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Estudando a série André Luiz

Ano 9 - N° 420 - 28 de Junho de 2015

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
marceloborela2@gmail.com
Londrina, PR (Brasil)  
 

 

Conduta Espírita

André Luiz

(Parte 1)

Iniciamos nesta data o estudo sequencial do livro Conduta Espírita, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelo médium Waldo Vieira e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Em que consiste esta obra e qual é o seu propósito?

O livro que ora estudamos é simples conjunto de lembretes para uso pessoal, no caminho da experiência, à feição de roteiro de nossa lógica doutrinária. Não encontramos nele páginas jactanciosas com a presunção de ensinar diretrizes de bom-tom. Lê-lo equivale a ouvir um companheiro fiel ao bom senso. E se o bom senso ajuda a discernir, quem aprende a discernir sabe sempre como deve fazer. (Conduta Espírita, prefácio de Emmanuel.)

B. Que considerações André Luiz faz acerca da importância do exemplo?

André Luiz diz-nos que o exemplo digno é a base para a nossa verdadeira união em qualquer realização respeitável. “Da conduta dos indivíduos – afirma André – depende o destino das organizações.” (Conduta Espírita, Mensagem ao leitor.)

C. André Luiz reafirma nesta obra o caráter progressivo dos postulados espíritas?

Sim. E é justamente devido ao caráter progressivo de seus postulados que se pode dizer que, em matéria de Espiritismo, foi pronunciada a primeira palavra, mas ninguém poderá dizer a última. (Conduta Espírita, Mensagem ao leitor.)

Texto para leitura

1. Conduta espírita – No prefácio desta obra, Emmanuel escreveu, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, o texto abaixo reproduzido: 

Abraçando o Espiritismo, pedes, a cada passo, orientação para as atitudes que a vida te solicita.

Pensando nisso, André Luiz traçou as normas que constituem este epítome(1) de conduta.

Não encontramos aqui páginas jactanciosas com a presunção de ensinar diretrizes de bom-tom, mas simples conjunto de lembretes para uso pessoal, no caminho da experiência, à feição de roteiro de nossa lógica doutrinária.

Certa feita, disse o Divino Mestre: “Quem me segue, siga-me”, e, noutra circunstância, afirmou: “Quem me segue não anda em trevas.”

Reconhecemos, assim, que não basta admirar o Cristo e divulgar-lhe os preceitos.

É imprescindível acompanhá-lo para que estejamos na bênção da luz.

Para isso, é imperioso lhe busquemos a lição pura e viva.

De igual modo acontece na Doutrina Espírita que lhe revive o apostolado de redenção.

Quem procure servi-la, deve atender-lhe as indicações. E quem assim proceda, em parte alguma sofrerá dúvidas e sombra.

Assim, ler este livro equivale a ouvir um companheiro fiel ao bom senso.

E se o bom senso ajuda a discernir, quem aprende a discernir sabe sempre como deve fazer. (Emmanuel. Uberaba, 17 de janeiro de 1960.) 

2. Mensagem ao leitor – A título de introdução ao livro cujo estudo agora iniciamos, André Luiz escreveu o texto que abaixo reproduzimos:  

Não temos aqui um compêndio à guisa de código para boas maneiras, tendo em vista a etiqueta e a cerimônia dos protocolos sociais.

Reunimos algumas páginas com indicações cristãs para que venhamos a burilar as nossas atitudes no campo espírita em que o Senhor, por acréscimo de misericórdia, nos situou os corações.

Assim, pois, rogamos não se veja em nossos apontamentos esse ou aquele propósito de culto às convenções do mundo exterior, nem teorização de disciplinas superficiais.

É que, na atualidade, mourejam, somente no Brasil, mais de um milhão de trabalhadores do Espiritismo, e decerto, por amor à nossa Doutrina de Libertação, será justo sintonizar as nossas manifestações, no campo vulgar da vida, com os princípios superiores que nos comandam as diretrizes.

Sabemos que a liberdade espiritual é o mais precioso característico de nosso movimento.

Entretanto, se somos independentes para ver a luz e interpretá-la, não podemos esquecer que o exemplo digno é a base para a nossa verdadeira união em qualquer realização respeitável.

Da conduta dos indivíduos depende o destino das organizações.

Este livro não tem a presunção de traçar diretrizes absolutas ao comportamento espírita.

Compreendemos, com Allan Kardec, que, em Espiritismo, foi pronunciada a primeira palavra, mas, em face do caráter progressivo de seus postulados, ninguém poderá dizer a última.

Relevem-nos, desse modo, quantos lerem as presentes nótulas, traçadas de caminho a caminho.

Escrevendo-as, tivemos em mira tão somente a nossa própria necessidade de aperfeiçoamento, ante a crescente extensão dos espíritas em nossos círculos de ação, com a certeza de que somos indistintamente tutelados de Nosso Senhor Jesus-Cristo, o nosso Mestre Divino, achando-nos todos chamados, por Ele, a aprender na abençoada Escola Terrestre. (André Luiz. Uberaba, 17 de janeiro de 1960.)


(1)
Epítome é o mesmo que resumo, abreviação, compêndio, sinopse, síntese.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita