Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. A pedra que atiramos
no próximo voltará sobre
nós em forma de pedra?
Talvez não volte em
forma de pedra, mas
permanecerá conosco na
figura de sofrimento. E,
enquanto não se remover
a causa da angústia, os
efeitos dela perdurarão
sempre. (Vida e Sexo,
pág. 42.)
B. Por que certos
matrimônios, precedidos
de doçura e esperança,
transformam-se ao longo
do tempo em uniões
amargas e infelizes?
O matrimônio pode ser
precedido de doçura e
esperança, mas isso não
impede que os dias
subsequentes, em sua
marcha incessante,
tragam aos cônjuges os
resultados das próprias
criações que deixaram
para trás. O motivo é
fácil de entender. A
jovem suave que hoje nos
fascina em muitos casos
será talvez amanhã a
mulher transformada,
capaz de impor-nos
dificuldades enormes
para a consecução da
felicidade. Essa mesma
jovem foi, no entanto,
em existências já
transcorridas, a vítima
de nós mesmos, quando
lhe infligimos os golpes
de nossa própria
deslealdade,
convertendo-a na mulher
temperamental ou infiel,
que nos cabe agora
relevar e retificar. O
rapaz distinto que atrai
no presente a
companheira será, muitas
vezes, provavelmente, o
homem cruel e
desorientado, suscetível
de constrangê-la a
carregar todo um
calvário de aflições.
Esse rapaz foi, porém,
no passado, em
existências que já se
foram, a vítima dela
própria, quando,
desregrada ou
caprichosa, lhe
desfigurou o caráter,
transformando-o no homem
vicioso ou fingido, que
lhe compete tolerar e
reeducar. (Obra
citada, pp. 43 e 44.)
C. Em face da questão
precedente, qual seria,
em última análise, o
objetivo das uniões
infelizes?
Com a verdadeira
compreensão da Lei que
rege nossas vidas,
passamos a entender que
uma união supostamente
infeliz deixa de ser um
cárcere de lágrimas,
para ser um educandário
bendito, no qual o
Espírito equilibrado e
afetuoso, ao invés de
abraçar a deserção,
aceita o companheiro ou
a companheira que
mereceu ou de que
necessita, a fim de
quitar-se com os
princípios de causa e
efeito, liberando-se das
sombras de ontem para
elevar-se, em silenciosa
vitória sobre si mesmo,
para os domínios da luz.
(Obra citada, pág.
44.)
Texto para leitura
53. União infeliz
– Informam os Espíritos
superiores (L.E., item
167) que o fim
objetivado por Deus com
a reencarnação é
expiação, melhoramento
progressivo da
Humanidade. “Sem isto,
onde a justiça?” (PÁG.
41)
54. Sem dúvida, é
dolorosa a união
considerada menos feliz
e, claro, não existe
obrigatoriedade para que
alguém suporte, a
contragosto, a
truculência ou o peso de
alguém, visto que todo
Espírito é livre no
pensamento para
definir-se quanto às
próprias resoluções.
(PÁG. 41)
55. Os débitos que
abraçamos são anotados
na Contabilidade da
Vida; todavia, antes que
a vida os registe por
fora, grava em nós
mesmos, em toda a
extensão, o montante e
os característicos de
nossas faltas. (PÁGS. 41
e 42)
56. A pedra que atiramos
no próximo talvez não
volte sobre nós em forma
de pedra, mas permanece
conosco na figura de
sofrimento e, enquanto
não se remove a causa da
angústia, os efeitos
dela perduram sempre,
tanto quanto não se
extingue a moléstia, em
definitivo, se não a
eliminamos na origem do
mal. (PÁG. 42)
57. Nas ligações
terrenas encontramos as
grandes alegrias; no
entanto, é também dentro
delas que somos
habitualmente
defrontados pelas mais
duras provações. (PÁG.
42)
58. A existência física
é processo específico de
evolução, mas, da mesma
maneira que o aluno
nenhuma vantagem obterá
da escola se não passa
dos ornamentos
exteriores do
educandário em que
estuda, o Espírito
encarnado nenhum
proveito recolherá do
casamento, caso pretenda
imobilizar-se no êxtase
do noivado. (PÁG. 42)
59. Os princípios
cármicos desenovelam-se
com as horas. Provas,
tentações, crises
salvadoras ou situações
expiatórias surgem na
ocasião exata, na ordem
em que se nos
recapitulam
oportunidades e
experiências, qual
ocorre à semente que,
devidamente plantada,
oferece o fruto em tempo
certo. (PÁGS. 42 e 43)
60. O matrimônio pode
ser precedido de doçura
e esperança, mas isso
não impede que os dias
subsequentes, em sua
marcha incessante,
tragam aos cônjuges os
resultados das próprias
criações que deixaram
para trás. A jovem suave
que hoje nos fascina em
muitos casos será talvez
amanhã a mulher
transformada, capaz de
impor-nos dificuldades
enormes para a
consecução da
felicidade. Essa mesma
jovem foi, no entanto,
em existências já
transcorridas, a vítima
de nós mesmos, quando
lhe infligimos os golpes
de nossa própria
deslealdade,
convertendo-a na mulher
temperamental ou infiel,
que nos cabe agora
relevar e retificar.
(PÁG. 43)
61. O rapaz distinto que
atrai no presente a
companheira será, muitas
vezes, provavelmente, o
homem cruel e
desorientado, suscetível
de constrangê-la a
carregar todo um
calvário de aflições.
Esse rapaz foi, porém,
no passado, em
existências que já se
foram, a vítima dela
própria, quando,
desregrada ou
caprichosa, lhe
desfigurou o caráter,
transformando-o no homem
vicioso ou fingido, que
lhe compete tolerar e
reeducar. (PÁGS. 43 e
44)
62. Toda vez que amamos
alguém e nos entregamos
a esse alguém, no ajuste
sexual, ansiando por não
nos desligarmos desse
alguém, para depois –
somente depois –
surpreender nele
defeitos e nódoas que
antes não víamos,
estamos à frente de
criatura anteriormente
dilapidada por nós, a
ferir-nos justamente nos
pontos em que a
prejudicamos, no
passado, não só a
cobrar-nos o pagamento
de contas certas, mas,
sobretudo, a esmolar-nos
compreensão e
assistência, tolerância
e misericórdia, para que
se refaça ante as leis
do destino. (PÁG. 44)
63. A união supostamente
infeliz deixa de ser,
portanto, um cárcere de
lágrimas para ser um
educandário bendito,
onde o Espírito
equilibrado e afetuoso,
longe de abraçar a
deserção, aceita o
companheiro ou a
companheira que mereceu
ou de que necessita, a
fim de quitar-se com os
princípios de causa e
efeito, liberando-se das
sombras de ontem para
elevar-se, em silenciosa
vitória sobre si mesmo,
para os domínios da luz.
(PÁG. 44)
64. Filhos –
Informa Kardec, em O
Evangelho segundo o
Espiritismo, cap.
XIV, item 8, que os
laços do sangue não
criam forçosamente os
liames entre os
Espíritos. O corpo
procede do corpo, mas o
Espírito não procede do
Espírito, porque este já
existe antes da formação
do corpo. O pai não cria
o Espírito de seu filho;
apenas lhe fornece o
invólucro corpóreo,
cumprindo-lhe, no
entanto, auxiliar o
desenvolvimento
intelectual e moral do
filho, para fazê-lo
progredir. (PÁG. 45)
65. Surge comumente,
entre os casais, o
problema do abandono,
pelo qual o parceiro
lesado é compelido à
carência afetiva.
Integradas duas
criaturas na comunhão
recíproca, é natural que
o afastamento uma da
outra provoque, em
numerosas
circunstâncias, o
colapso das forças mais
íntimas naquela que se
viu relegada a
esquecimento. (PÁG. 45)
(Continua no próximo
número.)
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