Os mortos nos falam
Padre
François Brune
(Parte 4)
Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Os mortos nos falam,
de autoria do padre
François Brune. Muito
embora esta obra não
seja, propriamente
falando, um clássico
espírita, trata-se de
uma ótima contribuição
que confirma um grande
número de fenômenos
relatados nos clássicos
do Espiritismo que aqui
estudamos.
O estudo basear-se-á na
primeira edição em
português desta obra,
publicada pela Edicel em
1991.
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Questões preliminares
A. O corpo espiritual
tem uma consistência
correspondente à do
mundo onde o Espírito
irá viver?
Sim. Aliás, o corpo
espiritual é o corpo
ressuscitado, é o
chamado corpo de glória.
Nossas velhas roupas
podem, pois, decompor-se
tranquilamente, em paz,
nos cemitérios, porque
não desceremos jamais
com elas ao túmulo. O
corpo espiritual
acompanha o ser na vida
de além-túmulo.
(Os mortos nos falam,
pág. 71.)
B. Há semelhança entre o
corpo espiritual e o
corpo carnal?
Sim. O corpo espiritual
assemelha-se ao carnal.
No meio espiritual –
afirma padre Brune – as
crianças continuam a
crescer até chegarem à
idade adulta e os
anciãos rejuvenescem. A
propósito disso, a
maioria dos mensageiros
do Além dá-nos como
referencial, na vida
espiritual, a idade
média de trinta anos.
(Obra citada, pp. 72 a
81.)
C. O corpo espiritual
também progride?
Sim. Padre Brune,
citando vários fatos,
defende a tese de que o
corpo espiritual
progride com o tempo,
como afirmam Roland de
Jouvenel e Pierre
Monnier. Diversos
autores que escreveram
por meio de Chico Xavier
dizem o mesmo.
(Obra citada, pp. 83 a
89.)
Texto para leitura
40. A alma era concebida
como absolutamente
imaterial, segundo a
filosofia grega. A
teologia ensinava a
possibilidade de essa
alma imortal não somente
continuar a existir, mas
purificar-se ou fruir a
contemplação de Deus,
considerada como a
recompensa eterna dos
justos, sem o seu corpo.
(P. 70)
41. O indivíduo
ressuscitaria, mesmo
assim, no último dia, no
fim do mundo. O problema
era, pois, o seguinte:
se as almas já estavam
plenamente felizes sem o
corpo, para que
ressuscitar? (P. 70)
42. A verdade, porém, é
que o corpo
ressuscitado, o corpo de
glória, é o corpo
espiritual. Nossas
velhas roupas poderão
decompor-se
tranquilamente, em paz,
nos cemitérios, porque
não desceremos jamais
com elas ao túmulo. (P.
71)
43. Quando se fala de
“corpo espiritual”,
segundo a expressão de
São Paulo, e se explica
que esse corpo tem uma
consistência
correspondente àquela do
mundo onde irá viver,
muitos entram totalmente
em pânico. (P. 71)
44. O corpo espiritual
assemelha-se ao carnal:
no meio espiritual, as
crianças continuam a
crescer até chegarem à
idade adulta e os
anciãos rejuvenescem. A
maioria dos mensageiros
do Além dá-nos como
referencial, na vida
espiritual, a idade
média de trinta anos.
(P. 72)
45. Padre Brune disserta
então sobre as
percepções do corpo
espiritual e cita
comunicações em que os
mortos a si mesmos se
referem como tendo uma
aparência humana. (PP.
72 a 79)
46. Cabe a nós, diz
Brune, já nesta vida
terrestre, através de
nossa vida espiritual,
fazer com que esse corpo
glorioso, esta cópia,
evolua em direção a um
esplendor maior. Roland
de Jouvenel, um dos
grandes místicos do
Além, já o repetia sem
cessar à sua mãe. (P.
79)
47. Roland falou à sua
mãe a respeito do corpo
espiritual, que ele
chamava de cópia de nós
mesmos, afirmando que
esse corpo irradia
permanentemente em torno
de si. É o que chamamos
de “aura”, afirmou-lhe o
rapaz. (PP. 80 e 81)
48. Comentando o
assunto, padre Brune diz
que a tradição cristã
reporta-se à luz branca,
com reflexos
ligeiramente dourados,
que seria irradiada por
entidades de grande
evolução espiritual.
Essa luz, diz ele, é
mencionada em quase
todas as narrativas da
vida dos santos e é
também referida no
Antigo e no Novo
Testamento. Neste, sua
mais alta manifestação
continua sendo a que
aparece na descrição da
transfiguração do Cristo
no Monte Tabor. (PP. 81
e 82)
49. Brune lembra a
propósito desse fenômeno
que os apóstolos, além
de verem Jesus
transfigurado, viram
Moisés e Elias,
revestidos de seu corpo
de glória, em longa
conversa com o Cristo.
(P. 82)
50. Quando Santa Teresa
de Ávila, ou Santa
Bernadete, em Londres,
veem essa mesma luz,
notando que ela é mais
fulgurante do que o Sol,
e todavia não fere os
olhos, parece que se dá
o mesmo fenômeno,
percebido pelos olhos da
cópia, do corpo
espiritual, através de
seus corpos de carne.
(P. 82)
51. Padre Brune explica
com os poderes do corpo
espiritual o fenômeno da
levitação e, citando
vários fatos, defende a
tese de que o corpo
espiritual progride com
o tempo, como afirmam
Roland de Jouvenel e
Pierre Monnier. (PP. 83
a 89)
52. Rosemary Brown, a
conhecida médium
inglesa, é focalizada
também pelo autor, que
mostra como se deu o
primeiro contato dela
com Franz Liszt.
Rosemary tinha na época
apenas sete anos de
idade. (P. 89)
(Continua na próxima
semana.)