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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 394 - 21 de Dezembro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 1)

Iniciamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Tudo o que sucede na esfera física tem origem no plano espiritual?

De um modo geral, sim. Tudo quanto sucede em nosso plano tem origem na realidade espiritual, tornando-o, assim, um mundo de efeitos, em que as ocorrências se desencadeiam sob as mais variadas injunções. É que os que ainda não retornaram à carne continuam vinculados a quem os prejudicou, dando continuidade a pugnas odientas e insensatas, até quando lhes luza a misericórdia de Deus, despertando uns e outros para mudança de atitude. (Trilhas da Libertação, prefácio, pp. 7 e 8.)

B. Existem ligações entre as Sociedades ligadas ao crime em nossa esfera com suas congêneres radicadas no Além?

Sim. As Sociedades que controlam o crime e o vício no Além são as responsáveis pelas congêneres do planeta, sendo que alguns dos seus chefes e condutores procedem das originais, aquelas que imperam na erraticidade inferior. Atribuindo a si mesmos direitos e poderes que não lhes é lícito usufruir, funcionam como braços de Justiça, que alcançam os calcetas, os defraudadores, os hipócritas e criminosos de todo porte que passam triunfantes no corpo que ultrajam e degradam impunemente, como se Deus deles necessitasse para tal mister. (Trilhas da Libertação, prefácio, pp. 8 a 10.)

C. É realmente relevante a influência da mente sobre a saúde?

Sim. A influência da mente sobre o corpo é de grande significação para a saúde, porque estimula ou retém a energia que a sustenta. Ademais, quando esta é bloqueada pelo psiquismo perturbado, cede campo à proliferação dos germes que se lhe instalam, fomentando os distúrbios que a Medicina cataloga como doenças. (Medicina Holística, pp. 13 a 15.)

Texto para leitura

1. Tudo o que sucede na esfera física tem origem no plano espiritual – Manoel P. de Miranda diz, em seu prefácio, que o mundo corporal é plasmado pelo espiritual, onde a vida é pulsante, permanente e original. Necessário ao processo de reencarnação, o mundo corpóreo reflete o estágio no qual se encontram os que o habitam, razão pela qual é o planeta terrestre um educandário de provas e expiações. Laboratório onde se operam transformações de comportamento moral do ser, a Terra sofre os inevitáveis choques decorrentes das lutas travadas nos círculos que a compõem, da mesma forma que se beneficia com as contribuições elevadas daqueles que trabalham em favor do seu progresso. De um modo geral, tudo quanto sucede na esfera física tem origem na realidade espiritual, tornando-a, assim, um mundo de efeitos, em que as ocorrências se desencadeiam sob as mais variadas injunções. Os que ainda não retornaram à carne continuam vinculados a quem os prejudicou, dando continuidade a pugnas odientas e insensatas, até quando lhes luza a misericórdia de Deus, despertando uns e outros para mudança de atitude. Apesar do devotamento e sacrifício dos Espíritos tutelares, que investem seus melhores recursos para dirimir-lhes a infrene perseguição e estabelecer acordos de paz, esses conflitos permanecerão ainda por largo período, por se negarem os litigantes a se entregar ao perdão das ofensas e à fraternidade recomendados por Jesus e facultados pelo bom senso e o despertar da consciência obscurecida. Enquanto não se dá essa mudança de conduta, tramas sórdidas, armadilhas hábeis, traições infames são trabalhadas nas esferas inferiores contra as criaturas que, inadvertidas e descuidadas, tombam nas inumeráveis justas a que são empurradas ou que defrontam pelo caminho de ação cotidiana. Espíritos perversos embrutecidos pelo sofrimento, sicários da sociedade que não se modificaram com a morte, continuam nos seus nefastos propósitos, fomentando dissensões, ódios e guerras. O número de obsidiados é, por isso, muito maior do que se pode imaginar. Não mensurada ou detectada com facilidade, a obsessão campeia desarvorada, arrebanhando multidões de vítimas que se deixam consumir, num e noutro plano de Vida. (Trilhas da Libertação, prefácio, pp. 7 e 8.)

2. As Sociedades ligadas ao crime no Além são responsáveis pelas congêneres da Crosta – Prosseguindo, Miranda diz que os Espíritos mais cruéis organizam-se em grupos hediondos, nos quais aprimoram métodos e técnicas de que se utilizam para afligir, aprisionar e explorar aqueles que têm o desar de ser-lhes vítimas. Qual se dá na Terra, e nesta, em escala menor, as Sociedades que controlam o crime e o vício no Além são as responsáveis pelas congêneres do planeta, sendo que alguns dos seus chefes e condutores procedem das originais, aquelas que imperam na erraticidade inferior. Atribuindo a si mesmos direitos e poderes que não lhes é lícito usufruir, funcionam como braços de Justiça, que alcançam os calcetas, os defraudadores, os hipócritas e criminosos de todo porte que passam triunfantes no corpo que ultrajam e degradam impunemente, como se Deus deles necessitasse para tal mister. Como não podem anular a consciência de culpa neles inscrita, despertam, ao desencarnarem, na paisagem que lhes é própria, com a qual sintonizaram, presas daqueles mesmos a quem se vincularam. O Espiritismo prático, através das sessões experimentais, de educação mediúnica ou de desobsessão, rompeu o véu que ocultava essa triste realidade e de que se tinha notícia somente de forma fragmentária, pela revelação dos santos e místicos que visitaram essas comunidades expungitivas e recuperadoras que a mitologia denominou como inferno, purgatório, Hades, Averno etc. É, portanto, compreensível que a fúria dos seus mantenedores se volte contra todos aqueles que se dedicam ao bem, que lutam contra o crime e a hediondez, particularmente os espíritas sinceros, que têm a tarefa de promover a sociedade, preparando melhores dias para a humanidade do porvir. Da mesma forma agem contra os médiuns, que são instrumentos da revelação desses antros, tentando explorá-los psiquicamente e desmoralizá-los para, dessa maneira, anularem o efeito das suas informações libertadoras. A campanha sórdida contra a mediunidade dignificada e os médiuns responsáveis, promovida pelas Entidades obsessoras, é, pois, ostensiva e vem de longa data, incessante, sem quartel, agressiva e sutil. (Trilhas da Libertação, prefácio, pp. 8 a 10.)

3. A Medicina holística considera o ser como espírito, perispírito e matéria – Concluindo sua introdução a esta obra, Miranda assevera que, não poucas vezes, esses irmãos profundamente infelizes se atreveram a arremeter contra Jesus, que os submeteu com a Sua superioridade, advertindo-nos, desde então, a respeito deles e de suas insinuações malévolas. Quando um médium, ou outra pessoa qualquer, particularmente o sensitivo, cai nas suas urdiduras, eles estuam de júbilo e se julgam fortalecidos para continuarem o louco afã, que termina por enredá-los, a eles mesmos, obrigando-os ao despertamento e, depois, à reencarnação. Para lidar com esses cultivadores do Mal, Espíritos Nobres renunciam a viver e trabalhar em Estâncias superiores, a que têm direito, a fim de mergulharem nas sombras terrestres e mais ainda nos pauis e crateras onde se homiziam, para esclarecê-los, libertá-los, amá-los e socorrer os que lhes padecem a perseguição. Enfrentam-nos, então, com misericórdia, porém com austeridade, conhecendo-lhes a hipocrisia e a sandice, utilizando-se, a seu turno, de recursos especiais que desenvolvem, o que muito os surpreende e aturde. “A presente Obra – informa Miranda – estuda algumas dessas técnicas e lutas pela libertação dos seres, de si mesmos, de suas mazelas e imperfeições, em experiências valiosas, e também como forma de contribuição para o estabelecimento de uma Medicina holística para o futuro, que considere o ser humano como espírito, perispírito e matéria.” Aqui – enfatiza ele – não se verão fantasias, nem novidades que o estudioso do Espiritualismo em geral e do Espiritismo em particular não conheça, mas sim um convite à meditação, à conduta saudável e à vivência dos postulados ético-filosófico-morais da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus. (Trilhas da Libertação, prefácio, pp. 10 e 11.)

4. Interação mente-corpo é a base do modelo holístico de saúde – Em pleno coração  da Natureza, num cenário que é um convite à reflexão, recordando um anfiteatro grego, sem as paredes circunjacentes, costumam reunir-se, ao cair da tarde, alguns milhares de ouvintes interessados nas conferências hebdomadárias que estudam e discutem temas pertinentes ao futuro da humanidade terrestre. Os oradores são ali convidados conforme suas especialidades; por isso, são geralmente cativantes, arrebatadores, como o dr. José Carneiro de Campos, médico baiano que contribuiu grandemente na Terra para o desenvolvimento e a prática do sacerdócio a que se dedicara, e a quem estava destinado falar, num naqueles encontros, sobre os desafios da saúde e sua visão holística. “A perfeita interação mente-corpo, espírito-matéria – asseverou o palestrante – constitui desde já a base do atual modelo holístico para a saúde. A anterior separação cartesiana desses elementos, que constituem um todo, contribuiu para que a terapia médica diante das enfermidades tivesse aplicações isoladas, dissociando a influência de um sobre o outro, com a preponderância dos efeitos de cada um deles na paisagem do equilíbrio orgânico assim como da doença. Cada vez mais se evidencia que na raiz de muitos males está agindo a vontade do paciente, que se compraz na preservação do estado que experimenta, negando-se, consciente ou inconscientemente, à recuperação. Multiplicam-se, por consequência, as técnicas da autocura, e mediante estas são colocados à disposição do enfermo os recursos que ele deve movimentar a benefício próprio, liberando-se dos mecanismos de apoio através dos quais mascara os conflitos, estresses e desconfortos íntimos que lhe subjazem no cotidiano.” Após ligeira pausa, o palestrante prosseguiu: “As tensões mal direcionadas e suportadas por largo período, quando cessam, são substituídas por moléstias de largo porte, na área dos desequilíbrios físicos, dando gênese a cânceres, crises asmáticas, insuficiência respiratória, etc. Outras vezes, propiciando estados esquizofrênicos, catatônicos, neuróticos, psicóticos, profundamente perturbadores. Quando afetam a área do comportamento moral, conduzem à ingestão e uso de drogas aditícias, alcoólicos, tabagismo, que representam formas de enfermidades sociais, degenerando o grupo humano que lhe padece a presença perniciosa”.  “A influência da mente sobre o corpo é de grande significação para a saúde, pelo estimular ou reter da energia que a sustenta, e, quando bloqueada pelo psiquismo perturbado, cede campo à proliferação dos germes que se lhe instalam, fomentando os distúrbios que se catalogam como doenças.” (Medicina Holística, pp. 13 a 15.)  (Continua no próximo número.)


 


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