O sentimento inspira.
O pensamento plasma.
A palavra orienta.
O ato realiza.
Figuremos a ideia como sendo a
fonte nascida no manancial do
coração, traçando a si mesma o
curso que lhe é próprio.
O pensamento vibra, desse modo,
no alicerce de todas as formas e
de todas as experiências da
vida.
Pensando, o arquiteto imagina o
edifício a elevar-se do solo; o
técnico cria a máquina que
diminui o esforço braçal do
homem; o escultor arranca ao
mármore os primores da
estatuária e o artista compõe
sublimadas formações da beleza,
endereçando apelos à ciência e à
virtude.
E é também pensando que o sovina
levanta para si mesmo o inferno
da posse insaciável, tanto
quanto o preguiçoso coagula para
si próprio os venenos da
inércia.
Em razão disso, depois da morte,
mais intensivamente, vive a alma
nas criações a que se afeiçoa.
Isso não quer dizer que haja
retrocesso na marcha evolutiva
do espírito, mas estagnação do
ser nas formas infelizes em que
se compraz, pelo seu próprio
pensamento desgovernado e
delituoso.
Com isso, desejamos igualmente
dizer que todos influenciamos e
somos influenciados.
Agimos e reagimos.
E se os missionários do bem
recebem dos planos superiores a
força que lhes enriquece as
ações para as vitórias da luz,
os empreiteiros do mal recolhem
dos planos inferiores as
sugestões que lhes infelicitam a
senda, inclinando-os aos
resvaladouros da treva.
Reflitamos no magnetismo
desvairado das inteligências que
se transviam nas sombras e
compreenderemos a loucura
temporária que ele pode trazer
às almas que o provocam.
“Viverá o homem onde situe o
coração” – diz-nos o Evangelho e
podemos acrescentar, sem trair o
ensinamento do Senhor, que onde
colocarmos o pensamento – Força
Viva de Nosso Coração – aí se
manifestará, como é justo, a
Forma de Nossa Vida.
Do livro Assim vencerás,
obra mediúnica pelo médium
Francisco Cândido Xavier. |