"... Vinde, vós que
quereis crer: os
Espíritos celestes
acorrem e vêm vos
anunciar grandes coisas.
Deus, meus filhos, abre
seus tesouros para vos
dar todos os seus
benefícios. Homens
incrédulos! Se
soubésseis quanto a fé
faz bem ao coração...
Marchai, marchai nos
caminhos da prece e
ouvireis a voz dos
anjos...”
As palavras acima são de
Santo Agostinho, no
capítulo XXVII d´O
Evangelho segundo o
Espiritismo, do
trecho Alegria da Prece,
recordada por nós em
face de acontecimentos
emocionantes que estamos
presenciando
recentemente,
acontecimentos que
incendeiam nossa fé em
Deus.
Uma família muito
querida aguardava com
muito amor e esperança a
chegada da filha mais
nova do casal, ele
médico, ela psicóloga,
muito amados na cidade
mineira onde moram. Um
pré-natal muito bem
realizado. Tudo corria
bem. Um mês antes do
parto previsto, a
pressão arterial da mãe
começou a subir. Foram
encaminhados para um
parto antecipado, em
cidade com UTI neonatal
próxima, com maiores
recursos nessa área. O
bebê nasceu e o pai nos
telefonou avisando da
boa nova. Nasceu bem,
com 2.700 g, 36
semanas. Pouco depois,
ele nos ligou
preocupado. O bebê
estava com o fígado
muito grande e iam fazer
uma ultrassonografia.
Horas depois ele nos
avisou que o ultrassom
revelou uma massa
tumoral; achavam que era
o rim. Feita a
tomografia, viu-se que
era um tumor na
suprarrenal, um
neuroblastoma. A mãe
sofreu demais, não
estava esperando, nada
havia sido detectado no
pré-natal. Graças a
Deus, a avó materna da
criança, mãe dela
presente, uma fé viva em
Deus, agitou todos os
parentes para orar, ao
mesmo tempo que enviava
um pedido à família:
rezem por mim! De todos
os pontos do Brasil a
família se uniu em
preces. A cidade deles,
sabendo, se juntou em
preces por eles. O bebê
foi transferido para um
grande hospital
especializado no
tratamento de câncer,
referência nacional; ele
ia passar por uma
bateria de exames. No
segundo dia, o pai nos
enviou um torpedo: “aí,
Jane, ela piorou, estão
intubando ela...” e
outro depois:
“coitadinha!”. Nossa!
Imaginamos a dor desse
pai... E tentando poupar
a mãe para evitar mais
sofrimentos.
Sabemos que ninguém
passa por algo de que
não necessita e que Deus
está sempre à frente. O
pai nos havia dito que
nada o faria perder a
fé, que ele estava, a
vida toda, amparado por
Deus.
Ligamos para vários
amigos para
intensificarmos as
preces. Um médium nos
disse: “A equipe médica
espiritual está toda ao
redor dela. Disseram que
é muito difícil, muito
difícil, mas para Deus
nada é impossível”. Isso
foi numa quinta-feira.
No dia seguinte,
sexta-feira, 17 horas, o
pai da criança nos
enviou um torpedo: “...
Jane, um milagre
aconteceu. Ela estava
entrando em falência de
múltiplos órgãos e a
equipe médica me chamou.
Uma última tentativa
heroica para tentar
salvá-la. Abrir o
abdome, para
descomprimir, enquanto a
quimioterapia e a
radioterapia vão
reduzindo o fígado,
deixar coberto com uma
tela. Deu certo... Em
menos de 4 horas todos
os exames se
normalizaram!”.
Isso nos emocionou. A
espiritualidade superior
sempre ampara os
médicos, principalmente
em hospitais onde a dor
campeia tão
intensamente, como os
hospitais de câncer. O
amparo divino está
presente sempre, nunca
abandona seus filhos. A
partir de então, de modo
surpreendente, a menina
só melhora. O pai está
confiante de que a
menina ficará bem, pois
todos os exames se
encontram normais.
Conversamos com esse
pai, para que
retribuísse a Deus por
meio do exercício da
compaixão pelos
sofrimentos alheios,
fazendo sempre o bem que
pudesse para reduzir as
dores das pessoas, ao
que ele nos respondeu:
“Já faço isso há muitos
anos. Atendo os
velhinhos da Casa dos
Velhos de graça, toda
semana; atendo uns 200
pacientes de graça toda
semana”. Entendemos,
então. A cada um segundo
suas obras. A cidade
inteira orando.
Emocionante. De diversos
pontos do Brasil, preces
por eles.
Um dos últimos torpedos
que ele nos enviou diz o
seguinte: “Minha filha
está completamente
curada, graças a Deus.
Agradeço todas as
orações que foram
feitas... Do fundo do
coração... Deus é um
só... Católicos,
evangélicos,
espíritas... Agradeço a
todos. Deus é pai. Se
nós, que somos pais,
fazemos tudo pelos
nossos filhos, quanto
mais Deus que é nosso
pai”. E completa com a
citação de Mateus,
capítulo VII, versículos
de 7 a 11: “também, qual
é o homem dentre vós que
dá uma pedra ao filho
quando lhe pede pão? Ou
se lhe pede um peixe lhe
dá uma serpente? Se,
pois, sendo maus como
sois, sabeis dar boas
coisas aos vossos
filhos, com quanto mais
forte razão vosso Pai,
que está nos céus dará
os verdadeiros bens
àqueles que lhes
pedem...”
O último torpedo dele
diz: “Jane, ela está
curada. Mais 5 sessões
de quimioterapia,
retiram o tumor, fecham
o abdome e... casa!”
Esse caso, se contado
integralmente, encheria
páginas de emoção.
Pudemos sentir um amparo
espiritual muito grande,
quando nos comunicávamos
com esse pai e falávamos
de fé em Deus, das
orações e da esperança,
e ele levando tudo isso
com ele, até quando
parecia não haver mais
possibilidades de
melhoras. Forte é esse
Espírito que reencarnou
e aceitou passar por
isso logo nos primeiros
dias de vida, unindo
toda a família ao seu
redor, em fé e orações.
Cada vez mais vemos que
a fé remove montanhas.
Pensamos no imenso campo
magnético de auxílio que
foi feito pela
espiritualidade,
proporcionando o amparo
e o socorro precisos.
Repetimos que a cada um
segundo suas obras. Esse
pai carrega a
religiosidade na alma.
Não frequenta templos,
não tem uma religião
definida; tem o templo
em si. Conhece a Bíblia
de cor e tenta viver de
acordo com os ensinos do
Cristo. Essa é a atitude
do cristão verdadeiro.
Um ensinamento para
todos nós, os que temos
o conhecimento espírita,
que deve fazer a
diferença. Assentar a
casa sobre a rocha na
hora das dificuldades,
confiar em Deus, ser um
templo vivo.