Experiências
reencarnatórias
e gênero sexual
Em torno da
questão
gênero sexual
–
masculino/feminino
- Kardec tece
importantes
considerações em
artigo publicado
na Revista
Espírita de
janeiro de 1866,
intitulado As
mulheres têm
alma?
As principais
ideias
apresentadas
pelo nosso
codificador são
estas:
01- Os Espíritos
não têm sexo,
pois os sexos só
existem no
organismo; são
necessários à
reprodução dos
seres materiais;
os Espíritos não
se reproduzindo
uns pelos
outros, os sexos
seriam inúteis
no mundo
espiritual;
02- Os Espíritos
se encarnam nos
diferentes
sexos, a fim de
cumprir os
deveres de cada
uma dessas
posições, e
delas suportar
as provas;
03- O Espírito
encarnado
sofrendo a
influência do
organismo, seu
caráter se
modifica segundo
as
circunstâncias e
se dobra às
necessidades e
aos cuidados que
lhe impõem esse
mesmo organismo;
04- Essa
influência não
se apaga
imediatamente
depois da
destruição do
envoltório
material, do
mesmo modo que
não se perdem
instantaneamente
os gostos e
hábitos
terrestres;
05- Não é senão
o que ocorre a
um certo grau de
adiantamento e
de
desmaterialização
que a influência
da matéria se
apaga
completamente;
A necessidade de
vivenciar
experiências
reencarnatórias
em ambas as
polaridades
sexuais, segundo
Kardec, está
relacionada aos
deveres
inerentes a cada
uma dessas
posições e as
provas a
elas vinculadas.
Recentes estudos
na área da
biologia do
comportamento
vieram trazer
novas luzes
sobre o tema,
permitindo-nos
uma melhor
compreensão do
pensamento de
Allan Kardec.
Um resumo atual
desses estudos
foi apresentado
pelo
neurocientista
de Harvard,
Steven Pinker,
no livro
Tábula rasa:
01- Homens e
mulheres possuem
todos os mesmos
genes, com
exceção de um
punhado no
cromossomo Y. O
corpo humano
contém um
mecanismo que
faz com que o
cérebro dos
meninos e o das
meninas difira
durante o
desenvolvimento
fetal. O
cromossomo Y
desencadeia o
crescimento de
testículos em um
feto masculino
que secretam
testosterona. A
testosterona tem
efeitos
duradouros sobre
o cérebro
durante o
desenvolvimento
fetal, nos meses
seguintes ao
nascimento e
durante a
puberdade, e tem
efeitos
transitórios em
outros períodos
da vida. Os
estrogênios,
hormônios
sexuais
femininos,
afetam também o
cérebro por toda
a vida.
Receptores
desses hormônios
são encontrados
em várias
regiões do
cérebro;
02 - Os cérebros
dos homens
diferem
visivelmente dos
das mulheres de
vários modos. Os
homens têm
cérebros
maiores, embora
as mulheres
possuam uma
porcentagem
maior de matéria
cinzenta.
Regiões do
hipotálamo
relacionadas ao
comportamento
sexual e à
agressão são
maiores nos
homens;
03 - Quando
mulheres em
preparo para uma
cirurgia de
mudança de sexo
recebem
testosterona,
melhoram nos
testes de
rotação mental e
pioram nos de
fluência verbal.
04 - Mulheres
com níveis
elevados de
testosterona
sorriem com
menos frequência
e têm mais casos
extraconjugais,
uma presença
social mais
marcante e até
um aperto de mão
mais forte.
Quando os níveis
de estrogênios
estão altos
tornam-se
melhores em
tarefas que
tipicamente
executam melhor
como a fluência
verbal. Meninas
com hiperplasia
suprarrenal
congênita, que
têm produção
excessiva de
hormônios
masculinos,
crescem com
jeito de
moleque, brincam
de luta,
demonstram mais
interesse em
caminhões que em
bonecas;
05 - Os homens
têm preferência
muito mais
acentuada pelo
sexo sem
compromisso com
várias parceiras
ou parceiras
anônimas, como
vemos na
prostituição e
na pornografia
visual. Os
homens têm muito
maior
probabilidade de
competir uns com
os outros
violentamente. A
habilidade de
manipular
mentalmente
objetos
tridimensionais
e o espaço
também é bem
maior nos
homens. Embora
os homens sejam,
em média,
melhores em
fazer a rotação
mental de
objetos e mapas,
as mulheres são
melhores para
lembrar pontos
de referência e
as posições dos
objetos. Os
homens têm
melhor pontaria,
as mulheres são
mais jeitosas.
Os homens são
melhores na
resolução de
problemas
matemáticos
expressos em
palavras, as
mulheres são
melhores para
fazer cálculos.
As mulheres são
mais sensíveis a
sons e odores e
são muito
melhores na
leitura de
expressões
faciais e da
linguagem
corporal. As
mulheres
vivenciam
emoções básicas
com mais
intensidade,
excetuando-se,
talvez, a raiva.
As mulheres têm
relacionamentos
sociais mais
íntimos, são
mais preocupadas
com eles e
sentem mais
empatia por seus
amigos. Elas
fazem mais
contato visual,
sorriem e riem
com mais
frequência. As
mulheres são
mais atentas ao
choro
corriqueiro de
seus bebês e
mais solícitas
com os filhos em
geral.
Concluindo,
mostra-nos a
Biologia
comportamental
que ambas as
polaridades
sexuais têm o
que oferecer ao
Espírito
encarnado.
Depende dele,
portanto,
aproveitar, ao
máximo, aquilo
que a evolução
lhe propõe em
suas
experiências
reencarnatórias,
superando com
coragem as
“fraquezas”
relacionadas a
cada gênero
sexual e
desenvolvendo as
possibilidades
inerentes a
eles.