Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. As pessoas que se
encarnam numa família
são, geralmente,
Espíritos simpáticos,
ligados por anteriores
relações?
Sim. É o que nos ensina
o Espiritismo, conforme
lemos no cap. XIV, item
8, d´O Evangelho
segundo o Espiritismo:
“Os que se encarnam numa
família, sobretudo como
parentes próximos, são,
as mais das vezes,
Espíritos simpáticos,
ligados por anteriores
relações, que se
expressam por uma
afeição recíproca na
vida terrena”. (Vida
e Sexo, pág. 61.)
B. Quem, em verdade, são
os Espíritos que em
nossa família comparecem
na posição de filhos e
filhas?
Nós herdamos
espiritualmente de nós
mesmos e, por isso,
reencontramos,
matematicamente, na
posição de filhos e
filhas, aqueles mesmos
companheiros de
experiência sentimental,
com os quais tenhamos
contas por acertar.
Atentos a essa
realidade, podemos
concluir que os vínculos
da criança solicitam
providências que
sintetizaremos tão
somente numa única
palavra: educação.
(Obra citada, pág. 63.)
C. É verdade que a
reencarnação não destrói
os laços de família, mas
sim os distende?
Sim, é verdade; e, ao
distendê-los, amplia os
deveres da fraternidade,
porquanto mostra que no
vizinho ou no servo pode
achar-se um Espírito a
quem tenhamos estado
presos pelos laços da
consanguinidade.
(Obra citada, pág. 65.)
Texto para leitura
92. Noutros lances da
experiência, observarão
os parceiros que a
influência de alguém
lhes atinge o âmago do
ser, incitando-os a
ligações sexuais
diferentes. É o passado
que volta, apresentando
de novo as mesmas
criaturas com quem
tenhamos talvez
enveredado no labirinto
de experiências
francamente infelizes.
(PÁG. 59)
93. Somente na base da
indulgência e do perdão
recíprocos, mais
facilmente estruturáveis
no conhecimento da
reencarnação,
conseguirão os cônjuges
o triunfo esperado, nas
lides e compromissos
abraçados, descerrando a
si mesmos a porta da paz
e a luz da libertação.
(PÁG. 60)
94. Vinculações –
Ensina a Doutrina
Espírita (“O Evangelho
segundo o Espiritismo”,
cap. XIV, item 8): “Os
que se encarnam numa
família, sobretudo como
parentes próximos, são,
as mais das vezes,
Espíritos simpáticos,
ligados por anteriores
relações, que se
expressam por uma
afeição recíproca na
vida terrena”. (PÁG. 61)
95. Cada criança é um
campo de tendências
inatas, com tamanha
riqueza de material para
a observação do
analista, que debalde se
penetrará os meandros da
sua individualidade sem
apoio na reencarnação.
Surpreenderemos na
criança todo o
equipamento dos impulsos
sexuais prontos à
manifestação, quando a
puberdade lhe assegure
mais amplo controle do
carro físico. (PÁGS. 61
e 62)
96. Com esses impulsos,
despontam-lhe do
espírito as inclinações
para maior ou menor
ligação com esse ou
aquele companheiro do
núcleo familiar. O jogo
afetivo se desenrola,
porém, via de regra,
mais intensivamente
entre ela e os pais,
reconhecendo-se então se
os laços do passado
estão mais fortemente
entretecidos com o
genitor ou a genitora.
(PÁG. 62)
97. Com frequência, mas
não sempre, as filhas
propendem mais
acentuadamente para a
ligação com o pai,
enquanto os filhos
manifestam maior afeto
para com a mãe. Nenhuma
estranheza há nisso,
quando sabemos que toda
a estrutura psicológica,
em que se erguem nossos
destinos, foi manipulada
com os ingredientes do
sexo, através de
milhares de
reencarnações. (PÁGS. 62
e 63)
98. Aceitando os
princípios de causa e
efeito que nos lastreiam
a experiência,
desconheceremos que os
instintos sexuais nos
orientaram a romagem por
milênios e milênios, no
reino animal, edificando
a razão que hoje nos
coroa a inteligência?
(PÁG. 63)
99. Assim pensando,
recordemos o cipoal das
relações poligâmicas de
que somos egressos, e
entenderemos com
absoluta naturalidade os
complexos da
personalidade infantil.
Isso sucede, porque
herdamos espiritualmente
de nós mesmos,
reencontrando,
matematicamente, na
posição de filhos e
filhas, aqueles mesmos
companheiros de
experiência sentimental,
com os quais tenhamos
contas por acertar.
Atentos a essa
realidade, podemos
concluir que os vínculos
da criança solicitam
providências que
sintetizaremos tão
somente numa única
palavra: educação. (PÁG.
63)
100. Desvinculações
– Informa “O Livro dos
Espíritos”, item 205,
que a reencarnação
distende os laços de
família, não os destrói.
Essa doutrina amplia os
deveres da fraternidade,
porquanto mostra que no
vizinho ou no servo pode
achar-se um Espírito a
quem tenhamos estado
presos pelos laços da
consanguinidade. (PÁG.
65)
101. A desvinculação
entre os que se amam
assume habitualmente o
aspecto de dolorosa
cirurgia psíquica. (PÁG.
65)
102. Essa desvinculação,
via de regra, se
verifica numa constante
digna de nota: a posição
de pais e filhos,
incluindo-se nela os
pais e filhos adotivos,
uma vez que, no
enternecimento do lar,
todos os jogos da
ternura são postos na
mesa do cotidiano,
revestidos de
encantamento
construtivo. (PÁG. 66)
103. No fundo, porém, da
personalidade paterna ou
materna, descansam os
remanescentes de grandes
afeições, às vezes
desequilibradas e menos
felizes, trazidas de
outras estâncias, nos
domínios da
reencarnação. A libido
ou o instinto sexual na
forma de energia
psíquica permanece, em
muitos casos, na carícia
dos pais, vestida em
manto de carinho e
beleza, mas o amor é
ainda, no ádito do
Espírito, qual fogo de
vida que se nutre do
próprio lenho. (PÁG. 66)
104. Os pequeninos,
recém-vindos da amnésia
natural que a
reencarnação lhes impõe,
não conseguem esconder
as próprias disposições
no campo das
preferências, surgindo
neles, de inopino, quase
sempre, as inclinações
descontroladas, nos
caprichos com que se
mostram. Geralmente, com
muitas exceções, aliás,
as filhas se voltam para
os pais e os filhos para
as mães, patenteando a
natureza das ligações
havidas no passado e
prenunciando a obra de
desvinculação que se
executará no futuro
próximo. (PÁGS. 66 e 67)
(Continua no próximo número.)
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