mas, na falta das testemunhas que seguiram esses fenômenos desde o seu começo, havia cerca de três anos, decidiu expor um fato verificado em uma sessão para a qual ele fora convidado, a pedido da Srta. Cook, e que se realizou alguns dias depois do desagradável acontecimento que deu origem às controvérsias a que ele se reportara.
 

152. Eis como William Crookes relatou os fatos:
 

“A sessão realizava-se na casa do Sr. Luxmoore e o gabinete era uma sala afastada, separada por uma cortina da sala da frente onde se achavam os assistentes.
Tendo sido preenchida a formalidade ordinária de examinar a sala e as fechaduras, a Srta. Cook penetrou o gabinete.
Pouco tempo depois, a forma de Katie apareceu ao lado da cortina, mas retirou-se logo, dizendo que o fazia porque haveria perigo em se afastar do seu médium visto que este não se achava bem e não poderia ser lançado em sono suficientemente profundo.
Eu estava colocado a alguns pés da cortina, atrás da qual a Srta. Cook se achava sentada, tocando-a quase, e podia frequentemente ouvir os seus gemidos e suspiros, como se ela sofresse. Esse mal-estar continuou por intervalos, durante quase toda a sessão, e uma vez, quando a forma de Katie estava diante de mim, na sala, ouvi distintamente o som de um suspiro doloroso, idêntico aos que a Srta. Cook tinha feito ouvir, por intervalos, durante todo o tempo da sessão e que vinha de trás da cortina onde ela devia estar sentada.
Confesso que a figura era surpreendente na sua aparência de vida e de realidade, e tanto quanto eu podia ver, à luz um pouco fraca, os seus traços assemelhavam-se aos da Srta. Cook; mas, entretanto, a prova positiva, dada por um dos meus sentidos, pois que o suspiro vinha da Srta. Cook, no gabinete, enquanto a figura estava fora dele, esta prova é muito forte para ser destruída por simples suposição do contrário, mesmo bem sustentada.
Os leitores conhecem-me, e naturalmente crerão, espero, que não adotarei precipitadamente uma opinião, nem que lhes pedirei para estarem de acordo comigo, apresentando eu uma prova insuficiente. É talvez muita ousadia pensar que o pequeno incidente que mencionei tenha para eles o mesmo valor que teve para mim; entretanto, pedirei isto: Que aqueles que se inclinam a julgar severamente a Srta. Cook suspendam o seu juízo até que eu apresente uma prova cabal que, acredito, será suficiente para resolver a questão.
Presentemente, a Srta. Cook consagra-se exclusivamente a uma série de sessões particulares, às quais não assistem senão um ou dois dos meus amigos e eu; essas sessões se prolongarão provavelmente durante alguns meses e tenho a promessa de que toda prova, que eu desejar, me será dada. Essas sessões não se vêm realizando senão há algumas semanas, mas já as houve suficientes para me convencerem plenamente da sinceridade e da honestidade perfeita da Srta. Cook, e para me darem todo o fundamento de acreditar que as promessas que Katie tem feito, tão livremente, serão cumpridas.
Agora, o que peço é que os leitores não presumam precipitadamente que tudo o que à primeira vista parece duvidoso importe necessariamente numa decepção e que suspendam o seu juízo até que eu lhes fale de novo a respeito desses fenômenos.” (William Crookes, 3 de fevereiro de 1874.)
 

153. Formas de Espíritos – Em uma carta posterior à reproduzida no item anterior, Crookes lembra aos leitores dos jornais que a publicaram ter pedido naquela oportunidade que as pessoas suspendessem o seu juízo sobre a mediunidade da Srta. Florence Cook até que ele lhes apresentasse uma prova cabal, suficiente para resolver a questão.

154. Ele afirmou então que naquela carta havia descrito um incidente que, em sua opinião, era muito próprio para o convencer de que Katie e a Srta. Cook eram dois seres materiais distintos. E declarou: “Considero-me feliz por dizer que obtive, enfim, a prova cabal de que falava na carta supramencionada”.

155. Por enquanto ele não se referiria à maior parte das provas que Katie lhe havia fornecido nas sessões realizadas em sua casa, mas descreveria somente uma ou duas das sessões que se realizaram recentemente.

156. Desde algum tempo – disse Crookes – fazia ele experiências com uma lâmpada fosforescente, que consistia em uma garrafa de 6 ou 8 onças que continha um pouco de óleo fosforado e estava solidamente arrolhada. Ele tinha razões para esperar que, à luz dessa lâmpada, alguns dos misteriosos fenômenos do gabinete pudessem tornar-se visíveis e Katie King também esperava obter o mesmo resultado.

157. No dia 12 de março, durante uma sessão em sua casa e depois de Katie ter andado entre as pessoas presentes e ter falado durante algum tempo, ela se retirou para trás da cortina que separava o seu laboratório, onde os assistentes estavam sentados, de sua biblioteca, que temporariamente servia de gabinete.

158. Um momento depois ela reapareceu à cortina e chamou-o, dizendo: “Entre no aposento e levante a cabeça da médium; ela escorregou para o chão”. Katie estava então em pé, diante de mim, trajada com seu vestido branco habitual e trazia um turbante. Imediatamente ele dirigiu-se à biblioteca para levantar a Srta. Cook, e Katie deu alguns passos de lado para o deixar passar.

159. Com efeito, a Srta. Cook tinha escorregado um pouco de cima do canapé e sua cabeça pendia em uma posição muito penosa. Ele tornou a pô-la no canapé e fazendo isso teve, apesar da escuridão, a viva satisfação de verificar que a Srta. Cook não estava trajada com o vestuário de Katie, visto que trazia sua vestimenta ordinária de veludo preto e se achava em profunda letargia. Não decorreu mais que três segundos entre o momento em que ele viu Katie de vestido branco diante dele e aquele em que colocou a Srta. Cook no canapé, tirando-a da posição em que se achava.

160. Assim que Crookes voltou ao seu posto de observação, Katie apareceu de novo e disse que pensava poder mostrar-se a ele, ao mesmo tempo em que a sua médium. Abaixou-se o gás e ela lhe pediu a lâmpada fosforescente. Depois de ter-se mostrado à claridade durante alguns segundos, restituiu-a, dizendo: “Agora, entre e venha ver a minha médium”.
(Continua no próximo número.)



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita