ELENI FRANGATOS
eleni.moreira@uol.com.br
Vinhedo, SP
(Brasil)
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Prejulgamento
Prejulgamento
é julgar uma pessoa sem
a conhecer, ou uma
situação sem antes ter
informações sobre ela.
Às vezes, confundimos
prejulgamento e
preconceito. O
preconceito também é um
juízo preconcebido, que
discrimina pessoas pela
sua religião, tendências
etc. O prejulgamento é
apressado, elaborado com
base em informações
incompletas, em
suposições. Não sabemos
o que leva a pessoa a
proceder assim, mas a
julgamos. O
“prejulgador” ouve, vê,
pressupõe com base na
sua vivência e
experiência, e conclui
sem ter dados autênticos
e suficientes que
suportem sua conclusão.
Tendemos a classificar,
e etiquetar os outros
seguindo a nossa
“intuição” e com base em
premissas erradas. Dizem
que uma foto vale mais
do que mil palavras.
Assim também um exemplo
vale mais do que uma
longa explanação.
Vejamos alguns exemplos:
Prejulgamento: Estória.
Deve correr demais, é um
perigo na estrada.
Prejulgamento: Deve
beber diariamente. Um
beberrão... e se
desculpa com o médico...
Prejulgamento: É doido,
perturbado, louco, está
até se tratando com
psiquiatra...
Prejulgamento: hummmm!
esse aí não me engana...
Prejulgamento: É um
safado... Imagina!
colocar a mãe num
asilo...
Mas, o pior é que não
ficamos satisfeitos
somente em pensar. Como
nosso ego inflado nos
faz acreditar que tudo
sabemos, somos os
senhores da verdade, que
o mundo gira à nossa
volta e Deus, Ele
próprio, nos incumbiu de
cuidar e de corrigir os
outros e sua forma de
proceder e, na sua
Omnipotência, nos fez
“parâmetro global”. Aí
vem o pior: precisamos
passar para os outros o
que pensamos de
fulano(a). E, assim, sem
qualquer pudor, ferimos
a dignidade do nosso
irmão, manchamos sua
reputação, o detonamos
com nossa língua ferina,
o conspurcamos,
destilando nosso veneno
sobre eles e nas suas
costas, porque, covardes
que somos, não temos
coragem de fazê-lo pela
frente...
Reflitamos sobre isso,
se é que estas poucas
linhas merecem uma
reflexão. E tentemos
mudar nosso
prejulgamento que, na
grande maior parte das
vezes, mais adiante,
prova ter sido errado e
apressado... Isso
nos faz mais mal a nós
do que aos outros.
Lembremo-nos do
seguinte:
- Quando eu prejulgo o
outro, eu o faço com
base no que existe em
mim, no que faz parte da
minha forma de pensar.
Quando levianamente
prejulgo o outro, eu
estou bem ou mal
revelando quem eu sou...
E... mais:
- Eu sou o outro para o
meu próximo! Então, como
eu o julgar, assim serei
julgado... Quem com
ferro fere, com ferro
será ferido!
Sejamos felizes e
vivamos em paz!