As normas relativas ao uso
do hífen continuam
incomodando os que escrevem.
O assunto chegou a tal ponto
que é melhor ter sempre à
mão as normas baixadas pela
Academia, as quais podem
estar equivocadas, mas, pelo
menos, tentam solucionar
dificuldades que poderiam
ter sido eliminadas pelo
recente Acordo Ortográfico
firmado pelo Brasil e pelos
países em que o português é
o idioma oficial.
Vejamos o caso das formas
adjetivas em que aparecem os
vocábulos afro,
luso, anglo e
latino.
Estabelece o Acordo:
1) Como norma geral, tais
formas não se ligam por
hífen:
afrodescendente
afrodescendência
afronegrismo
afronegrista
afronegrístico
afronegro
lusofobia
lusocultura
lusofalante
anglocatolicismo
anglocatólico
anglofalante
anglofilia
latinofilia
latinófilo
latinofobia.
2) Contudo, havendo na forma
adjetiva a presença de
adjetivos gentílicos, o
hífen é de lei:
afro-americano
afro-ameríndio
afro-árabe
afro-asiático
afro-baiano
afro-brasileirismo
afro-brasileirista
afro-brasileiro
afro-britânico
afro-cubano
afro-francês
afro-inglês
afro-lusitanismo
luso-africano
luso-americano
luso-andaluz
anglo-saxão
latino-americano.
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Aproveitamos o ensejo para
corrigir a informação
veiculada nesta seção em
31/7/2011 (edição 220), na
qual, baseando-nos em
conhecido dicionário,
dissemos que a palavra
afrodescendente
continuava sendo grafada com
hífen, o que, como vemos,
constitui um equívoco.
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