Cada livro edificante é porta
libertadora.
O livro espírita, entretanto,
emancipa a alma nos fundamentos
da vida.
O livro científico livra da
incultura; o livro espírita
livra da crueldade, para que os
louros intelectuais não se
desregrem na delinquência.
O livro filosófico livra do
preconceito; o livro espírita
livra da divagação delirante, a
fim de que a elucidação não se
converta em palavras inúteis.
O livro piedoso livra do
desespero; o livro espírita
livra da superstição, para que a
fé não se abastarde em
fanatismo.
O livro jurídico livra da
injustiça; o livro espírita
livra da parcialidade, a fim de
que o direito não se faça
instrumento de opressão.
O livro técnico livra da
insipiência; o livro espírita
livra da vaidade, para que a
especialização não seja manejada
em prejuízo dos outros.
O livro de agricultura livra do
primitivismo; o livro espírita
livra da ambição desvairada, a
fim de que o trabalho da gleba
não se envileça.
O livro de regras sociais livra
da rudeza de trato; o livro
espírita livra da
irresponsabilidade que, muitas
vezes, transfigura o lar em
atormentado reduto de
sofrimento.
O livro de consolo livra da
aflição; o livro espírita livra
do êxtase inerte, para que o
reconforto não se acomode em
preguiça.
O livro de informações livra do
atraso; o livro espírita livra
do tempo perdido, a fim de que a
hora vazia não nos arraste à
queda em dívidas escabrosas.
Amparemos o livro respeitável,
que é luz de hoje; no entanto,
auxiliemos e divulguemos, quanto
nos seja possível, o livro
espírita, que é luz de hoje,
amanhã e sempre.
O livro nobre livra da
ignorância, mas o livro espírita
livra da ignorância e livra do
mal.
Do livro Doutrina e Vida,
obra mediúnica psicografada pelo
médium Francisco Cândido Xavier.
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