Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. É verdade que o
aborto delituoso é um
dos grandes fornecedores
das moléstias de
etiologia obscura e das
obsessões em geral?
Sim. Em grande número de
casos é isso que ocorre.
Quando expulsamos de
nossa companhia, a
pretexto de resguardar o
próprio conforto, os
filhos que nós mesmos
programamos, não é
possível prever suas
reações negativas,
porque podem eles
tornar-se – como ocorre
com frequência –
inimigos recalcados que
nos impõem sofrimento e
aflição, mais do que se
estivessem conosco, na
condição de
filhos-problemas.
(Vida e Sexo, pp. 75 e
76.)
B. A existência
terrestre é realmente
fundamental no processo
de aperfeiçoamento dos
Espíritos?
Sim. A existência
terrestre é muito
importante no progresso
e no aperfeiçoamento do
Espírito. Contudo, é, ao
mesmo tempo, simples
estágio da criatura
eterna no educandário da
experiência física, à
maneira de estudante no
internato. Os pais
lembram alunos, em
condições mais avançadas
de tempo no currículo de
lições, ao passo que os
filhos recordam
aprendizes iniciantes,
quando surgem na arena
de serviço terrestre,
com acesso à escola, sob
o patrocínio dos
companheiros que os
antecederam. (Obra
citada, pág. 79.)
C. É um equívoco
estabelecer liberdade
indiscriminada para as
relações sexuais?
Sim. E a consequência
seria tão somente
licença ou devassidão.
Conferir pretensa
legitimidade às relações
sexuais irresponsáveis
seria tratar
“consciências” qual se
fossem “coisas”. Ora, se
as próprias coisas, na
condição de objetos,
reclamam respeito, que
se dirá do acatamento
devido à consciência de
cada um? (Obra
citada, pág. 82.)
Texto para leitura
118. Comumente chamamos
a nós antigos
companheiros de
aventuras infelizes,
programando-lhes a volta
em nosso convívio, a
prometer-lhes socorro e
oportunidade, em que se
lhes reedifique a
esperança de elevação e
resgate, burilamento e
melhoria. Criamos
projetos, aventamos
sugestões, articulamos
providências e
externamos votos
respeitáveis... Contudo,
se, uma vez instalados
na Terra, anestesiamos a
consciência e os
expulsamos de nossa
companhia, a pretexto de
resguardar o próprio
conforto, não podemos
prever suas reações
negativas, porque podem
eles tornar-se – como
ocorre com frequência –
inimigos recalcados que
nos impõem sofrimento e
aflição, mais do que se
estivessem conosco, na
condição de
filhos-problemas. (PÁGS.
75 e 76)
119. Admitimos, pois,
seja suficiente breve
meditação para
reconhecermos no aborto
delituoso um dos grandes
fornecedores das
moléstias de etiologia
obscura e das obsessões
catalogáveis na
patologia da mente, a
ocupar vastos
departamentos de
hospitais e
penitenciárias. (PÁG.
76)
120. Pais e filhos
– Lemos em “O Evangelho
segundo o Espiritismo”,
cap. XIV, item 9, que a
ingratidão, um dos
frutos mais diretos do
egoísmo, revolta sempre
os corações honestos. A
dos filhos para com os
pais apresenta, então,
caráter ainda mais
odioso. (PÁG. 77)
121. Os filhos não
pertencem aos pais, e de
igual modo os pais não
pertencem aos filhos. Os
genitores devem especial
consideração aos
próprios rebentos, mas o
dever funciona
bilateralmente, de vez
que os filhos devem aos
pais particular atenção.
(PÁG. 77)
122. A reencarnação
traça rumos nítidos ao
mútuo respeito que nos
compete uns para com os
outros. Entre pais e
filhos há, naturalmente,
uma fronteira de apreço
recíproco. É justo que
os pais não interfiram
no futuro dos filhos,
tanto quanto justo é que
os filhos não interfiram
no passado dos pais.
(PÁG. 78)
123. Pais e filhos são,
originariamente,
consciências livres,
livres filhos de Deus
empenhados no mundo à
obra de autoburilamento,
resgate de débitos,
reajuste, evolução.
(PÁG. 79)
124. Nunca será lícito o
desprezo de uns para com
os outros. A existência
terrestre é muito
importante no progresso
e no aperfeiçoamento do
Espírito; no entanto, ao
mesmo tempo, é simples
estágio da criatura
eterna no educandário da
experiência física, à
maneira de estudante no
internato. Os pais
lembram alunos, em
condições mais avançadas
de tempo no currículo de
lições, ao passo que os
filhos recordam
aprendizes iniciantes,
quando surgem na arena
de serviço terrestre,
com acesso à escola, sob
o patrocínio dos
companheiros que os
antecederam. (PÁG. 79)
125. Em vista disso,
jamais devem os filhos
acusar os pais pelo
curso complexo ou
difícil em que se vejam
no colégio da existência
humana, porquanto na
maioria das vezes foram
eles mesmos, os filhos,
que insistiram com os
pais, através de
afetuoso constrangimento
ou suave processo
obsessivo, para que os
trouxessem, de novo, à
oficina da vida terrena.
(PÁGS. 79 e 80)
126. Amor livre –
Ensina “O Livro dos
Espíritos”, item 701: “A
poligamia é lei humana
cuja abolição marca um
progresso social. O
casamento, segundo as
vistas de Deus, tem que
se fundar na afeição dos
seres que se unem. Na
poligamia, não há
afeição real: há apenas
sensualidade”. (PÁG. 81)
127. Relações sexuais
envolvem
responsabilidade. Homem
ou mulher, adquirindo
parceira ou parceiro
para a conjunção
afetiva, não conseguirá,
sem dano a si mesmo, tão
somente pensar em si
mesmo. (PÁG. 81)
128. Com referência ao
assunto, não falamos
exclusivamente da
ligação com base no
matrimônio legalmente
constituído. Se os
parceiros da união
sexual possuem deveres a
observar entre si, à
face de preceitos
humanos, no plano das
chamadas ligações
extralegais acham-se
igualmente submetidos
aos princípios das Leis
Divinas que regem a
Natureza. (PÁG. 82)
129. Cada Espírito detém
consigo o seu íntimo
santuário, erguido ao
amor, e Espírito algum
menoscabará o “lugar
sagrado” de outrem, sem
lesar a si mesmo.
Conferir pretensa
legitimidade às relações
sexuais irresponsáveis
seria tratar
“consciências” qual se
fossem “coisas”. Ora, se
as próprias coisas, na
condição de objetos,
reclamam respeito, que
se dirá do acatamento
devido à consciência de
cada um? (PÁG. 82)
130. É óbvio que ninguém
se lembrará, em são
juízo, de recomendar
escravidão às criaturas
claramente abandonadas
ou espezinhadas pelos
próprios companheiros ou
companheiras a que se
entregaram confiantes;
isso, no entanto, não
autoriza ninguém a
estabelecer liberdade
indiscriminada para as
relações sexuais que
resultariam unicamente
em licença ou
devassidão. (PÁG. 82) (Continua no próximo número.)
|