Desobsessão
André Luiz
(Parte
15)
Damos continuidade ao
estudo sequencial do
livro Desobsessão,
obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
em 1964 e publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. É certo dizer que
numa sessão mediúnica o
Espírito perturbado se
encontra, em relação ao
médium de incorporação e
aos esclarecedores, na
situação de um doente
ante o enfermeiro?
Sim. Se os benfeitores
espirituais, o dirigente
da sessão e os
esclarecedores funcionam
lembrando autoridades
competentes no trabalho
curativo, o médium é o
enfermeiro convocado a
controlar o doente,
quanto lhe seja
possível, impedindo a
este último
manifestações
tumultuárias e palavras
obscenas.
(Desobsessão, cap. 42.)
B. O médium tem
condições de auxiliar na
contenção e na
reeducação dos Espíritos
que recalcitram no mal?
Em sua posição de
intérprete e enfermeiro,
o médium é, sim, capaz
de auxiliar, até certo
ponto, na contenção e na
reeducação dos Espíritos
rebeldes que recalcitram
no mal, a fim de que o
dirigente se sinta
fortalecido em sua ação
edificante. Ainda mesmo
quando seja
absolutamente sonâmbulo,
incapaz de guardar
lembranças posteriores
ao socorro efetuado,
semidesligado de seus
implementos físicos
dispõe o médium de
recursos para governar
os sentidos corpóreos de
que o Espírito
comunicante se utiliza.
(Desobsessão, cap. 42 e
43.)
C. Que deve a equipe
mediúnica fazer ao
verificar que um dos
médiuns esteja
obsidiado?
Caso isso ocorra, o
médium acometido pela
obsessão necessitará de
socorro espiritual,
através de
esclarecimento, tanto
quanto as entidades
perturbadas carecentes
de auxílio.
(Desobsessão, cap. 43.)
Texto para leitura
191. Em algumas
ocasiões, tarefa em
meio, aparece um ou
outro desencarnado em
condições de quase
absoluto empedernimento.
Tal desequilíbrio da
entidade pode coincidir
com algum momento
infeliz da mente
mediúnica, estabelecendo
desarmonia maior.
(Desobsessão, cap. 41.)
192. O fenômeno é
suscetível de raiar na
inconveniência. Assim
sendo, o mentor
espiritual, se
considerar oportuno,
ocupará espontaneamente
o médium responsável e
partilhará o serviço do
esclarecimento,
dirigindo-se ao
comunicante ou ao médium
que o expõe.
(Desobsessão, cap. 41.)
193. Em casos tais, o
dirigente pode também
recorrer à intervenção
do orientador referido,
se julgar necessário,
rogando-lhe a
manifestação pelo
psicofônico indicado, a
fim de sanar o
contratempo.
(Desobsessão, cap. 41.)
194. O médium de
incorporação, como
também o médium
esclarecedor, não podem
esquecer, em
circunstância alguma,
que a entidade
perturbada se encontra,
para eles, na situação
de um doente ante o
enfermeiro.
(Desobsessão, cap. 42.)
195. No socorro
espiritual, os
benfeitores e amigos das
Esferas Superiores,
tanto quanto os
companheiros encarnados,
quais o diretor da
reunião e seus
assessores que manejam o
verbo educativo,
funcionam lembrando
autoridades competentes
no trabalho curativo,
mas o médium é o
enfermeiro convocado a
controlar o doente,
quanto lhe seja
possível, impedindo a
este último
manifestações
tumultuárias e palavras
obscenas.
(Desobsessão, cap. 42.)
196. O médium
psicofônico deve
preparar-se dignamente
para a função que
exerce. (Desobsessão,
cap. 42.)
197. É importante que
reconheça que não se
acha dentro dela à
maneira de fantoche,
manobrado integralmente
ao sabor das
Inteligências
desencarnadas, mas sim
na posição de intérprete
e enfermeiro.
(Desobsessão, cap. 42.)
198. Nessa condição, é
ele capaz de auxiliar,
até certo ponto, na
contenção e na
reeducação dos Espíritos
rebeldes que recalcitram
no mal, a fim de que o
dirigente se sinta
fortalecido em sua ação
edificante e a equipe
demonstre o máximo de
rendimento no trabalho
assistencial.
(Desobsessão, cap. 42.)
199. Ainda mesmo quando
o médium é absolutamente
sonâmbulo, incapaz de
guardar lembranças
posteriores ao socorro
efetuado, semidesligado
de seus implementos
físicos dispõe de
recursos para governar
os sentidos corpóreos de
que o Espírito
comunicante se utiliza.
(Desobsessão, cap. 43.)
200. O médium é,
portanto, com o auxílio
dos instrutores
espirituais, capaz de
controlar devidamente as
manifestações.
(Desobsessão, cap. 43.)
201. Ninguém diga que
isso é impossível.
Desobsessão é obra de
reequilíbrio,
refazimento, nunca de
agitação e teatralidade.
(Desobsessão, cap. 43.)
202. Vale recordar,
nesse sentido, que há
médium de incorporação
normal e médium de
incorporação ainda
obsidiado.
(Desobsessão, cap. 43.)
203. Cabe-nos, então,
lembrar que se o médium,
dessa ou daquela
espécie, se mostre
obsidiado, necessita de
socorro espiritual,
através de
esclarecimento,
emparelhando-se com as
entidades perturbadas
carecentes de auxílio.
(Desobsessão, cap. 43.)
204. Importa reconhecer
que, em alguns casos
determinados, o
medianeiro da psicofonia
não pode governar todos
os impulsos
destrambelhados da
Inteligência
desencarnada que se
comunica na reunião,
como nem sempre o
enfermeiro logra impedir
todas as extravagâncias
da pessoa acamada.
Contudo, mesmo nessas
ocasiões especiais, o
médium integrado em suas
responsabilidades dispõe
de recursos para
cooperar no socorro
espiritual em andamento,
reduzindo as
inconveniências ao
mínimo. (Desobsessão,
cap. 43.)
(Continua na próxima
semana.)