Mediunidade
Quem lê
o “Livro
dos
Médiuns”,
“No
Domínio
da
Mediunidade”
e toda a
obra de
Francisco
Cândido
Xavier,
e de
outros
médiuns
como
Yvonne
do
Amaral
Pereira,
Divaldo
Pereira
Franco,
José
Raul
Teixeira,
além de
Zilda
Gama e
outros
mais
antigos,
fica
impressionado
com o
volume
de
informações
seguras,
expostas
em
linguagem
nobre,
equilibrada,
esclarecedora,
libertadora.
Nessa
literatura,
vê-se a
mediunidade
sendo
usada
para o
esclarecimento
de
Espíritos
que
vagam
sem
rumo, em
sofrimento,
aqui na
Crosta,
ou no
Mundo
Espiritual.
Com base
nos
ensinamentos
desses
livros
foram
estabelecidas
reuniões
de
desobsessão,
a que os
antigos
davam o
nome de
reunião
ou
sessão
de
caridade,
que se
constituíam
verdadeiramente
num
piedoso
trabalho
de
enfermagem
espiritual.
Quantos
Espíritos
perturbados,
que
vagavam
a esmo,
e
outros,
prisioneiros
de
ideias
de ódio,
de
vingança,
eram
esclarecidos,
libertados.
Tanto
aqueles
que
exercitavam
a
perseguição,
quanto
os que
dela
eram
vítimas,
recebiam
esclarecimentos
à luz do
Evangelho.
Um
trabalho
amoroso,
de
alcance
incalculável
em que
eram
beneficiados
não
apenas
encarnados,
mas
também
desencarnados.
Aquelas
reuniões
mediúnicas
poderiam
até ser
chamadas
de
enfermarias
espirituais,
pois
nelas
eram
sanados
desequilíbrios
psíquicos,
as
chamadas
obsessões,
e também
muitos
males
físicos
decorrentes
da ação
nefasta
de um
agente
espiritual
que,
consciente
ou
inconscientemente,
atuava
na mente
ou no
corpo
físico
do
encarnado.
Atualmente,
essas
reuniões
estão se
tornando
menos
frequentes.
Estão
perdendo
algum
espaço
para
outras
atividades
como
pintura
mediúnica,
reuniões
exclusivamente
para
cura
física,
ou para
psicografia.
Hoje, há
um
número
infinitamente
maior de
médiuns
que se
dedicam
à
psicografia,
do que
havia há
trinta
anos. Em
muitos
casos,
produzem
livros
em que
se nota
a clara
manifestação
de
Espíritos
inconsequentes,
zombeteiros
e mesmo
oriundos
das
Trevas.
Esses
Espíritos,
através
de
afirmativas
mirabolantes,
muitas
vezes
vazadas
em
linguagem
chula,
vulgar,
agressiva,
irreverente,
demonstram
claramente
o desejo
de
denegrir
o nome
do
Espiritismo.
Há um
volume
apreciável
de obras
romanceadas
que em
nada
contribuem
para a
evangelização,
nem
mesmo
para a
ilustração
do
leitor.
Houve
uma
multiplicação
imensa
nesse
campo.
Está na
moda
escrever
livros
sensacionalistas
que
descrevem
cenas
degradantes,
onde
quase
sempre é
posto em
evidência
o poder
das
Trevas.
Há obras
em que é
relatada
a
retirada
de
Espíritos
compromissados
com o
mal,
destinados
a um
planeta
inferior,
em
descrições
mórbidas
e
atemorizantes.
São
estoriazinhas
que não
alcançariam
o volume
de
vendas
que
conseguem
se não
usassem
–
indevidamente
– o nome
do
Espiritismo.
Nesse
particular,
é justo
seja
lembrada
a
irresponsabilidade
de
muitos
dirigentes
de
centros,
de
coordenadores
de
clubes
de
livros e
de
responsáveis
por
livrarias
espíritas.
Em
verdade,
não
deveria
ser dado
a
público
– em
nome do
Espiritismo
– nada
que não
tivesse
passado
pelo
exame
cuidadoso
dessas
pessoas
que, por
certo,
responderão
mais
tarde
pela sua
falta de
zelo.
Ainda no
campo da
psicografia,
instalou-se
em
alguns
centros
uma
busca de
contato,
de
notícias,
principalmente
de
familiares
desencarnados,
a que se
poderia
denominar
“correio
do
além”.
Nessa
prática,
são
solicitados
dados do
desencarnado
“a fim
de
facilitar
sua
localização”,
dizem
alguns
médiuns,
num
flagrante
atentado
a tudo o
que se
aprendeu
até hoje
sobre o
exercício
mediúnico
sério.
No livro
“Chico
Xavier
Responde”,
págs. 70
/ 71, um
médium
invigilante
pergunta
ao
pretenso
Chico
desencarnado,
que
estaria
sendo
por ele
entrevistado:
—
Como
médium,
Chico,
na
recepção
das
mensagens
ditas
particulares,
você
necessitava
de um
contato
prévio
com os
familiares
encarnados
do
Espírito
comunicante?
Ao que
Chico
teria
respondido:
—
Ainda
que
fosse
mínimo.
E volta
o
médium-entrevistador
a
perguntar:
— Com
qual
objetivo?
E aí ele
coloca
na boca
do Chico
essa
resposta,
que é
uma
verdadeira
profanação
à
memória
do
médium:
— De
estabelecer
sintonia,
facilitando
o
mecanismo
que se
coloca
em
funcionamento
no
diálogo
que se
estabelece
entre
encarnados
e
desencarnados.
Isso não
é
verdade!
Há
inúmeros
testemunhos
de
pessoas
que
ficavam
aguardando
o final
das
reuniões
públicas
– tanto
em Pedro
Leopoldo,
quanto
em
Uberaba
– para
pedirem
notícias
de
familiares
desencarnados,
mas
antes
mesmo
que se
comunicassem
com o
médium,
no final
da
reunião,
muitas
vezes
eram
surpreendidas
com a
leitura
da
mensagem
desejada.
É por
demais
conhecida
a frase
de
Chico,
quando
alguma
pessoa
lhe
solicitava
notícias
de
desencarnados:
Não
tenho
nenhum
poder
sobre os
Espíritos,
pois o
telefone
toca de
lá para
cá.
Infelizmente,
a
publicação
do
citado
livro
encorajou
muitos
grupos
espíritas
a
estabelecerem
esse
correio
do além,
do qual
até
fazem
anúncio.
À vista
disso,
urge,
mais do
que
nunca,
seja
fielmente
observada
a
recomendação
de
Jesus:
“Vigiai
e orai
para que
não
entreis
em
tentação”
(Mt,
26:41).