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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 406 - 22 de Março de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 13)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Escolhido como novo comandante na região de sua influência, qual foi a primeira medida tomada pelo Soberano das Trevas?

Ciente do advento do Consolador na Terra e do seu programa de estudo e vivência do Cristianismo, o Soberano decidiu escutar fracassados conhecedores do comportamento das criaturas, tanto na área sexual como na econômica e na social, após o que estabeleceu o seu programa, que ironicamente denominou como as quatro legítimas verdades, em zombeteira paráfrase do código de Buda em relação ao sofrimento. (Trilhas da Libertação. Os Gênios das Trevas, pp. 103 a 105.)

B. Quais são as quatro verdades, segundo o pensamento do Soberano das Trevas?

Ei-las: 1ª - O homem é um animal sexual que se compraz no prazer. 2ª - O narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes ao ser humano. 3ª - O poder tem prevalência em a natureza humana. 4ª - A ambição da riqueza, mesmo que mascarada, supera a falsa humildade, e o conforto amolenta o caráter, desestimulando os sacrifícios. “Quem poderá resistir a essas quatro legítimas verdades?”, perguntou o comandante. “Certamente, aquele que vencer uma ou mais de uma, tombará noutra ou em várias ao mesmo tempo.” (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 105 a 107.)

C. Em face do programa acima exposto, qual é a recomendação emanada dos mentores espirituais?

Manoel Philomeno de Miranda registrou, a propósito da relevante questão, a seguinte advertência: “Precatem-se, os servidores do Bem, das ciladas ultrizes do mal que tem raízes no coração, e estejam advertidos. Suportem o cerco das tentações com estoicismo e paciência, certos de que o Pai não lhes negará socorro nem proteção, propiciando-lhes o que seja mais importante e oportuno. Ademais, não receiem as calúnias dos injuriadores que os não consigam derrubar. Quando influenciados pelos assessores dos Gênios, mantenham-se intimoratos nos ideais abraçados. A vitória tem a grandeza da dimensão da luta travada”. (Obra citada. Os Gênios das Trevas e Reflexões Necessárias, pp. 107 a 110.)

Texto para leitura

49. As quatro verdades segundo o Soberano das Trevas – Dr. Carneiro calou-se por ligeiro espaço de tempo, e em seguida prosseguiu: “Pode parecer que o Pai Misericordioso permanece indiferente ao destino dos filhos sob o domínio das sombras de si mesmos. No entanto, não é assim. Incessantemente Sua Voz convida ao despertamento, à reflexão, à ação correta, usando os mais diversos instrumentos, desde as forças atuantes do Universo aos missionários e apóstolos da Verdade, que não são escutados nem seguidos. Os líderes da alucinação tornam-se campeões das massas devoradoras, enquanto as vozes do bem clamam no deserto. Milhares de obreiros desencarnados operam em silêncio, nas noites terrestres, acendendo luzes espirituais, em momentosos intercâmbios que são considerados, no estado de consciência lúcida, no corpo, como sonhos impossíveis, fantasias, construções arquetípicas, em conspiração sistemática a favor das teses materialistas. Essas explicações, algumas esdrúxulas, travestidas de científicas, são aceitas, inclusive, pelos religiosos, que aí têm seus mecanismos escapistas para fugirem aos deveres e responsabilidades maiores”. O Mentor asseverou, na sequência, que as nobres conquistas das ciências da alma, inclusive as abençoadas experiências de Freud, de Jung e outros eminentes estudiosos, fundamentam-se em fatos incontestáveis. “Algumas das suas conclusões – afirmou o Benfeitor – merecem, porém, reestudo, reexame e conotações mais modernas, nunca descartando a possibilidade espiritualista, hoje considerada pelas novas correntes dessas mesmas doutrinas. Quando as criaturas despertarem para a compreensão dos fenômenos profundos da vida, sem castração ou fugas, sem ganchos psicológicos ou transferências, romper-se-ão as algemas da obsessão na sua variedade imensa, ensejando o encontro do ser com a sua consciência, o descobrimento de si mesmo e das finalidades da existência corporal no mapa geral da sua trajetória eterna.” Feita nova pausa, o Mentor retomou o relato da eleição em que as Trevas definiram seu novo comandante. As reuniões ali sucederam-se tumultuadas e violentas, acalmadas sempre pela agressividade do Soberano, que, ciente do advento do Consolador na Terra e do seu programa de estudo e vivência do Cristianismo, decidiu escutar fracassados conhecedores do comportamento das criaturas, tanto na área sexual como na econômica e na social, após o que estabeleceu o seu programa, que ironicamente denominou como as quatro legítimas verdades, em zombeteira paráfrase do código de Buda em relação ao sofrimento. (Os Gênios das Trevas, pp. 103 a 105.)

50. Os planos das Trevas se baseiam nas quatro verdades – Eis as verdades relacionadas pelo novo Soberano das Trevas, com suas respectivas consequências:

1ª - O homem é um animal sexual que se compraz no prazer. Deve ser estimulado ao máximo, até a exaustão, aproveitando-se-lhe as tendências, e, quando ocorrer o cansaço, levá-lo aos abusos, às aberrações. Direcionar esse projeto aos que lutam pelo equilíbrio das forças genésicas é o empenho dos perturbadores, propondo encontros, reencontros e facilidades com pessoas dependentes dos seus comandos que se acercarão das futuras vítimas, enleando-as nos seus jogos e envolvimentos enganosos. “Atraído o animal que existe na criatura, a sua dominação será questão de pouco tempo. Se advier o despertamento tardio, as consequências do compromisso já serão inevitáveis, gerando decepções e problemas, sobretudo causando profundas lesões na alma. O plasma do sexo impregna os seus usuários de tal forma que ocasiona rude vinculação, somente interrompida com dolorosos lances passionais de complexa e difícil correção.

2ª - O narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes ao ser humano. Fomentar o campeonato da presunção nas modernas escolas do Espiritualismo, ensejando a fascinação, é item de alta relevância para a queda desastrosa de quem deseja a preservação do ideal de crescimento e de libertação. O orgulho entorpece os sentimentos e intoxica o indivíduo, cegando-o e enlouquecendo-o.

3ª - O poder tem prevalência em a natureza humana. Remanescente dos instintos agressivos, dominadores e arbitrários, ele se expressa de várias formas, sem disfarce ou escamoteando, explorando aqueles que se lhe submetem e desprezando-os ao mesmo tempo, pela subserviência de que se fazem objeto, e aos competidores e indomáveis detestando, por projetar-lhe a sombra. O poder é alçapão que não poupa quem quer que lhe caia na trampa. (1)

4ª - O dinheiro, que compra vidas e escraviza almas, será outro excelente recurso decisivo. A ambição da riqueza, mesmo que mascarada, supera a falsa humildade, e o conforto amolenta o caráter, desestimulando os sacrifícios. O Cristianismo começou a morrer quando o martirológio foi substituído pelo destaque social, e o dinheiro comprou coisas, pessoas e até o reino dos céus, aliciando mercenários para manter a hegemonia da fé. “Quem poderá resistir a essas quatro legítimas verdades?”, perguntou o comandante. “Certamente –  acrescentou –, aquele que vencer uma ou mais de uma, tombará noutra ou em várias ao mesmo tempo.”

Gargalhadas estrepitosas sacudiram, então, as furnas, e a partir de então os técnicos em obsessão, além dos métodos habituais, tornaram-se especialistas no novo e complexo programa que em todos os tempos sempre constituiu veículo de desgraça, agora mais bem aplicado, redundando em penosas derrotas.  (Os Gênios das Trevas, pp. 105 a 107.)

51. A vitória tem a grandeza da dimensão da luta – Concluído o relato, Miranda registrou a seguinte advertência feita pelo Mentor: “Precatem-se, os servidores do Bem, das ciladas ultrizes do mal que tem raízes no coração, e estejam advertidos. Suportem o cerco das tentações com estoicismo e paciência, certos de que o Pai não lhes negará socorro nem proteção, propiciando-lhes o que seja mais importante e oportuno. Ademais, não receiem as calúnias dos injuriadores que os não consigam derrubar. Quando influenciados pelos assessores dos Gênios, mantenham-se intimoratos nos ideais abraçados. A vitória tem a grandeza da dimensão da luta travada”. “Este desafio, que nos tem merecido a mais ampla e minudente consideração, qual ocorre com inúmeros Benfeitores do Mundo Maior, é uma das razões de nos encontrarmos em atividade com o irmão Vicente e os membros da Casa que ele dirige.” A profusão de revelações e o esfervilhar de pensamentos que agitavam a mente de Miranda não lhe permitiram formular perguntas. Contudo, a narração do Instrutor amigo fornecia-lhe explicações para melhor entender vários acontecimentos infelizes que pairavam agitando a economia moral da sociedade, particularmente dos cristãos novos, dos espiritualistas modernos e dos estudiosos da mente que, interessados nos padrões éticos e superiores do comportamento, subitamente naufragavam nos ideais ou os abandonavam, padecendo graves ulcerações espirituais. Ele podia compreender melhor a irrupção do sexo desvairado a partir dos anos 60, o alucinar pelas drogas, a mudança dos padrões morais, o crescimento da violência, o abandono a que as gerações jovens foram atiradas, as falsas aberturas para a liberdade sem responsabilidade pelos atos praticados, a música ensurdecedora, e tantas outras ocorrências... Claro lhe ficava, também, que o processo antropossociológico da evolução, às vezes, deve arrebentar determinados compromissos para abrir novos espaços experimentais, que irão compor o quadro das necessidades evolutivas do homem e da mulher. (Os Gênios das Trevas e Reflexões Necessárias, pp. 107 a 110.)

52. Um exemplo da aplicação das quatro verdades – A moral social, geográfica, aparente, deve ceder lugar à universal, à que está ínsita em a Natureza, àquela que dignifica e promove, superando e abandonando as aparências irrelevantes e desacreditadas. A transição histórica de um para outro período – observou Miranda – é semelhante a um demorado parto, doloroso e complexo, do qual nascem novos valores e a vida enfloresce. Não seriam os períodos de convulsão danosa gerados por mentes destruidoras sediadas no Além? Não teriam gênese em programas semelhantes as súbitas alterações sociais que sacudiram até ao desmoronamento nações e povos, abalando a Humanidade? Partindo do princípio de que a vida real e causal é a que tem origem e vigência na Erraticidade, suas matrizes desencadeadoras estão no mundo espiritual e dali partem, por indução, inspiração ou interferência direta, através da reencarnação de membros encarregados de perturbar a ordem geral. Supondo estar agindo por vontade própria, ei-los sob o Comando Divino, que os utiliza indiretamente para despertar as consciências adormecidas para as altíssimas finalidades da vida. Miranda lembrou, ainda, nesse momento de reflexões, os amigos que haviam reencarnado com tarefas específicas e nobres, e derraparam lamentavelmente, alguns sendo retirados de cena antes de maiores comprometimentos e outros abraçando condutas esdrúxulas, fazendo-se crer superiores, autossuficientes, revoltados... O caso Davi, mais especificamente, tornava-se um exemplo concreto da consumação das quatro legítimas verdades perturbadoras. Todo o empenho de seus Mentores e de alguns amigos encarnados não resultou positivo, intoxicado que estava pela presunção narcisista, atraído pelo sexo irresponsável, fascinado pelo dinheiro e, no íntimo, ambicionando o destaque e o poder. O labor de Jesus, o Cordeiro sacrificado, é todo de abnegação e renúncia, de amor e humildade, de persuasão afetuosa, jamais de imposição arbitrária. Meditando em tudo isso, Miranda compreendia melhor, a partir daquele momento, que as imperfeições da criatura humana são as responsáveis pelo fracasso de planos bem organizados, pelas perturbações que se generalizam, pelas opções extravagantes, pelo desdobrar das paixões asselvajadas, em razão do nível inferior de consciência no patamar em que transita a maioria das pessoas.  (Reflexões Necessárias, pp. 110 e 111.) (Continua no próximo número.)
 

(1) Trampa [do esp. trampa] significa trama, enredo, tramoia. Bras.  RS - armadilha para apanhar caça.

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita