Os princípios
institucionalizados
(burocratizados)
da Unificação
inibem o ideário
da “UNIÃO”
espontânea entre
os espíritas?
O ideário da
União, como
afirmado, é
espontâneo, ou
seja, é opção da
livre
determinação do
ser humano,
especificamente,
dos espíritas.
Desta forma,
cada um de nós
expressa esse
sentimento por
opção, mas
Jesus, nosso
Mestre e Guia,
convida aos que
desejam ser seus
discípulos à
prática desse
ideário da
UNIÃO, quando
nos recomenda:
“Meus
discípulos serão
reconhecidos por
muito se
amarem”. Se
auguramos ser
discípulos do
Cristo, então, o
ideário de
“UNIÃO” será
mantido em
qualquer
circunstância.
O modelo
federativo é
importante,
porém boa parte
dos dirigentes
de casas
espíritas nem
sempre valorizam
as ações dos
órgãos de
Unificação,
atribuindo-lhes
caráter
meramente
administrativo,
burocrático, com
pouco sentido
prático.
Considerando a
sua experiência
doutrinária,
quais as ações
que pretende
desenvolver para
aproximar a FEB
das Casas
Espíritas?
Antes, ressalto
que a
organização
federativa não é
só importante; é
o programa ideal
da Doutrina
Espírita no
Brasil. É para a
grande obra de
unificação que a
FEB envida todos
os seus
esforços,
objetivando a
vitória de
Ismael nos
corações.
Entretanto,
respeitando a
livre
determinação
individual,
procuraremos
sempre atenuar o
vigor das
dissensões
esterilizadoras,
para nos unirmos
na tarefa
impessoal e
comum de educar
o pensamento do
homem no
Evangelho.
O “Pacto Áureo”
ainda pode ser
avaliado como o
grande marco da
Unificação?
É o Pacto
Áureo a
expressão mais
lúcida de
entendimento e
concórdia entre
os espíritas,
que podem
divergir nas
discussões das
ideias, mas que
não devem fazer
da divergência
motivo de
discórdia,
intolerância e
incompreensão. O
Pacto Áureo veio
compatibilizar a
vivência da
Doutrina dentro
do princípio da
liberdade, sem
jamais deixar de
considerar o
amor fraterno, a
união e a
Unificação. Ele
foi e será
sempre o grande
marco da
Unificação que
consolidou os
esforços
iniciais de
Bezerra de
Menezes.
Quais os grandes
desafios vistos
para o Movimento
Espírita
Brasileiro?
Consolidar a
manutenção da
União e da
fraternidade.
Como a
Casa-Máter do
Espiritismo deve
enfrentar e
proceder ante a
proliferação de
livros
“doutrinários”
de conteúdos
confusos,
especialmente
pela internet ?
De acordo com o
Evangelho.
Respeitando a
liberdade de
pensar e de
agir, já que
cada um é
responsável
pelos seus atos
e pela sua
administração.
Considerando que
sobre a FEB
repousam muitas
esperanças, mas
também
expectativas,
como atuará para
se aproximar dos
espíritas
carentes e pouco
instruídos na
educação formal,
dado que
representam
expressivo
estrato da
sociedade
brasileira?
Pelo trabalho
exercido com
humildade e
amor, na ação
pacífica de
educação das
criaturas, na
prática genuína
do bem e no
exercício da
caridade como
entendia Jesus,
conforme
expresso na
questão nº 886
de O Livro dos
Espíritos:
"Benevolência
para com todos,
indulgência para
as imperfeições
dos outros,
perdão das
ofensas".
A inclusão
digital
apresenta-se
como meio
propício para
que os conteúdos
das obras
básicas e obras
complementares,
veiculados pela
internet,
cheguem aos
espíritas
carentes, com
evidentes
benefícios. Como
a FEB poderia
auxiliar os
Centros
Espíritas de
periferia nessa
questão?
Disponibilizando
o acesso a essas
obras pelas mais
variadas mídias
e meios de
comunicação
existentes e
apoiando o
Movimento
espírita nas
ações de auxílio
e apoio aos
Centros
Espíritas.
Será que livros
gratuitos na
internet
gerariam impacto
financeiro, em
se tratando de
uma prática
comum
atualmente?
É um tema a ser
apreciado. Esta
iniciativa a FEB
já tomou quando
disponibiliza
obras para
download em seu
portal.
Será que os
livros virtuais
não dariam maior
visibilidade ao
portal da FEB,
ou seja, não
tornaria o site
uma robusta
ferramenta de
divulgação da
Nova Luz para o
mundo?
Este é um
assunto em
estudo na FEB e
que merece
atenção, porque
vem ao encontro
da sua
finalidade:
estudar,
vivenciar e
divulgar a
Doutrina
Espírita. Para
maiores
esclarecimentos,
a FEB já mantém
um catálogo de
e-books de mais
de 120 títulos,
que será
ampliado a cada
semana, com a
disponibilização
de outros
títulos, como
forma
alternativa de
acessibilidade
ao conteúdo
espírita.
Allan Kardec
comenta no item
334, cap. XXIX,
d´O Livro dos
Médiuns, que a
formação do
núcleo da grande
família espírita
um dia
consorciaria
todas as
opiniões e
uniria os homens
por um único
sentimento: o da
fraternidade.
Estaria aqui o
Codificador
formulando
alguma
programação
doutrinária
visando à
unidade dos
espíritas por
intermédio de
instituições
colegiadas?
Entendo que o
Codificador,
nesse ponto,
traz o cunho da
caridade cristã,
ao alertar os
espíritas
desejosos de se
instruírem e
vivenciarem os
ensinos dos
Espíritos a se
unirem pelo
sentimento de
fraternidade,
formando um
núcleo da grande
família espírita
pelos laços da
caridade.
Na condição
de recém-eleito
presidente da
FEB,
considerando o
desígnio da
“União” e
compreendendo
que vários
membros do CFN
tinham a
esperança da
reeleição do
Antonio Cesar
Perri, quais as
estratégias a
serem adotadas
visando
asserenar e
aglutinar tais
membros do CFN?
Paciência e
serenidade;
humildade e
amor; sacrifício
e devotamento;
paz e
resignação.
A saída do
ex-presidente da
FEB comprometerá
a coordenação do
projeto do CEI?
Os novos
dirigentes estão
em sintonia com
o trabalho que o
CEI vem
realizando?
As
instituições
permanecem com
seus objetivos e
finalidades, as
pessoas são
transitórias e,
portanto, os
novos dirigentes
conscientes
desta realidade
procurarão a
sintonia com o
trabalho que vem
sendo
desenvolvido.
O irmão pretende
partilhar com a
comunidade
espírita, na
forma de
consultas,
audiências ou
outros canais de
comunicação, com
o intuito de
colher subsídios
para tratar de
matérias e temas
importantes para
o Movimento
Espírita, além,
obviamente, dos
canais e
mecanismos
formais já
existentes?
Estaremos sempre
abertos às
contribuições
que tratem de
temas
importantes
emanadas de
todos aqueles
que desejam
trazê-las
pessoalmente ou
por intermédio
dos meios
disponíveis de
comunicação.
Como a FEB deve
administrar as
questões
filosóficas e
científicas dos
fenômenos
metafísicos
junto às
academias e a
outras fontes de
conhecimento da
atualidade?
Não
interferindo,
nem cerceando a
liberdade de
pensar e agir de
quem quer que
seja.
Com o crescente
surgimento
dessas entidades
especializadas
(associação
espírita de
médicos, juízes,
jornalistas,
psicólogos etc.)
como deve se
posicionar a FEB,
considerando o
aspecto
restritivo e até
elitista dessas
entidades?
Aceitar e
incentivar,
acreditando que
se trata de um
evento
imprescindível?
Quanto a este
aspecto a FEB
tem posição
clara e definida
em seu Estatuto
ao contemplar
dispositivo que
abriga as
entidades
especializadas
de âmbito
nacional no
Conselho
Federativo
Nacional – CFN,
e, como
decorrência do
crescente
aumento,
aprovou, em
2014, a criação
do Conselho
Nacional das
Entidades
Espíritas
Especializadas
da Federação
Espírita
Brasileira –
CNE-FEB, como
órgão de apoio
técnico ao
Movimento
Espírita
Brasileiro.
Numa sociedade
mercadológica/mercantil
em que eventos
espíritas
“grandiosos” e
pagos em geral
se apresentam em
números cada vez
maiores, qual
deve ser a
atitude da FEB?
A de prudência e
respeito, sem
conivência, mas
orientada pelo
Evangelho.
Suas palavras
finais.
Agradeço a
oportunidade,
desejando que
estejamos sempre
irmanados numa
doce aliança de
fraternidade e
paz inabaláveis
sob o amparo de
Ismael e de
Jesus.