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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 418 - 14 de Junho de 2015
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 

 
Eliane Cassemiro: 

“Tenho muita alegria em trabalhar em prol do movimento espírita”

Presidente da 9ª União Regional Espírita de Santa Catarina,
a dirigente fala sobre o movimento espírita em Criciúma
e nas cidades de sua região

 
 

Eliane Cassemiro (foto), natural de Jacinto Machado (SC) e residindo na cidade catarinense de Criciúma desde 1995, mesmo ano em que se tornou espírita, é contadora e atua profissionalmente como controller de uma empresa química. Vinculada ao Centro Espírita Seara de Jesus de Criciúma, atua como monitora de grupo

de estudo, com experiência em evangelização e coordenadora do DIJ e do ESDE. É no momento a presidente da 9ª. URE – União Regional Espírita, órgão da Federação Espírita Catarinense, que envolve 27 cidades situadas no Sul do estado de Santa Catarina.  


Situe Criciúma no contexto demográfico-social-econômico para o leitor.
 

Criciúma é um município brasileiro da região sul, localizado no estado de Santa Catarina, na mesorregião do Sul Catarinense, microrregião de Criciúma. Segundo as estatísticas do IBGE de 2014, conta com 204.667 habitantes, sendo a principal cidade da região metropolitana carbonífera, que possui cerca de 560 mil habitantes, além de ser a cidade mais populosa do Sul catarinense, a quinta maior do estado de Santa Catarina e a 22ª da região sul do Brasil. Está entre os cem municípios do Brasil com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado como de 0.788 em 2010[2], sendo o 76º município mais bem avaliado do país e o 14° mais bem avaliado de Santa Catarina, naquele ano. A cidade é polo industrial em diversos setores, entre eles: confecção, embalagens, cerâmico, plástico e descartáveis, metalmecânico, extração do carvão mineral, construção civil e material gráfico. Conhecida por ser a Capital Brasileira do Carvão e do Revestimento Cerâmico, no seu subsolo abriga uma das maiores reservas minerais do país. A Mina de Visitação Octávio Fontana permite uma visão da evolução histórica da riqueza extrativa da cidade. Colonizada por italianos, a cidade recebeu também poloneses, alemães, portugueses e árabes em diversas fases do seu desenvolvimento.  

Há quantas instituições espíritas na região da 9ª URE e qual é a mais antiga? 

A 9ª URE atualmente conta com 20 casas espíritas, sendo quatro delas localizadas na cidade de Criciúma. A primeira casa espírita fundada na região é o Centro Espírita Seara de Jesus, que iniciou seus trabalhos no dia 31 de março de 1942, ou seja, há 73 anos. É uma das casas espíritas com maior frequência de público, em média 500, possuindo mais de 200 participantes nos grupos de estudo e mais de 50 trabalhadores nas atividades públicas. É considerada uma casa espírita de referência para o movimento espírita da região. 

Como é feita a integração entre as casas espíritas da cidade e da região? 

A integração se faz por meio do movimento espírita organizado, função exercida pela 9ª URE, que representa a federativa estadual em nossa região e promove as atividades seguintes:

a) reuniões periódicas com todos os presidentes das casas espíritas da região para troca de informações e divulgação dos trabalhos de cada casa;

b) eventos regionais para capacitação do tarefeiro espírita, realizados em diferentes cidades e casas espíritas para a integração entre os trabalhadores;

c) escala de palestras três vezes ao ano em todas as casas espíritas da região, com o mesmo tema e participação de todos os palestrantes das casas espíritas da região e também das UREs vizinhas;

d) realização de um Encontro Sul de Espiritismo envolvendo anualmente as três UREs do Sul de Santa Catarina (3ª URE - Laguna, 15ª URE - Tubarão e 9ª URE - Criciúma).

Além das atividades citadas, realizou-se neste ano a I Conferência Estadual Espírita envolvendo as três UREs do Sul do Estado. 

Que benefícios têm sido colhidos especialmente com esse trabalho agregador? 

União e unificação entre as casas espíritas, maior integração entre os trabalhadores, maior troca de experiências e apoio entre os dirigentes. 

Como a integração espírita em âmbito estadual funciona? 

Temos três encontros durante o ano promovidos pela Federação Espírita Catarinense (FEC). Trata-se da reunião do Conselho Federativo Estadual, em que são discutidos e deliberados assuntos pertinentes ao movimento espírita do Estado, com a participação das 16 UREs que existem no Estado. Geralmente essas reuniões ocorrem em Florianópolis na sede da FEC, mas este ano iniciou-se o projeto de realizá-las em outras cidades do Estado, sendo que em fevereiro foi em Chapecó e teve muito êxito. São realizados, ainda, eventos a nível estadual para capacitação dos trabalhadores espíritas nas áreas de Mediunidade, Educação e Difusão da Doutrina Espírita e Promoção Social, geralmente em cidades diferentes. Contudo, como o Estado é grande e as cidades são distantes, o Sul acaba não participando muito devido à dificuldade da logística. Por isso propusemos à FEC que esses eventos sejam distribuídos anualmente por região para que no mínimo uma vez ao ano tenhamos em nossa região um evento a nível estadual promovido pela federativa catarinense.

Algo marcante que gostaria de relatar desses intercâmbios?

Aprendizado, troca de ideias para novos projetos e ânimo para dar continuidade às tarefas que estamos desempenhando à frente do movimento espírita.

Quais as maiores alegrias colhidas e dificuldades encontradas? 

Participação do público nos eventos e crescimento do movimento espírita na região – eis as alegrias. Uma das dificuldades encontradas é trazer palestrantes de renome para a nossa região devido à logística. 

Suas palavras finais. 

Tenho muita alegria em trabalhar em prol do movimento espírita da região, lembrando que Emmanuel, por meio de Chico Xavier, certa vez escreveu “que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”.


 
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita