Em carta publicada nesta
mesma edição, a leitora
Edaci Giacomin Gonçalves
encaminhou-nos as seguintes
perguntas:
1) Na hora da sessão
mediúnica, no momento do
atendimento a distância com
o nome da pessoa que está
hospitalizada por problemas
mentais ou por ser usuária
de drogas, é certo pedir ao
mentor espiritual daquele
que está sendo atendido,
para acompanhar o corpo
espiritual do paciente até o
hospital espiritual, na sala
de atendimento onde estamos
juntamente com a equipe
espiritual que acompanha o
trabalho de socorro? ou só
devemos mencionar o nome
daquele que está sendo
atendido?
2) Na sala do passe, no
momento da aplicação, qual o
ambiente ideal? O silêncio
ou alguém fazendo uma oração
em voz alta?
Eis o que entendemos acerca
dos dois assuntos:
1) No atendimento feito a
distância temos duas
situações. Na primeira, no
chamado passe a distância, é
necessário que haja sintonia
entre aquele que o
administra e a pessoa que o
recebe. Essa informação
é-nos revelada por Aulus no
cap. 17, pp. 168 e
seguintes, da obra Nos
Domínios da Mediunidade,
de André Luiz. “Nesse caso –
diz Aulus –, diversos
companheiros espirituais se
ajustam no trabalho do
auxílio, favorecendo a
realização, e a prece
silenciosa será o melhor
veículo da força curadora.”
A sintonia, como se vê, é
indispensável à eficácia do
socorro e pressupõe que o
paciente esteja ciente do
atendimento espiritual que
está sendo feito em seu
benefício.
A segunda situação, que é a
que se verifica no caso
mencionado pela leitora,
assemelha-se mais a um
pedido de intercessão que
fazemos aos Benfeitores
espirituais, em favor de
determinada pessoa. O pedido
é, evidentemente, seguido do
concurso vibratório das
pessoas que o formulam.
Basta, então, indicar o nome
do paciente e o endereço em
que ele se encontra, para
que os Benfeitores,
deslocando-se até o local,
possam prestar o socorro
solicitado. Não achamos
necessário mencionar o nome
do protetor espiritual do
enfermo, embora essa citação
não traga nenhum
inconveniente ao
atendimento.
2) Na sala do passe o
silêncio é medida
recomendada por todos os
estudiosos, porque isso
favorece a concentração de
quem aplica o passe e de
quem o recebe. Diz Martins
Peralva: “É aconselhável, a
nosso ver, ore o indivíduo,
em silêncio, enquanto recebe
o passe, a fim de que sua
organização psicofísica
incorpore e assimile,
integralmente, as energias
projetadas pelo passista”.
(Estudando a Mediunidade,
item XXVII.)
Na questão 76 do livro
Diretrizes de Segurança, o
confrade J. Raul Teixeira
escreveu: “Nos momentos dos
passes, todo o recolhimento
é importante. O silêncio
para a oração profunda,
silêncio do aplicador e
silêncio por parte de quem
recebe, facilitando a
penetração nas ondas de
harmonia que o passe
propicia”.
Em algumas instituições
espíritas, costuma-se
utilizar na sala de passes
uma música adequada, em tom
baixo, para favorecer a
harmonização das pessoas.
Existe também em alguns
centros o hábito de alguém
proferir a Oração Dominical
em voz alta – alta, mas em
tom adequado – enquanto os
passes se processam.
Conhecemos confrades que
consideram excelentes os
resultados dessa prática,
alegando que muitos
pacientes, devido ao estado
em que se encontram, têm
dificuldade de concatenar o
pensamento e orar, o que é
verdade. Outros entendem que
essa prática cria um
condicionamento, algo que é
sempre bom evitar na prática
espírita.
Pessoalmente, entendemos que
tudo depende da situação em
que nos encontrarmos e que
cabe ao dirigente verificar
o que é mais adequado à
instituição em que atue e às
condições das pessoas que
nela são beneficiadas com o
passe.
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