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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 411 - 26 de Abril de 2015

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 


Os dinossauros
conseguiram escapar


– Que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança? Da caça, por exemplo, quando não tem por objetivo senão o prazer de destruir sem utilidade?

“Predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. Toda destruição que ultrapasse os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais não destroem senão por suas necessidades; mas o homem que tem o livre-arbítrio destrói sem necessidade. Ele prestará contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, porque é aos maus instintos que ele cede.” (L.E., 735)

Os dinossauros que desapareceram da face do planeta devido a uma chuva de meteoros que tornou a atmosfera imprópria para a vida desses animais se tivessem escapado, com certeza estariam, nessa altura dos acontecimentos, como raça em extinção devido à ação predatória do homem, o maior predador do planeta, principalmente se os dinossauros representassem alguma fonte de lucros.

Quem se interessar pelo assunto da ação predatória sobre o mundo animal leia a reportagem da revista VEJA, em sua edição 2407, de sete de janeiro de 2015, páginas 68 a 73. Nela encontraremos diversas informações. Uma delas nos informa que segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, ao menos 200 espécies são extintas todos os anos em consequência de ações humanas. No momento, 20.000 estão em risco de sumir do planeta que não foi feito pelo homem predador. Esse é apenas um inquilino da Terra. E um péssimo inquilino que depreda a escola para onde terá que retornar, caso faça por merecer, e continuar a longa aprendizagem para a qual foi criado um dia por Deus. No Brasil, continua a reportagem, 1173 espécies estão à beira do desaparecimento. Entre elas, a ararinha-azul, mico-leão-dourado e o boto-cor-de-rosa. Esse último caçado impiedosamente por homens movidos pelo dinheiro que não poderão levar do banco do mundo, por maior que seja a quantidade nele acumulado, mas que levarão na consciência as razões que os moveram nessas infelizes “conquistas”. A matança do boto acontece à noite. Parece que a noite é parceira das ações que pesam contra a consciência. Esses pescadores, apesar da proibição dessa caça, fazem desses pobres animais que não oferecem nenhum risco ao ser humano, alvo de arpões e redes que um dia se apresentarão à consciência dos que assim procedem atrás do lucro abundante e não de uma simples questão de sobrevivência. Aliás, os botos são uma atração turística, principalmente para estrangeiros que vêm ao Brasil na ilusão de verem a natureza bela e crua, porque intocada. Ledo engano!

Na questão de número 734 de O Livro dos Espíritos, quando Kardec interroga se o homem tem um direito ilimitado de destruição sobre os animais, os Espíritos da Codificação respondem que esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua nutrição e à sua segurança. O abuso – reforçam os Espíritos – jamais foi um direito.

No caso dos botos não acontece nenhuma dessas duas condições. Nem a necessidade da nutrição porque a carne do boto cheia de fibras musculares é insossa, e nem pelo perigo que possam representar. Eles são impiedosa e cruelmente caçados por gente movida pelo desespero do dinheiro. O animal é tão dócil que não esboça nenhuma reação de defesa porque está acostumado a uma relação pacífica com o ser humano. Entretanto, essa relação do ser humano para com eles não procede da mesma forma. Não é nada pacífica. São traídos, os botos, em sua passividade, pela ânsia do lucro dos homens que estão ameaçando a espécie de extinção. Matam-se machos, fêmeas ou filhotes porque são transformados em iscas para capturar um peixe carniceiro, denominado de piracatinga, vendido em mercados colombianos e do norte do Brasil. A má notícia para os peixes carniceiros é que eles não sabem que estão sendo alimentados com pedaços de botos por um carniceiro muito mais predador do que eles próprios, o ser humano.

Continuando com Kardec no capítulo voltado para a lei de destruição, encontramos, na questão de número 732, o ensinamento de que a necessidade de destruição é proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos e que ela cessa com um estado físico e moral mais depurado. Nos mundos mais avançados que o nosso, as condições de existência são outras. Se assim é, quantas espécies mais de animais pagarão o preço do atraso moral do planeta Terra?

Já na questão seguinte, a de número 733, os Espíritos nos descrevem aquilo que esperamos ardentemente venha a acontecer o mais precocemente possível: “... é por isso que vedes o horror à destruição seguir o desenvolvimento intelectual e moral”.

Os dinossauros desapareceram devido a uma chuva de meteoros. Se tivessem escapado e dessem lucro de alguma maneira, bastaria um punhado de homens para exterminá-los na atualidade. Creio até que tiveram sorte. Sorte que os pobres botos não estão tendo...

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita