Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel,
obra mediúnica
psicografada por
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela FEB. O
estudo baseia-se na 2ª
edição do livro,
publicada em 1971.
Questões preliminares
A. É natural, em nossa
sociedade, a tentação de
retorno à poligamia?
Sim. A tentação de
retorno à poligamia pode
ocorrer com qualquer
pessoa na Terra, e tal
fato é mais que natural.
É que em numerosas
circunstâncias o
pretérito pode estar
vivo nos mecanismos mais
profundos de nossas
inclinações. Contudo, os
deveres assumidos, no
campo do amor, ante a
luz do presente, devem
prevalecer, acima de
quaisquer anseios
inoportunos, visto que o
compromisso cria leis no
coração e não se
danificam os sentimentos
alheios sem resultados
correspondentes na
própria vida. (Vida e
Sexo, pp. 83 e 84.)
B. A ligação sexual
entre dois seres
acarreta alguma
obrigação?
Claro. Segundo Emmanuel,
a ligação sexual entre
duas pessoas envolve a
obrigação de proteger a
tranquilidade e o
equilíbrio de um e de
outro, parceiros da
experiência “a dois”.
Urge, desse modo, evitar
arrastamentos no terreno
da aventura, em matéria
de sexo, para que a
desordem nos ajustes
propostos não venha a
romper a segurança do
outro. (Obra citada,
pp. 86 e 87.)
C. É verdade que pouco
importa ao Espírito,
quando errante,
reencarnar no corpo de
um homem ou de uma
mulher?
Sim. “O que o guia na
escolha são as provas
por que haja de passar”,
afirmam os imortais em
“O Livro dos Espíritos”,
item 202. (Obra
citada, pág. 89.)
Texto para leitura
131. Amor livre –
Instituído o ajuste
afetivo entre duas
pessoas, levanta-se,
concomitantemente, entre
elas, o impositivo do
respeito à fidelidade
natural, ante os
compromissos abraçados.
Desfeitos esses votos,
claro que a ruptura
corre à conta daquele ou
daquela que a
empreendeu, com o aceite
compulsório das
consequências que
advenham de semelhante
resolução, porque toda
sementeira se acompanha
de colheita, conforme a
espécie. O autor ou
autora da defecção
havida é considerado,
ante as leis de Deus,
violador de almas e
assume com suas vítimas
a obrigação de
restaurá-las, até o
ponto em que as injuriou
ou prejudicou. (PÁG. 83)
132. Que a tentação de
retorno à poligamia
possa ocorrer com
qualquer pessoa, na
Terra, é mais que
natural. Em numerosas
circunstâncias, o
pretérito pode estar
vivo nos mecanismos mais
profundos de nossas
inclinações. Entretanto,
os deveres assumidos, no
campo do amor, ante a
luz do presente, devem
prevalecer, acima de
quaisquer anseios
inoportunos, de vez que
o compromisso cria leis
no coração e não se
danificam os sentimentos
alheios sem resultados
correspondentes na
própria vida. (PÁGS. 83
e 84)
133. No capítulo do
sexo, urge considerar
que a Vontade de Deus,
na essência, é o dever
em sua mais alta
expressão traçado para
cada um de nós, no tempo
chamado “hoje”. E se o
“hoje” jaz cheio de
complicações e
problemas, a repontarem
do “ontem”, depende de
nós a harmonia ou o
desequilíbrio do
“amanhã”. (PÁG. 84)
134. Controle sexual
– Kardec, reportando-se
às causas das aflições
da vida, diz que umas
têm sua origem em vidas
passadas, outras na
presente existência. Se
o homem remontasse,
passo a passo, à origem
dos males que o
torturam, as mais das
vezes ele diria: “Se eu
houvesse feito, ou
deixado de fazer tal
coisa, não estaria em
semelhante condição”,
assinala o Codificador
da Doutrina Espírita, em
lição constante de “O
Evangelho segundo o
Espiritismo”, cap. V,
item 4. (PÁG. 85)
135. Existe o mundo
sexual dos Espíritos de
evolução primária,
inçado de ligações
irresponsáveis e existe
o mundo sexual dos
Espíritos conscientes,
que já adquiriram
conhecimento das
obrigações próprias, à
frente da vida. O
primeiro se constitui de
homens e mulheres
psiquicamente não muito
distantes da selva,
remanescentes próximos
da convivência com os
brutos. O segundo é
integrado pelas
consciências que a
verdade já iluminou,
estudantes das leis do
destino à luz da
imortalidade. (PÁGS. 85
e 86)
136. Enquanto o primeiro
grupo se mantém ligado à
poligamia, o segundo já
se levantou para a visão
panorâmica dos deveres
que nos competem, e
procura elevar os
próprios impulsos
sexuais, educando-os
pelos mecanismos da
contenção. (PÁG. 86)
137. A ligação sexual
entre dois seres na
Terra envolve a
obrigação de proteger a
tranquilidade e o
equilíbrio de alguém
que, no caso, é o
parceiro ou a parceira
da experiência “a dois”.
Urge, desse modo, evitar
arrastamentos no terreno
da aventura, em matéria
de sexo, para que a
desordem nos ajustes
propostos não venha a
romper a segurança do
outro. (PÁGS. 86 e 87)
138. Não se trata aqui
do chamado “vínculo
indissolúvel”, criado
por leis humanas, de vez
que, em toda parte,
encontramos companheiros
e companheiras lesados
pelo comportamento do
outro e que, por isso
mesmo, adquirem, depois
de prejudicados, o
direito natural de se
vincularem à outra
ligação, procurando
companhia ao nível de
sua confiança e
respeitabilidade. (PÁG.
87)
139. Os participantes da
comunhão afetiva,
conscientes dos seus
deveres, precisam
examinar até que ponto
terão gerado as causas
da indisciplina ou
deserção naquele ou
naquela que desistiu da
própria segurança íntima
para se atirar à
leviandade. (PÁG. 87)
140. É justo ponderar
quanto a isso porque, em
muitas ocorrências dessa
espécie, não é somente
aquele ou aquela que se
revelam desleais aos
próprios compromissos o
culpado único da ruptura
da ligação afetiva, mas
igualmente o companheiro
ou a companheira que por
desídia ou frieza,
mesquinhez ou irreflexão
nos votos abraçados,
induz a parceira ou o
parceiro a resvalarem
para a insegurança, no
campo do afeto, atraindo
perturbações de feição e
tamanho imprevisíveis.
(PÁGS. 87 e 88)
141. Homossexualidade
– Quando errante, pouco
importa ao Espírito
encarnar no corpo de um
homem ou de uma mulher.
“O que o guia na escolha
são as provas por que
haja de passar”,
afirmam os imortais em
“O Livro dos Espíritos”,
item 202. (PÁG. 89)
142. A homossexualidade,
hoje chamada também
transexualidade,
definindo-se, no
conjunto de suas
características, por
tendência da criatura
para a comunhão afetiva
com outra criatura do
mesmo sexo, não encontra
explicação fundamental
nos estudos psicológicos
de base materialista,
mas é perfeitamente
compreensível à luz da
reencarnação. (PÁG. 89)
143. Embora a sociedade
terrena seja
constituída, em sua
maioria, por criaturas
heterossexuais, o mundo
vê, na atualidade, em
todos os países,
extensas comunidades de
irmãos em experiências
dessa espécie, somando
milhões de homens e
mulheres solicitando
atenção e respeito, em
pé de igualdade ao
respeito e à atenção
devidos aos
heterossexuais. (PÁGS.
89 e 90) (Continua no próximo número.)
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