O Evangelho no
lar
Bezerra de
Menezes
Trabalhemos pela
implantação do
Evangelho no
Lar, quando
estiver ao
alcance de
nossas
possibilidades.
A
seara depende da
sementeira.
Se a gleba sofre
o descuido de
quem lavra e
prepara, se o
arado jaz inerte
e se o
cultivador teme
o serviço, a
colheita será
sempre desengano
e necessidade,
acentuando o
desânimo e a
inquietação.
É
importante nos
unamos todos no
lançamento dos
princípios
cristãos no
santuário
doméstico.
Trazer as
claridades da
Boa Nova ao
templo da
família é
aprimorar todos
os valores que a
experiência
terrestre nos
pode oferecer.
Não bastará
entronizar as
relíquias
materiais que se
reportem ao
Divino Mestre,
entre os adornos
da edificação de
pedra e cal,
onde as almas se
reúnem sob os
laços da
consanguinidade
ou da atração
afetiva.
É
necessário
plasmar o
ensinamento de
Jesus na própria
vida,
adaptando-se-lhe
o sentimento à
beleza excelsa.
Evangelho no Lar
é Cristo falando
ao coração.
Sustentando
semelhante luz
nas igrejas
vivas do lar,
teremos a
existência
transformada na
direção do
Infinito Bem.
O
Céu,
naturalmente,
não nos reclama
a sublimação de
um dia para
outro nem exige
de nós, de
imediato, as
atitudes
espetaculares
dos heróis.
O
trabalho da
evangelização é
gradativo,
paciente e
perseverante.
Quem recebe na
inteligência a
gota de luz da
Revelação
Cristã, cada dia
ou cada semana
transforma-se no
entendimento e
na ação, de
maneira
imperceptível.
Apaga-se nas
almas
felicitadas por
essa bênção o
fogo das
paixões, e delas
desaparecem os
pruridos da
irritação inútil
que lhe situa o
pensamento nos
escuros
resvaladouros do
tempo perdido.
Enquanto isso
ocorre, as
criaturas
despertam para a
edificação
espiritual com o
serviço por
norma constante
de fé e
caridade, nas
devoluções a que
se afeiçoam, de
vez que
compreendem, por
fim, no Senhor,
não apenas o
Amigo Sublime
que ampara e
eleva, mas
também o
orientador que
corrige e educa
para a
felicidade real
e para o bem
verdadeiro.
Auxiliemos a
plantação do
Cristianismo no
santuário
familiar, à luz
da Doutrina
Espírita, se
desejamos
efetivamente a
sociedade
aperfeiçoada no
amanhã.
Em verdade, no
campo vasto do
mundo as
estradas se
bifurcam, mas é
no lar que
começam os fios
dos destinos e
nós sabemos que
o homem na
essência é o
legislador da
própria
existência e o
dispensador da
paz ou da
desesperação, da
alegria ou da
dor a si mesmo.
Apoiar
semelhante
realização,
estendendo-se no
círculo das
nossas amizades,
oferecendo-lhes
o nosso concurso
ativo, na obra
de regeneração
dos Espíritos na
época
atormentada que
atravessamos, é
obrigação que
nos reaproximará
do Mentor
Divino, que
começou o seu
apostolado na
Terra, não
somente entre os
doutores de
Jerusalém, mas
também nos
júbilos caseiros
da festa de Caná,
quando,
simbolicamente,
transformou a
água em vinho na
consagração da
paz familiar.
Que a
Providência
Divina nos
fortaleça para
prosseguirmos na
tarefa de
reconstrução do
lar sobre os
alicerces do
Cristo, nosso
Mestre e Senhor,
dentro da qual
cumpre-nos
colaborar com as
nossas melhores
forças.
Do livro
Temas da Vida,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.