Por que
tanta
violência?
Em um
artigo
escrito
especialmente
para a
BBC de
Londres,
Afzal
Ashraf,
consultor
do Royal
United
Services
Institute,
do Reino
Unido,
analisou
no final
de 2014
a
questão
da
violência
e do
terrorismo
e sua
visível
expansão
em nosso
mundo.
Para
quem não
sabe,
informamos
que o
articulista
fez
parte do
alto
escalão
da Força
Aérea do
Reino
Unido e
já
trabalhou
como
estrategista
em
antiterrorismo
para os
Estados
Unidos.
Não se
trata,
pois, de
um
neófito
no tema
por ele
abordado.(1)
No
artigo é
lembrado
inicialmente
que o
sequestro
de 276
meninas
pelo
grupo
extremista
Boko
Haram na
Nigéria,
as
decapitações
de
jornalistas
e
voluntários
de ajuda
humanitária
por
militantes
do grupo
autointitulado
Estado
Islâmico
e a
execução
a
sangue-frio
de mais
de 130
crianças
em uma
escola
de
Peshawar
(Paquistão)
pelo
Talibã
foram
alguns
dos atos
de
terrorismo
que
marcaram
o ano de
2014.
Ocorre
que tais
grupos
não
surgiram
em 2014
nem se
tornaram,
de
repente,
organizações
sanguinárias.
“O que
mudou –
diz o
articulista
– é que
agora o
mundo
ocidental
se deu
conta
dos
horrores
praticados
por
eles.”
As
decapitações
promovidas
pelos
que hoje
formam
nas
hostes
do
Estado
Islâmico
já eram
comuns
em 2004,
sem que
ninguém
no mundo
desse
atenção
ao fato.
O Talibã
vem
assassinando
no
Paquistão
há
muitos
anos. No
histórico
do
grupo
encontramos
bombardeios
em
mercados,
mesquitas
e em
casas
onde
havia
homens,
mulheres
e
crianças
inocentes.
Ataques
como
esses
ocorreram
quase
toda
semana
na
última
década.
O Boko
Haram,
que
assombra
os
nigerianos,
nasceu
em 2002.
Sete
anos
mais
tarde, a
organização
já havia
matado
mais de
5 mil
pessoas,
a
maioria
civis,
mas só
foi
classificado
como
terrorista
em 2013,
meses
antes do
sequestro
das
meninas
nigerianas,
as
quais,
como se
sabe,
foram
submetidas
a
violência
sexual,
a
casamentos
forçados
e muitas
até à
morte.
Que
fazer
diante
de
tantas
barbaridades?
*
Nas
linhas
acima
falamos
da
violência
que se
verifica
na Ásia
e na
África,
em
regiões
de
cultura,
religião
e poder
aquisitivo
diferentes
do que
vemos na
Europa,
na
América
e, em
especial,
no
Brasil,
onde a
violência
não dá
trégua e
faz
vítimas
mesmo
onde
jamais
poderíamos
imaginar
que
fizesse.
Foi, por
exemplo,
uma
vergonha
o que se
viu nos
últimos
dias de
abril em
Curitiba,
a
conhecida
e pacata
capital
do
Paraná,
quando
professores
da rede
pública
estadual,
na
defesa
de
interesses
legítimos,
foram
impedidos
– com
uso da
força
policial
– de
entrar
na
Assembleia
Legislativa
e
acompanhar
a
votação
de um
projeto
de lei
do
interesse
da
classe,
projeto
esse
proposto
pelo
Governo
do
Paraná,
que
busca em
recursos
que não
lhe
pertencem
suprir
suas
necessidades
de
caixa,
depois
de haver
pulverizado,
por sua
própria
incompetência,
as
finanças
do
Estado.
As cenas
do que
ocorreu
na
capital
paranaense
são
lastimáveis
e,
evidentemente,
terão
consequências.
(2)
É quase
certo,
dada a
impunidade
geral
que
impera
neste
país,
que no
campo da
justiça
humana
nada
aconteça
aos
agressores
e a seus
mandantes.
Eles
terão,
porém,
de
responder
– no
tribunal
da
própria
consciência
– pela
lesão
física e
moral
que
causaram
àqueles
que
lecionam
para os
nossos
filhos e
deveriam
merecer,
não
somente
melhores
salários,
mas o
respeito
de quem
um dia
também
se
sentou
em um
banco de
escola.
Atos
como
esses
não
agradam,
com
certeza,
ao
Senhor
da vida
e fogem
por
completo
à
inesquecível
lição de
Jesus:
“Amarás
o Senhor
teu Deus
de todo
o teu
coração,
de toda
a tua
alma e
de todo
o teu
espírito;
este o
maior e
o
primeiro
mandamento.
E aqui
tendes o
segundo,
semelhante
a esse:
Amarás o
teu
próximo,
como a
ti
mesmo. —
Toda a
lei e os
profetas
se acham
contidos
nesses
dois
mandamentos.”
(Mateus,
cap.
XXII,
vv. 34 a
40.)
(1)
O artigo
de Afzal
Ashraf
pode ser
lido na
íntegra
clicando-se
em:
http://goo.gl/jg4ktw
(2)
Para
assistir
a uma
das
reportagens
sobre o
ocorrido
em
Curitiba,
clique
em:
http://goo.gl/GlHBmO
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