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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 410 - 19 de Abril de 2015

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)

 

 

O renascer e os pacificadores


“Pequeno erro de cálculo pode trair o equilíbrio de um edifício inteiro. Eis por que em se despojando alguém de algum patrimônio material, a benefício dos outros, não se esqueça também de desintegrar, em derredor dos próprios passos, os velhos envoltórios do rancor, do capricho doentio, do julgamento apressado ou da leviandade criminosa, dentro dos quais afivelamos pesada máscara ao rosto, de modo a parecer o que não somos.” (XAVIER, F. C. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Item nº 147.)

Não é tão simples como pensamos o julgamento dos nossos próprios atos, pois tendemos a nos considerar muito melhores do que o somos em relação às outras pessoas. Sabendo disso, Jesus recomenda: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós” (Mateus, 7:1-3). Ou seja, se tendemos a ser severos para com as atitudes alheias e generosos em relação aos nossos próprios atos, não é bem assim que nos vê o olhar alheio.

Trazemos conosco, de tempos imemoriais, não poucos defeitos morais, como os citados pelo Espírito Emmanuel, todos derivados unicamente do egoísmo, a origem de todas as nossas imperfeições morais. O egoísta, por se considerar superior ao seu próximo, reivindica para si todas as atenções. Se é atleta, ainda que não possua o mesmo preparo físico do seu concorrente, sente-se injustiçado, se não pela humanidade, por Deus ou pela natureza, quando é superado por aquele. Daí surgir a inveja em seu sentimento, por não suportar o sucesso do outro. Se participa de um grupo de pesquisa e seu colega se sobressai, em alguma nova contribuição científica, em virtude de melhor preparo intelectual, fruto de muito maior dedicação do que a sua, é levado pelo despeito e, já que não pode ocupar o lugar de destaque do outro, empenha todos os seus sentimentos mesquinhos para empanar o brilho que não pôde alcançar. É quando surge a nossa maledicência leviana e, mesmo, criminosa, como afirma Emmanuel.

Como não podemos ser ou ter o que desejamos o que o outro possui ou é, julgamos que, destruindo-o, conseguiremos tomar-lhe o lugar. E assim por diante, vamos dando vazão às nossas ambições de conquista de algo imerecido, ao longo de muitas vidas, sofrendo, consequentemente, pela lei de causa e efeito, ou de ação e reação, as correções de nosso Pai amoroso, cujas leis são todas voltadas para o nosso bem, ainda que se nos pareçam amargo remédio.

Criados simples e ignorantes, como nos informam os Espíritos superiores n’O Livro dos Espíritos, à medida que nos instruímos, percebemos a presença da Lei de Deus em nossa consciência, a clamar insistentemente: “Caim, o que fizeste do teu irmão?”. Durante algum tempo, fingimos não ouvir tal apelo; mas ele está lá, no âmago do nosso ser, implacável, insistente... Até o dia em que, não suportando mais esse apelo, retornamos à vida espiritual cheios de remorsos e vontade de reparar nossos erros, por constatarmos que, ali, ninguém engana ninguém, muito menos a si mesmo.

De início, sentimos queimar, dentro de nós mesmos, o fogo do remorso, da raiva e clamamos, em altos brados, por misericórdia, nas zonas umbralinas ou de trevas do plano espiritual. Entretanto, enquanto nosso arrependimento não for sincero e não fizermos o sincero propósito de retificar nossos caminhos equivocados, não seremos socorridos. Chega, por fim, após inauditos sofrimentos, o dia em que nossos apelos são percebidos como sinceros, pelos embaixadores divinos. Então pedimos a Deus, humildemente, uma nova chance. É quando Ele nos diz, pela voz dos arautos do Evangelho do Cristo, ser necessário:

Renascer

É necessário renascer do espírito,
Para de vez vencer a má tendência,
E nunca mais fazer da norma o grito,
E em seu lugar usar a paciência.

A calma é sempre bem maior que o atrito,
Quem cala evita a vã maledicência
Do infeliz coitado, pobre aflito,
Que não percebe o mal em sua essência.

Quem se acomoda então no velho drama
De reviver no mal teimosamente
Transforma em treva o crepitar da chama.

Quem não age no bem só sofre e clama
Até compreender, humildemente,
Que a paz é a virtude de quem ama.

Agora, sim, tudo começa a ficar claro para nós. Se, antes, desejáramos ser amados, e nesse desejo nos julgávamos merecedores dos créditos e títulos alheios, agora sabemos que a verdadeira felicidade está em amar e servir, incondicionalmente, o nosso próximo, para fazer jus ao título de pacificadores. E “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus, 5:9).

 

Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com


 

 


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