Amigos,
manifestastes o
desejo de que me
externasse com
respeito ao
sagrado
instituto da
família sobre a
Terra e,
cumprindo um
grão dever,
cumpre-me
declarar-vos que
é ainda aí,
nesse colégio
sagrado da
afetividade
fraternal, que
se educarão as
energias para a
consecução dos
planos
grandiosos da
humanidade
terrena no
porvir.
O instituto do
casamento tem
sido até agora
um instrumento
de lutas
expiatórias para
os Espíritos
faltosos e
delinquentes
diante das leis
sociais e
divinas;
todavia, temos a
considerar que
talvez vinte por
cem das uniões
terrestres
representam
verdadeiros
reencontros de
almas
gêmeas
na face obscura
e triste da
Terra e todos os
consórcios do
futuro serão
realizados na
pauta dos
grandes
sentimentos das
almas.
Nessas uniões
felizes podereis
vislumbrar a
ventura dos
pares
espirituais na
Eternidade
radiosa, onde as
emoções
criadoras da
vida se
manifestam
dentro dos
ideais profundos
da felicidade e
da beleza.
Ali, não
necessitam os
Espíritos
amantes das
dolorosas
surpresas dos
interesses
egoísticos e
mesquinhos do
mundo e é para
essa ventura que
o planeta
terreno terá de
caminhar desde
agora,
realizando-se o
grande plano da
educação livre
dos Espíritos
encarnados que
deverão
concentrar os
seus esforços e
energias na
busca das
alegrias
perfeitas, cujos
ecos pode a alma
experimentar
mesmo na Terra,
apesar das suas
sombras e das
suas lágrimas.
Nos tempos
ominosos da
atualidade em
que parece
falecer todos os
sonhos
nobilitantes dos
anseios humanos,
temos a
considerar como
fator ponderável
o desvio da
mulher da sua
missão
evangelizadora
de missionária,
de companheira e
de mãe,
determinando o
estado caótico
da sociedade
moderna.
A vossa
civilização
vai-se
extinguindo
lentamente à
míngua de
humildade e de
amor, porque
secaram as
fontes
sentimentais que
fertilizavam o
campo abençoado
da vida.
Essas fontes se
achavam nos
corações
femininos aptos
a desenvolver o
labor portentoso
da Tarefa
Cristã.
As teorias
envenenadas dos
tempos atuais,
os excessos
demagógicos do
feminismo
preconizaram a
mulher em
detrimento de
todas as
iniciativas
construtoras da
humanidade.
As próprias
concepções
bélicas do
Estado, o
progresso das
indústrias
guerreiras devem
sua origem a
esse
transviamento da
companheira do
homem. As mães
poderiam operar
os movimentos
internacionais
em favor da paz,
com muito mais
proveito que os
políticos e
sociólogos de
todos os
matizes.
Os desastres
profundos a que
se entrega na
atualidade a
vossa
civilização,
rica de evolução
cientifica, mas
pobre de amor e
de concórdia,
poderiam ser
afastados em
tempo se a
mulher ainda
quisesse
compreender a
ferida do mundo
enfermo, para
pensá-la com o
seu carinho. E é
por isso que
vemos as
concretizações
temíveis do
pensamento de
Spengler, em
todos os setores
das atividades
humanas.
As experiências,
porém, que se
aproximam em
futuro próximo,
procederão à
tarefa
reeducativa da
alma feminina,
para que o
instituto do
casamento sobre
a Terra
represente o
caminho da
perfeição das
almas.
Nesse capítulo
muito poderia eu
dizer sobre o
divórcio e suas
consequências no
meio ambiente
social,
estudando as
disposições dos
códigos de
diversos países.
Devo declarar,
todavia, que
cada alma tem a
sua alma gêmea
para o
transcurso dos
evos da
Eternidade, mas
que não
justifico a
separação
perante as leis
humanas, dentro
de problemas da
elegância e dos
esnobismos da
época.
Um homem e uma
mulher, em
organizando o
lar, devem
pesar, antes de
tudo, a
gravidade dos
deveres que lhes
advirão do
consórcio do
pensamento e do
coração.
Ponderadas essas
responsabilidades
gravíssimas, não
justifico o
desenlace por
questões de
hábitos
envenenados dos
núcleos sociais,
acreditando que
é mais nobre
viver com um
desgosto do que
se entregar a
desgraças por
ele.
O casamento na
Terra nem sempre
é o perfume da
auréola de
flores de
laranjeira;
significa, antes
de tudo, muito
sacrifício,
muito amor e
muita renúncia.
Com a educação,
todavia, que se
levará a efeito
futuramente,
nesse sentido, o
matrimônio
deixará de ser o
instituto de
provas
expiatórias para
ser a antecâmara
da felicidade
Celeste que as
almas gêmeas
experimentam na
Plenitude Divina
das alegrias da
Eternidade.
Meus votos de
venturas a todos
os irmãos
presentes, Deus
vos guarde.
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