Os mortos nos falam
Padre
François Brune
(Parte 7)
Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Os mortos nos falam,
de autoria do padre
François Brune. Muito
embora esta obra não
seja, propriamente
falando, um clássico
espírita, trata-se de
uma ótima contribuição
que confirma um grande
número de fenômenos
relatados nos clássicos
do Espiritismo que aqui
estudamos.
O estudo baseia-se na
primeira edição em
português desta obra,
publicada pela Edicel em
1991. |
Questões preliminares
A. É verdade que o
Espírito de Frederic
Myers, um dos fundadores
da Sociedade de Pesquisa
Psíquica de Londres,
transmitiu diversas
mensagens por intermédio
de vários médiuns,
inclusive a médium
irlandesa Geraldine
Cummins?
Sim. Padre Brune
menciona o trabalho de
Frederic Myers e diz que
após sua morte ele deu
início a uma obra ainda
mais importante. Com
outros companheiros da
Sociedade londrina,
também falecidos, ele
passou a transmitir a
diversos médiuns
mensagens fragmentadas,
ou seja, trechos de
mensagens sem nenhum
sentido, quando tomados
isoladamente, cujo
encadeamento só surgia
após agrupados segundo
um código preciso. O
objetivo de Myers era
provar aos homens de boa
vontade que todos nós
sobrevivemos após nossa
morte.
(Os mortos nos falam,
pp. 134 e 135.)
B. A respeito do Além,
que informações
transmitiu Frederic
Myers?
A exemplo de outros
Espíritos que disseram
que o mundo espiritual
que cerca o globo é
formado de sete planos
ou esferas, Frederic
Myers também distinguiu
em suas mensagens sete
planos. Para ele, o
nível 2 corresponde a um
estado de transição; o
nível 3, que ele chama
de “região da ilusão”, é
o do mundo existente
após a morte. Heigorina
Cunha em seu livro
Cidade no Além
também diz que o campo
magnético da Terra se
divide em sete esferas.
A primeira, segundo ela,
comportaria o Umbral
“grosso”, mais
materializado. A
terceira seria o Umbral
superior, onde se
localiza a colônia Nosso
Lar.
(Obra citada, pp. 137 e
138.)
C. Cada um desses planos
corresponderia a um
nível espiritual, a um
certo grau de evolução?
Sim. É exatamente isso
que Frederic Myers diz.
Nesses mundos, o espaço
certamente não seria o
mesmo. Trata-se, antes
de mais nada, de níveis
de consciência. Quanto a
isso, há unanimidade,
afirma Brune. Cada um
desses níveis
corresponderia a um
nível espiritual, a um
certo grau de evolução
interior. Se na Terra
vivemos todos um ao lado
do outro, submetidos às
mesmas leis da gravidade
e às mesmas condições
físicas, no meio
espiritual cada um
atinge o nível
correspondente ao seu
grau evolutivo.
(Obra citada, pág. 139.)
Texto para leitura
79. Como essa, Brune
transcreve uma série de
comunicações. (PP. 128 a
134)
80. Brune menciona o
trabalho de Frederic
Myers, morto em 1901, um
dos fundadores da
Sociedade de Pesquisa
Psíquica de Londres e
autor da obra
intitulada: A
personalidade do homem e
sua sobrevivência após a
morte do corpo,
esclarecendo que após
sua morte Myers iniciou
uma obra ainda mais
importante. (P. 134)
81. Com outros
companheiros da
Sociedade londrina,
também falecidos, ele
passou a transmitir a
diversos médiuns
mensagens fragmentadas,
ou seja, trechos de
mensagens sem nenhum
sentido, quando tomados
isoladamente, cujo
encadeamento só surgia
após agrupados segundo
um código preciso. (PP.
134 e 135)
82. O objetivo de Myers
era, evidentemente,
provar aos homens de boa
vontade que todos nós
sobrevivemos após nossa
morte. Não aparecia,
contudo, nas referidas
mensagens nenhuma
descrição do Além, o que
se deu apenas vinte anos
depois de se encontrar
no Além. (P. 135)
83. Myers começou então,
geralmente por
intermédio de uma jovem
irlandesa de Cork,
Geraldine Cummins, a
descrever os novos
mundos. A moça procedia
de forma bastante
estranha: sentada à
mesa, cobria os olhos
com a mão esquerda e
entrava, logo, em uma
espécie de sonolência.
Sua mão direita
punha-se, então, a
escrever em velocidade
inacreditável, que
chegava a produzir até
2.000 palavras em pouco
mais de uma hora. (P.
135)
84. Na descrição dos
diferentes níveis do
Além, muitos Espíritos
têm-se referido a sete
planos ou esferas. (P.
137)
85. Frederic Myers
também distingue sete
planos. Para ele, o
nível 1 corresponde ao
instante da morte; o
nível 2 corresponde a um
estado de transição; o
nível 3, que ele chama
de “região da ilusão”, é
o do mundo existente
após a morte. (N.R.:
Heigorina Cunha em seu
livro Cidade no Além,
cap. IV, informa que o
campo magnético da Terra
se divide também em sete
esferas. A primeira,
segundo ela, comportaria
o Umbral “grosso”, mais
materializado. A
terceira seria o Umbral
superior, onde se
localiza a colônia Nosso
Lar.) (P. 138)
86. Nesses mundos, diz
padre Brune, o espaço
certamente não é o
mesmo. Trata-se, antes
de mais nada, de níveis
de consciência. Quanto a
isso, há unanimidade,
afirma Brune. Cada um
desses níveis
corresponderia a um
nível espiritual, a
certo grau de evolução
interior. Se na Terra
vivemos todos um ao lado
do outro, submetidos às
mesmas leis da gravidade
e às mesmas condições
físicas, no meio
espiritual cada um
atinge o nível
correspondente ao seu
grau evolutivo. A cada
nível de evolução da
consciência corresponde,
pois, um mundo onde a
matéria, o tempo, o
espaço e o próprio corpo
encontram-se em harmonia
com esse nível. (P. 139)
87. Há mensageiros
espirituais que dizem
que esses mundos estão
entre nós mesmos, ou em
torno do globo
terráqueo. Outros
afirmam que os
diferentes mundos
correspondem aos
diferentes planetas do
sistema solar. Se não
detectamos qualquer vida
neles é porque em cada
um desses planetas
existem formas de vida e
de civilização que nos
são invisíveis,
indetectáveis. O padre
Brune insiste em dizer
que se trata, na
verdade, de um outro
espaço. (P. 139)
88. Brune entende que o
mundo em que vivemos é a
resultante de nossa
consciência e, por isso,
insiste a respeito da
harmonia existente entre
o que somos, o nível
espiritual que atingimos
e o mundo que nos cerca,
começando por nosso
próprio corpo. (P. 140)
89. Diversas
comunicações, referidas
pelo padre Brune,
inclusive a do célebre
William Stead, morto no
naufrágio do Titanic, em
1912, confirmam essa
ideia, que é aplicável
também às moradas
espirituais. (PP. 140 a
147)
90. Tratando do tema
viagem astral, padre
Brune afirma que,
frequentemente, tais
viagens assemelham-se
mais a uma bilocação que
a uma verdadeira viagem.
E cita as experiências
feitas por Robert
Monroe, grande viajante
do astral, fundador e
diretor do Instituto
Monroe, especializado no
estudo dos efeitos das
ondas sonoras sobre o
comportamento humano.
(P. 148)
91. Uma das
características das
narrativas de Robert
Monroe é sua preocupação
em observar rigorosa e
objetivamente cada
detalhe, para depois
confrontá-lo com as
pessoas com quem havia
se encontrado. O padre
Brune relata alguns
episódios da experiência
de Monroe. (PP. 149 a
153)
(Continua na próxima
semana.)