Conduta Espírita
André Luiz
(Parte
1)
Iniciamos nesta data o
estudo sequencial do
livro Conduta
Espírita, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelo
médium Waldo Vieira e
publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Em que consiste esta
obra e qual é o seu
propósito?
O
livro que ora estudamos
é simples conjunto de
lembretes para uso
pessoal, no caminho da
experiência, à feição de
roteiro de nossa lógica
doutrinária. Não
encontramos nele páginas
jactanciosas com a
presunção de ensinar
diretrizes de bom-tom.
Lê-lo equivale a ouvir
um companheiro fiel ao
bom senso. E se o bom
senso ajuda a discernir,
quem aprende a discernir
sabe sempre como deve
fazer. (Conduta
Espírita, prefácio de
Emmanuel.)
B. Que considerações
André Luiz faz acerca da
importância do exemplo?
André Luiz diz-nos que o
exemplo digno é a base
para a nossa verdadeira
união em qualquer
realização respeitável.
“Da conduta dos
indivíduos – afirma
André – depende o
destino das
organizações.”
(Conduta Espírita,
Mensagem ao leitor.)
C. André Luiz reafirma
nesta obra o caráter
progressivo dos
postulados espíritas?
Sim.
E é justamente devido ao
caráter progressivo de
seus postulados que se
pode dizer que, em
matéria de Espiritismo,
foi pronunciada a
primeira palavra, mas
ninguém poderá dizer a
última.
(Conduta Espírita,
Mensagem ao leitor.)
Texto para leitura
1.
Conduta espírita
– No prefácio desta
obra, Emmanuel escreveu,
por intermédio de
Francisco Cândido
Xavier, o texto abaixo
reproduzido:
Abraçando o Espiritismo,
pedes, a cada passo,
orientação para as
atitudes que a vida te
solicita.
Pensando nisso, André
Luiz traçou as normas
que constituem este
epítome(1)
de conduta.
Não
encontramos aqui páginas
jactanciosas com a
presunção de ensinar
diretrizes de bom-tom,
mas simples conjunto de
lembretes para uso
pessoal, no caminho da
experiência, à feição de
roteiro de nossa lógica
doutrinária.
Certa feita, disse o
Divino Mestre: “Quem me
segue, siga-me”, e,
noutra circunstância,
afirmou: “Quem me segue
não anda em trevas.”
Reconhecemos, assim, que
não basta admirar o
Cristo e divulgar-lhe os
preceitos.
É
imprescindível
acompanhá-lo para que
estejamos na bênção da
luz.
Para
isso, é imperioso lhe
busquemos a lição pura e
viva.
De
igual modo acontece na
Doutrina Espírita que
lhe revive o apostolado
de redenção.
Quem
procure servi-la, deve
atender-lhe as
indicações. E quem assim
proceda, em parte alguma
sofrerá dúvidas e
sombra.
Assim, ler este livro
equivale a ouvir um
companheiro fiel ao bom
senso.
E se
o bom senso ajuda a
discernir, quem aprende
a discernir sabe sempre
como deve fazer.
(Emmanuel. Uberaba, 17
de janeiro de 1960.)
2. Mensagem ao leitor
– A título de
introdução ao livro cujo
estudo agora iniciamos,
André Luiz escreveu o
texto que abaixo
reproduzimos:
Não
temos aqui um compêndio
à guisa de código para
boas maneiras, tendo em
vista a etiqueta e a
cerimônia dos protocolos
sociais.
Reunimos algumas páginas
com indicações cristãs
para que venhamos a
burilar as nossas
atitudes no campo
espírita em que o
Senhor, por acréscimo de
misericórdia, nos situou
os corações.
Assim, pois, rogamos não
se veja em nossos
apontamentos esse ou
aquele propósito de
culto às convenções do
mundo exterior, nem
teorização de
disciplinas
superficiais.
É
que, na atualidade,
mourejam, somente no
Brasil, mais de um
milhão de trabalhadores
do Espiritismo, e
decerto, por amor à
nossa Doutrina de
Libertação, será justo
sintonizar as nossas
manifestações, no campo
vulgar da vida, com os
princípios superiores
que nos comandam as
diretrizes.
Sabemos que a liberdade
espiritual é o mais
precioso característico
de nosso movimento.
Entretanto, se somos
independentes para ver a
luz e interpretá-la, não
podemos esquecer que o
exemplo digno é a base
para a nossa verdadeira
união em qualquer
realização respeitável.
Da
conduta dos indivíduos
depende o destino das
organizações.
Este
livro não tem a
presunção de traçar
diretrizes absolutas ao
comportamento espírita.
Compreendemos, com Allan
Kardec, que, em
Espiritismo, foi
pronunciada a primeira
palavra, mas, em face do
caráter progressivo de
seus postulados, ninguém
poderá dizer a última.
Relevem-nos, desse modo,
quantos lerem as
presentes nótulas,
traçadas de caminho a
caminho.
Escrevendo-as, tivemos
em mira tão somente a
nossa própria
necessidade de
aperfeiçoamento, ante a
crescente extensão dos
espíritas em nossos
círculos de ação, com a
certeza de que somos
indistintamente
tutelados de Nosso
Senhor Jesus-Cristo, o
nosso Mestre Divino,
achando-nos todos
chamados, por Ele, a
aprender na abençoada
Escola Terrestre.
(André Luiz. Uberaba, 17
de janeiro de 1960.)
(1)
Epítome é o mesmo que
resumo, abreviação,
compêndio, sinopse,
síntese.