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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 414 - 17 de Maio de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 21)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Para que a dor desapareça de nossa vida, qual é o recurso?

Muitas pessoas aguardam que os governos resolvam os magnos problemas das aflições e esperam para isso soluções legais, sem dar-se conta daquelas de natureza emocional. Para que a dor desapareça, o único recurso é, porém, a transformação moral do ser para melhor, ensejando dessa forma a reforma dos estatutos que mantêm as injustiças sociais e os conflitos que advêm das reencarnações passadas. Tal é o pensamento exposto nesta obra pelo dr. Carneiro de Campos, que diz que atacar apenas os efeitos é medida improfícua e até prejudicial. “Todo o esforço pelo progresso e pela felicidade – assevera o benfeitor – deve concentrar-se nas causas, portanto na criatura em processo de evolução, promovendo-a, equilibrando-a.” (Trilhas da Libertação. Alcoolismo e Obsessão, pp. 170 e 171.)

B. Como o dr. Carneiro de Campos classifica o alcoolismo?

Sobre essa questão, afirma o conhecido benfeitor: “O alcoolismo é um dos maiores inimigos da criatura humana. É de lamentar-se que o seu uso seja tão generalizado e, infelizmente, haja adquirido status na sociedade. As reuniões, as celebrações e festividades outras sempre se fazem acompanhar de bebidas alcoólicas, responsáveis por incontáveis danos ao organismo humano, à sociedade. Acidentes terríveis, agressões absurdas, atitudes ignóbeis decorrem do seu uso, além dos vários prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que acarretam”. Lembrando que verdadeiras legiões de pessoas sofrem no mundo as terríveis consequências do alcoolismo, o Mentor asseverou: “O alcoolismo, ou dependência do uso exagerado de bebidas alcoólicas, constitui-se um grave problema médico, em face dos danos que causa ao organismo do indivíduo e ao grupo social no qual este se movimenta. A sua gravidade pode ser considerada pelo número dos internados em hospitais psiquiátricos com desequilíbrios expressivos. As recidivas, após o cuidadoso tratamento, são numerosas, não se considerando que as suas vítimas ultrapassam em grande número as outras toxicomanias”. (Obra citada. Alcoolismo e Obsessão, pp. 172 a 174.)

C. O alcoolismo é uma enfermidade que exige tratamento psiquiátrico?

Sim. Na concepção do dr. Carneiro de Campos, o alcoolismo exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. E ele nos lembra que o alcoólatra, ao desencarnar, permanece vitimado pelos vícios e quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis na Terra, delas se utilizando em processo obsessivo para dar prosseguimento ao infame consumo do álcool, aspirando-lhe agora os vapores e beneficiando-se da ingestão realizada pelo seu parceiro-vítima, que mais rapidamente se exaure. Em vista disso, torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida convenientemente, considerando-se a perfeita identificação de interesses e prazeres entre o hóspede e o seu anfitrião. (Obra citada. Alcoolismo e Obsessão, pp. 174 e 175.)

Texto para leitura 

81. O culto evangélico em casa de Ernestina – Acercando-se de Ernestina e inspirando-a com vigor, dr. Carneiro de Campos induziu-a a orar com palavras simples, porém com elevado teor de sentimentos nobres que a todos sensibilizou. Em seguida, foi aberto ao acaso “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Kardec, que ofereceu ao estudo a lição contida no item 12 do cap. VII, assinada por Adolfo, bispo de Argel, sobre o orgulho e a humildade. Repassada de sabedoria, a página convida à reflexão, em serena análise sobre a pobreza moral de espírito nas criaturas que recebem com efusão o rico debochado, perdido de corpo e de alma, mas agem de forma inversa quando se trata de pessoa necessitada de carinho e ajuda. Terminada a leitura, José comentou-a sob visível inspiração, analisando a transitoriedade do corpo e a perenidade do Espírito e demonstrando quanto são vãos os recursos humanos, as glórias terrestres e as ambições materiais. Conclamando à vivência da mensagem cristã e espírita, o confrade abordou o significado da morte, cujo sentido alcançou a plateia de Espíritos recém-desencarnados ainda em aturdimento, acenando-lhes com as esperanças e certezas da imortalidade. Após os comentários iniciais, a palavra foi franqueada e diversos participantes contribuíram com opiniões e comentários bem urdidos, ampliando desse modo os conceitos da mensagem. Ao terminar, foram lidos os nomes dos pacientes recomendados às orações e vibrações de saúde, de paz, de equilíbrio. Os Espíritos visitadores, que se utilizavam do momento para aplicarem energias nas pessoas nomeadas, deram início ao seu mister, em atividade ordeira, silenciosa, responsável. Logo depois, na agradável penumbra que foi propiciada, foram aplicados passes nos presentes e procedeu-se à oração terminal, na qual o Mentor, quase incorporando Ernestina, expressou a sua gratidão e a de todos nós ao Supremo Doador. Preservando o silêncio, os convidados transferiram-se de sala para breves conversações, e, a pouco e pouco, demandaram os próprios lares, conservando as energias e o conforto assimilados. Nada de lanches ou festividades que se podem tornar a motivação para o encontro, em detrimento dele mesmo. “Cada atividade tem o seu momento e o seu próprio significado”, lembrou Manoel Philomeno de Miranda. Lentamente os visitantes espirituais voltaram aos seus núcleos, levando os familiares e amigos que trouxeram, despedindo-se de d. Apolônia, permanecendo a sala sem presenças espirituais de sofredores, porém iluminada suavemente e enriquecida pelas vibrações sazonadas. (Prejuízos e Conquistas Espirituais, pp. 168 e 169.)

82. Um verdugo da família produzido pelo alcoolismo – Permanecendo no recinto, Miranda e seus amigos destacavam os valiosos recursos do amor direcionado ao Bem, quando o dr. Carneiro asseverou: “As criaturas terrestres aguardam que os governos resolvam os magnos problemas das aflições. Esperam soluções legais, sem dar-se conta daquelas de natureza emocional. Para que a dor desapareça, o único recurso é a transformação moral do ser para melhor, assim ensejando a reforma dos estatutos que mantêm as injustiças sociais e os conflitos que ressumam das reencarnações passadas. Assim sendo, as soluções virão do coração dedicado, alterando as paisagens humanas, graças a uma consciência responsável. Observamos esse valor, quando os apóstolos do Bem de todos os matizes se entregam à ação da solidariedade, seja através da Ciência ou da Fé, da Arte ou da Caridade, suportando reveses e perseguições, no entanto permanecendo inquebrantáveis nos seus ideais. Enfrentam obstáculos e incompreensões com ânimo, sem ressentimentos, por se colocarem acima das paixões geradas pelo egoísmo. Mesmo quando enfermos ou enfraquecidos no organismo depauperado, prosseguem resolutos e atuantes até o fim. Não descoroçoam na ação, nem se envenenam na emoção desequilibrada”. Concluindo, disse o Mentor: “Necessitamos sempre ter em mente que a posição, a função que se exerça não torna digno aquele que nela se encontra. O fenômeno é contrário, porquanto são o homem e a mulher que a farão correta ou pervertida. As denominadas autoridades, os governantes, são pessoas com as suas conquistas íntimas e os seus prejuízos, assinalando as atitudes com os mesmos. Quando forem justos, os seus atos serão probos e a sua contribuição à sociedade, valiosa. As tentativas de trabalhar apenas nos efeitos redundarão improfícuas, senão prejudiciais. Todo o esforço pelo progresso e pela felicidade deve concentrar-se nas causas, portanto na criatura em processo de evolução, promovendo-a, equilibrando-a”.

Mal terminou de dizer tais palavras, dr. Carneiro recebeu inesperada visita do irmão Vicente, e todos os amigos saíram, em atendimento à emergência, que estava relacionada com a senhora Armênia, a médium que servia de instrumento mediúnico, na Casa Espírita, para o dedicado Vicente. Tratava-se do seu esposo, que, em razão de vários desajustes emocionais, e acuado por mentes perversas da Erraticidade inferior, sucumbira aderindo aos alcoólicos. (Alcoolismo e Obsessão, pp. 170 e 171.)

83. O alcoolismo é um dos grandes inimigos dos homens – Com frequência, quando aturdido pela bebida, o esposo de Armênia era tomado pelos inimigos desencarnados, que se utilizavam do seu desequilíbrio psíquico e emocional para atormentarem a trabalhadora do Bem e, por extensão, os demais membros do clã, transformando-se em verdadeiro verdugo da família. Naquela noite –  informou Vicente – , ao chegar embriagado, ele passou a agredir a esposa verbalmente, em razão de encontrá-la desperta, aguardando-o. As acusações multiplicaram-se, descendo a níveis quase insuportáveis, e, porque ela permanecesse silenciosa, ameaçou-a de morte, intentando agredi-la fisicamente. Chamado diretamente pela médium sofrida, Vicente acorreu em seu socorro, tentando também amparar o tresloucado, que se armara de uma faca e insistia em eliminar-lhe a existência física. Nesse comenos, chegara em casa o filho Alberto, jovem de vinte e dois anos, que se deu conta da gravidade do momento e acudiu em defesa da mãe, que sabia vítima sistemática do marido insano. Os outros irmãos, menores, despertaram e choravam ao lado da mãe, quando, ainda mais exaltado, o ébrio avançou contra o filho, blasfemando e ameaçando-o, travando-se então renhida luta, na qual o rapaz foi ferido repetidas vezes e tombou exânime no solo. A pobre mulher não teve outra alternativa senão gritar, pedindo socorro e despertando alguns vizinhos, que acudiram, enquanto o quase homicida tombava em uma poltrona, adormecendo profundamente, logo que seus comparsas desencarnados o deixaram, exausto. A caminho da casa da médium, dr. Carneiro observou: “O alcoolismo é um dos maiores inimigos da criatura humana. É de lamentar-se que o seu uso seja tão generalizado e, infelizmente, haja adquirido status na sociedade. As reuniões, as celebrações e festividades outras sempre se fazem acompanhar de bebidas alcoólicas, responsáveis por incontáveis danos ao organismo humano, à sociedade. Acidentes terríveis, agressões absurdas, atitudes ignóbeis decorrem do seu uso, além dos vários prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que acarretam”. Lembrando que verdadeiras legiões de pessoas sofrem no mundo as terríveis consequências do alcoolismo, o Mentor asseverou: “O alcoolismo, ou dependência do uso exagerado de bebidas alcoólicas, constitui-se um grave problema médico, em face dos danos que causa ao organismo do indivíduo e ao grupo social no qual este se movimenta. A sua gravidade pode ser considerada pelo número dos internados em hospitais psiquiátricos com desequilíbrios expressivos. As recidivas, após o cuidadoso tratamento, são numerosas, não se considerando que as suas vítimas ultrapassam em grande número as outras toxicomanias”. (Alcoolismo e Obsessão, pp. 172 a 174.)

84. O alcoolismo é doença que exige tratamento psiquiátrico – Prosseguindo a sua explanação, dr. Carneiro explicou: “Na antiguidade, o uso de bebidas alcoólicas tornou-se comum e quase elegante, caracterizando uma forma de projeção social ou de fuga ante os desafios. Acreditava-se, no passado, que o álcool e seus derivados diminuíam as angústias e tensões, posteriormente se afirmando ou se justificando possuírem propriedades fisiológicas, produzindo estímulo e vigor orgânicos. O alcoolismo decorre de muitos fatores, entre os quais a personalidade e a tolerância do organismo do paciente, variando com a idade, o sexo, hereditariedade, hábitos e costumes, constituição e disposição orgânica. Pode ser resultado de causas ocasionais, secundárias, psicopáticas e conflituosidade neurótica”. Esclareceu o Mentor que, no começo, pode a pessoa experimentar euforia, dinamismo motor, perdendo, porém, o controle, o senso crítico e tornando-se inconveniente. À medida que a dependência aumenta e o uso se torna mais frequente, a bebida alcoólica afeta o sistema nervoso, o trato digestivo, o aparelho cardiovascular. As complicações que degeneram em gastrite e cirrose hepática tornam-se inevitáveis, levando à morte, qual sucede no câncer do esôfago e do estômago. Do ponto de vista psíquico, o alcoólatra muda completamente o comportamento e suas reações mentais se alteram, começando pelos prejuízos da memória e culminando no delirium tremens, sem retorno ao equilíbrio. “O alcoolismo (alcoolofilia) – concluiu o Benfeitor – é, portanto, uma enfermidade que exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. No entanto, porque ao desencarnar o alcoólatra não morre, permanecendo vitimado pelos vícios, quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis ou temperamentos rudes, violentos, na Terra, deles se utilizando em processo obsessivo para dar prosseguimento ao infame consumo do álcool, agora aspirando-lhe os vapores e beneficiando-se da ingestão realizada pelo seu parceiro-vítima, que mais rapidamente se exaure. Torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida convenientemente, considerando-se a perfeita identificação de interesses e prazeres entre o hóspede e o seu anfitrião.” Era esse, infelizmente, o caso do esposo de d. Armênia, que se tornara alcoólatra, por enfermidade e obsessão. Nesse ponto, o grupo chegou ao lar da referida irmã, onde, tombado no solo, encontrava-se o filho ensanguentado. A sala de refeições, onde se travara a luta, estava desarranjada, com alguns móveis danificados e vidros partidos pelo chão, e o alcoólatra, em sono comatoso, permanecia arriado em uma poltrona. (Alcoolismo e Obsessão, pp. 174 e 175.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita