RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)
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A imensa alegria de
viver
É preciso, ou não,
sentir alegria de viver?
Claro que sim! A vida é
um dom sublime e devemos
sentir uma imensa
alegria ao vivê-la!
Pois, então, vamos a
certas considerações.
Os negócios de uma
empresa iam, como se diz
“de vento em popa” e os
donos sentiam uma imensa
alegria de viver.
A saúde inunda nosso
corpo físico e sentimos
disposição e temos uma
imensa alegria de viver.
Nossos pais, nossos
filhos, nossos entes
queridos, enfim, estão
todos bem e sentimos uma
imensa alegria de viver.
Estamos em perfeito
equilíbrio emocional,
sem a visita da
depressão ou coisas
semelhantes, e na posse
desse estado de alma
sentimos uma imensa
alegria de viver.
Colocadas essas
considerações que nos
levam à alegria de
viver, vamos compará-las
a alguns ensinamentos
ditados por Joanna de
Ângelis na página
psicografada por Divaldo
em cinco de junho de
2014, em Vitry-sur-Seine,
França.
“Enquanto a barca da
reencarnação navegava
nas águas tranquilas do
prazer, todos os
acontecimentos eram
enriquecidos pelos
sorrisos, pela imensa
alegria de viver.
Tinhas a impressão de
que te encontravas no
verdadeiro paraíso, sem
maiores preocupações com
o processo de evolução.
Inesperadamente, porém,
foste surpreendido por
ocorrências imprevistas
e te encontras tomado de
surpresa e desencanto,
acreditando-te
desamparado e sem o
socorro da divina
Providência.
Sucede que a Terra é
escola abençoada que
faculta o progresso
intelecto-moral dos
Espíritos que nela
reencarnam.
Nesse sentido, o
sofrimento se apresenta
como benfeitor, por
despertar a consciência
adormecida e propor-lhe
a visão correta para o
comportamento durante a
existência.
Sempre surgem, em todas
as vidas, esses
fenômenos inesperados,
porque eles fazem parte
do programa de
iluminação da
humanidade.
Ninguém há que se
encontre indene à sua
ocorrência.
Eles se apresentam e
esperam ser bem
recebidos, mesmo
marchetando a alma e
retirando a aparente
tranquilidade.
O físico é o mundo das
ilusões e das fantasias.
O espiritual é aquele de
onde se procede e para
onde se retorna.”
*
Nessas poucas linhas que
reproduzimos da mensagem
de Joanna, conseguimos
entender a verdadeira
imensa alegria de viver
de Chico Xavier que,
mesmo com todos os
problemas que enfrentou
no seio familiar, no
meio espírita e fora
dele, realmente era
feliz. A imensa alegria
de viver inundava-lhe o
interior do ser.
Entendia ele que estava
de retorno “de onde se
procede e para onde se
retorna”. A alegria de
viver não se assentava
na paz transitória dos
dias vividos no uniforme
do corpo físico, mas na
paz de consciência que o
mundo nos permite
conquistar quando
enfrentamos e vencemos a
nós mesmos diante dos
obstáculos que se
apresentam durante a
nossa jornada pela
escola da Terra.
Podemos, da mesma forma
e pelos mesmos motivos,
citar o exemplo de
Divaldo, que,
enfrentando problemas
que só ele mesmo poderia
descrever, apresenta-se
sempre feliz e
agradecido a Deus pelo
dom da vida. Como bem
frisou Joanna, ninguém
há que se encontre
imunizado contra os
problemas da jornada
terrestre. Não voltamos
para viajar placidamente
pelo mundo como se
estivéssemos nos
instalado num hotel
cinco estrelas em uma
suíte de alto valor.
Aliás, os problemas são
exatamente os agentes
que a Lei coloca em
nosso caminho para que
encontremos as soluções
que nos afligem o
Espírito. Não fossem
eles e estacionaríamos.
Estacionados, ficaríamos
longe da perfeição. E
quanto mais longe da
perfeição para a qual
fomos criados por Deus,
mais longe estaremos da
felicidade e da paz que
tanto desejamos, mas que
procuramos nas águas
calmas de uma existência
física sem problemas.
Quando pequenas ondas
agitam o mar de nossa
existência, agarramo-nos
ao barco frágil do corpo
e nos desesperamos, nos
desequilibramos,
exatamente como fizeram
um dia os Apóstolos no
mar da Galileia. A
grande diferença é que
já temos dois mil anos
de lições de
Cristianismo que
deveriam ter instalado
dentro de nós a bússola
da fé em Deus.
Baseados nos
ensinamentos de Joanna,
temos sentido uma imensa
alegria de viver? Ou
ainda nos agarramos
desesperados ao barco do
corpo físico diante dos
problemas da vida, sem
compreender que
retornamos, a cada dia
que passa, para onde
viemos?