WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 423 - 19 de Julho de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 30)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares 

A. Levada pelos pais ao tratamento espiritual, uma criança apresentou-se acometida de um processo leucêmico mieloide, resistente às terapêuticas convencionais. Tratava-se de um fenômeno cármico em fase terminal. Que causas poderiam ter determinado tão grave expiação?

Dr. Carneiro informou: “Nossa pequena Rosaly retornou ao lar do qual se evadira no século passado por lamentável suicídio. Os seus genitores atuais eram-no igualmente naquela ocasião, quando, insubmissa, apaixonou-se por um jovem inescrupuloso, contra o qual se voltaram os pais, proibindo-a de levar adiante o romance impossível de alcançar um desfecho feliz. Inexperiente e impulsiva, atritou com os genitores, os quais, após demorados diálogos, resolveram interná-la em um convento, na pressuposição de salvá-la do explorador, que aguardava expressivo dote com a intenção de abandoná-la, assim que se cansasse da novidade”. A solução adotada pelos pais foi, porém, um fracasso, porque a jovem, embora vigiada, burlou todos os cuidados e se atirou da torre da capela, fraturando o crânio e danificando o pescoço e a medula, porquanto se arrojara de cabeça para baixo. O golpe deixou os pais arrasados. Mais tarde, após desencarnarem, ao tomarem conhecimento do calvário que a filha padecia no mundo espiritual, empenharam-se em resgatá-la, o que se tornou possível graças à intercessão de veneráveis Benfeitores. Comprometeram-se então a recebê-la novamente, embora cientes de que seria por breve período. (Trilhas da Libertação. Últimas Advertências, pp. 241 a 243.)

B. Havia muita perturbação espiritual no recinto em que a menina Rosaly seria atendida e, além disso, suas dores eram intensas. Como o ambiente no local de  repente se modificou?

Tudo se modificou graças à força da prece. Tomado de compaixão, dr. Carneiro transmitiu breve instrução ao dr. Hermann e se acercou da mãezinha da enferma, a quem inspirou fizesse uma oração. A senhora, comovida, levantou-se e pediu: “Oremos a Deus em favor da minha filhinha”. A prece sensibilizou a todos os presentes, que se recolheram também em oração. Lentamente o ambiente passou a ser visitado por vibrações de harmonia, que começaram a esbater as sombras dominantes. O amigo Ernesto, mentor do médium, utilizando-se da mudança mental dos presentes, exortou a Deus suas bênçãos e suplicou permissão para minorar as dores da menina, suavizar o seu sofrimento e confortar os pais. Ao silenciar, emocionado, pairavam outras vibrações no recinto. (Obra citada. Últimas Advertências, pp. 242 a 244.)

C. É correto afirmar que o triunfo do mal somente é possível quando com ele as pessoas sintonizam?

Sim. Foi isso que o dr. Hermann (Espírito) disse à esposa do médium Davi. Ele lhe lembrou  que é possível, sim, modificar os programas maléficos em desdobramento, através de radical transformação interior e alteração de conduta. “Colhem-se os frutos, doces ou amargos, das árvores que se plantam. O triunfo do mal somente é possível quando com ele as pessoas sintonizam, negando-se ao bem que podem e devem realizar”, acrescentou o médico. “Os servidores do Bem – concluiu o amigo espiritual – não necessitam empanturrar-se das coisas transitórias que deixarão com a morte, mas, sim, devem amealhar as moedas morais da coragem, da abnegação, da confiança em Deus, do amor, com que jamais lhes faltará na Terra e fora dela o necessário para serem felizes. O mais são engodo, fuga alucinada, abandono da realidade, sob os vapores da fantasia que os deixam nas horas decisivas, quando perceberão as mãos vazias...” (Obra citada. Últimas Advertências, pp. 245 e 246.)

Texto para leitura

117. O caso da menina desenganada pela medicina – Não demorou muito e deu entrada no recinto o intrujão desencarnado, que se passava pelo dr. Hermann, acompanhado de alguns sequazes que lhe davam cobertura vibratória. O semblante patibular alterava-se-lhe em sucessivos esgares de cinismo e crueldade, não permitindo a exteriorização de sensibilidade moral alguma. Davi e sua esposa conversavam sobre trivialidades, sem a menor consideração pelo compromisso que ele assumira e do qual se iria desincumbir em breves minutos, quando a campainha tocou. Haviam chegado os clientes, trazidos pelo amigo comum. De imediato, após as apresentações de praxe, a criança enferma foi levada à sala de reuniões e colocada sobre a mesa. Adelaide pôs no gravador uma música lamentosa, para criar ambiente, e o médium Davi, sem o menor recolhimento, procurou sintonizar com o zombeteiro espiritual. Não havia ali nenhum respeito pela vida humana, nem seriedade no cometimento desvestido de qualquer elevação. Dr. Carneiro e o dr. Hermann acercaram-se da paciente e constataram, após examiná-la, que se tratava de um processo leucêmico mieloide, resistente às terapêuticas convencionais. No momento, nem mesmo as transfusões de sangue e de plasma faziam efeito. Tratava-se de um fenômeno cármico de grave procedência, já em fase terminal. Febril e dorida, a criança choramingava, movimentando-se na mesa em tentativa inútil de encontrar uma posição menos desconfortável. O quadro era, com efeito, comovente. A mãezinha, sofrida, chorava discretamente, tendo o esposo a seu lado. Como os especialistas haviam dito não haver mais esperanças, eles recorriam a um milagre impossível de acontecer e onde não era factível solução alguma. Dr. Carneiro concentrou-se na criança e penetrou-lhe os arcanos existenciais do passado, identificando a causa degeneradora da lamentável enfermidade. Depois de alguns segundos, o Mentor elucidou, preocupado: “O tempo de que dispõe a nossa pequena paciente é limitado. No máximo sobreviverá por três dias, já que as suas forças encontram-se minadas pelo processo avassalador”. (Últimas Advertências, pp. 241 e 242.)

118. A prece fervorosa modifica por inteiro o ambiente – Após ligeira pausa, dr. Carneiro informou: “Nossa pequena Rosaly retornou ao lar do qual se evadira no século passado por lamentável suicídio. Os seus genitores atuais eram-no igualmente naquela ocasião, quando, insubmissa, apaixonou-se por um jovem inescrupuloso, contra o qual se voltaram os pais, proibindo-a de levar adiante o romance impossível de alcançar um desfecho feliz. Inexperiente e impulsiva, atritou com os genitores, os quais, após demorados diálogos, resolveram interná-la em um convento, na pressuposição de salvá-la do explorador, que aguardava expressivo dote com a intenção de abandoná-la, assim que se cansasse da novidade”. A solução adotada pelos pais foi, porém, um fracasso, porque a jovem, embora vigiada, burlou todos os cuidados e se atirou da torre da capela, fraturando o crânio e danificando o pescoço e a medula, porquanto se arrojara de cabeça para baixo. O golpe deixou os pais arrasados. Mais tarde, após desencarnarem, ao tomarem conhecimento do calvário que a filha padecia no mundo espiritual, empenharam-se em resgatá-la, o que se tornou possível graças à intercessão de veneráveis Benfeitores. Comprometeram-se então a recebê-la novamente, embora cientes de que seria por breve período. Os olhos do venerável médico baiano estavam marejados de pranto quando ele findou a narrativa, e enquanto isso, a seu lado, o médium Davi se agitava, estertorando sob a ação dos fluidos perturbadores do carrasco espiritual. Tomado de compaixão, dr. Carneiro transmitiu breve instrução ao dr. Hermann e se acercou da mãezinha da enferma, a quem inspirou fizesse uma oração. A senhora, comovida, levantou-se e pediu: “Oremos a Deus em favor da minha filhinha”. A prece sensibilizou a esposa de Davi e os demais presentes, que se recolheram também em oração. Lentamente o ambiente passou a ser visitado por vibrações de harmonia, que começaram a esbater as sombras dominantes. O amigo Ernesto, mentor do médium, utilizando-se da mudança mental dos presentes, exortou a Deus suas bênçãos e suplicou permissão para minorar as dores da menina, suavizar o seu sofrimento e confortar os pais. Ao silenciar, emocionado, pairavam outras vibrações no recinto. O dr. Carneiro e o dr. Hermann aproximaram-se então de Davi em quase transe. Tornando-se visíveis ao obsessor, o primeiro ordenou-lhe que se retirasse e, à medida que exprobrava o agente das trevas, exteriorizou uma diáfana claridade que envolveu o médium Davi. O perverso Espírito, tomado de espanto, como se tivesse recebido uma descarga elétrica, deu um grito e afastou-se aturdido. Dr. Hermann aproximou-se, então, de Davi e, envolvendo-o em seus fluidos, assenhoreou-se dos seus recursos mediúnicos, como ocorria no passado. (Últimas Advertências, pp. 242 a 244.)

119. Os servidores do Bem não precisam empanturrar-se das coisas transitórias  – Às primeiras palavras, Adelaide reconheceu-o, mas não havia tempo para diálogo. Renovado e consciente das graves responsabilidades, o cirurgião examinou a enferma e, tomado de carinho nele incomum, pôs-se a animá-la, explicando que lhe ia aplicar algumas agulhas na coluna vertebral, para estimular a circulação de energias e diminuir-lhe as dores. Recorreu, em seguida, aos passes longitudinais sobre a menina e, em seguida, colocou as agulhas com regular distância uma da outra. Nenhuma dor sentiu a enferma. O cirurgião buscou, a seguir, confortar os pais, sem contudo animá-los demasiadamente, elucidando que nem sempre se pode curar todos os tipos da mazelas e que a morte é lei da Vida, sendo a sobrevivência ato de amor do Pai Criador. Prosseguindo, exortou Adelaide ao despertamento e informou que estivera com Davi no momento do sono, confirmando as suas lembranças e anulando a falsa hipótese de haver sido aquilo apenas um pesadelo ou algo equivalente. “O tempo urge –  disse-lhe o dr. Hermann –  e ainda se podem modificar os programas maléficos em desdobramento, através de radical transformação interior e alteração de conduta. Colhem-se os frutos, doces ou amargos, das árvores que se plantam. O triunfo do mal somente é possível quando com ele as pessoas sintonizam, negando-se ao bem que podem e devem realizar. Não se creia, portanto, na supremacia, nem na vitória permanente do crime, da insensatez, da perversidade.” Muitas outras coisas dr. Hermann disse à esposa invigilante, advertindo-a de que somente por meios dos esforços de comedimento, das atitudes corretas e dos deveres bem cumpridos é que poderemos chegar ao fim proposto pela Vida. “Os servidores do Bem – afirmou-lhe o médico –  não necessitam empanturrar-se das coisas transitórias que deixarão com a morte, mas, sim, devem amealhar as moedas morais da coragem, da abnegação, da confiança em Deus, do amor, com que jamais lhes faltará na Terra e fora dela o necessário para serem felizes. O mais são engodo, fuga alucinada, abandono da realidade, sob os vapores da fantasia que os deixam nas horas decisivas, quando perceberão as mãos vazias...” (Últimas Advertências, pp. 245 e 246.)

120. Ninguém foge de si mesmo, advertiu o cirurgião desencarnado – Prosseguindo em suas advertências à esposa de Davi, dr. Hermann asseverou: “Os gregos antigos conceberam mitologicamente Caronte, conduzindo as almas na sua barca sobre as águas do rio Estige, para depô-las no outro lado, o lado de cá. De acordo com a posição social de cada viajante, era colocada uma moeda entre os seus dentes, que funcionava como pagamento –  cobre, prata ou ouro –  facilitando ao condutor a escolha do lugar para onde o conduziria. Esse arquétipo mitológico pode ser hoje interpretado como a conduta de cada ser –  atos: virtudes ou vícios –  que lhe servem de salvo-conduto ou passaporte para a região que o aguarda. Ninguém se engane, porque a consciência, por mais se demore adormecida, sempre desperta, às vezes tardiamente, sem chance de recuperação imediata. Ninguém foge de si mesmo e é compelido a conviver consigo mesmo”. Com o tratamento recebido, a criança adormeceu como se houvesse sido anestesiada. Dr. Hermann teceu algumas palavras de alento moral e despediu-se, retornando, jubiloso, ao convívio do dr. Carneiro e de seus amigos desencarnados. Davi despertou do transe sem convulsões, sentindo-se bem disposto, como decorrência dos fluidos hauridos no intercâmbio saudável. Sorriu, espontâneo, e observou que a enferma adormecia e seus pais estavam tranquilos. Depois das despedidas dos visitantes, Adelaide comentou com o esposo as observações que anotara. “O dr. Hermann –  referiu  ela –  estava diferente, volveu ao passado, aos primeiros dias, porém afável e meigo, o que me pareceu inusitado. Dissertou sobre vida e responsabilidade, morte e sobrevivência... Ele sempre foi de poucas palavras. Confesso que estou confusa... Ouvindo-o, senti-me bem e preocupada, como se pairasse sobre nós uma espada de Dâmocles, prestes a romper o fio que a sustenta e cair sobre nossas cabeças.” Na sequência, após Davi referir que se sentia muito bem, a esposa contou que o dr. Hermann lhe dissera que o sonho anterior fora um encontro espiritual, uma atividade em desdobramento... Ela, contudo, receava que se tratava de alguma mistificação o que acabara de ocorrer, embora as sensações agradáveis e o bem-estar proporcionado à criança. O diálogo cessou, contudo, nesse ponto, porque o casal tinha um leilão, seguido de um jantar, que ele não pretendia perder, em elegante clube da cidade, o qual fora marcado para as vinte e duas horas. (Últimas Advertências, pp. 246 a 248.)  (Continua no próximo número.)
 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita