WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 383 - 5 de Outubro de 2014

MARIA ANGELA MIRANDA
mangela@sucessolondrina.com.br
Londrina, PR (Brasil)

 
 


Desempenhando um personagem

“A vaidade é a consciência (certa ou errada) da evidência
do nosso próprio mérito para os outros.”


Machado de Assis, em Elogio da Vaidade, afirma que “o orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito; a vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros”. A grande dificuldade está em termos consciência desta evidência, perceber sua repercussão no outro e estabelecermos o quanto estamos dispostos a fazer para manter esta evidência.

O perigo  reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade. Na maioria das vezes, vivemos o exterior, a noção de causa e efeito necessita de uma vida interior, é preciso conhecer as causas de nossas ações para não sermos controlados pela imagem que o outro faz de nós. Esta é a vaidade em ação.

A vaidade se apresenta de diversas formas. Podemos destacar algumas:

1. Apresentação pessoal exuberante – na utilização exagerada de adornos, roupas, gestos estudados, retórica ao falar, sem nos darmos conta do entorno;

2. Evidência de qualidades intelectuais. Quando não poupamos referências à nossa pessoa ou às nossas realizações;

3. Esforço em revelar participações culturais, sociais ou dotes físicos provocando antipatia nos demais;

4. Observações desrespeitosas àqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde;

5. Buscar, através de cargos ou posições de destaque, referências respeitosas ou elogiosas;

6. Não reconhecer  nossa culpa nas situações de descontentamento e infortúnios pelas quais passamos;

7.  Obstruir a capacidade mental de nos autoanalisar, não aceitando nossas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.

A vaidade se manifesta sutilmente em nosso íntimo sendo draconiano o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas dessas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. Os Espíritos inferiores se servem  de nossa vaidade para abrir caminhos às perturbações entre nossos amigos e familiares.

O vaidoso, muitas vezes, sem perceber, vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes não saiba como. O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, nos levando a assumir um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras.

O Aprendiz do Evangelho tem aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranquila, para aprofundar-se até as raízes que geraram estas deformações. Ao mesmo tempo em que precisamos identificar nossas características autênticas, o nosso verdadeiro modo de ser, para então nos despirmos da roupagem teatral que utilizamos e nos colocar­mos amadurecidos, assumindo todo o nosso íntimo, com disposição de melhorarmos sempre.

“O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.” (Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)




 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita