Carta aos cônjuges
Casimiro Cunha
Meus irmãos, o
matrimônio
É um instituto divino,
Onde o trabalho em comum
É luz de amor e de
ensino.
O lar é um templo
sagrado
De vida superior,
Onde começa no mundo
A lei sublime do amor.
Toda a harmonia
terrestre,
Em circunstâncias
quaisquer,
Tem seu início sagrado
No marido e na mulher.
São ambos um corpo só,
Em doce consagração.
Se o homem é a cabeça,
A mulher é o coração.
Cada um no seu lugar,
São iguais pelo dever
No santo esforço que as
mãos
Nunca cessam de fazer.
Sem a máxima união
Na intimidade do lar,
Esse corpo transcendente
Não consegue funcionar.
Porventura, já se viu
Coração sobre a cabeça?
Ou ambos em separado,
Funcionando em vida
avessa?...
Se a mulher é
sentimento,
Se o homem é luta e
ação,
Devem ambos ser unidos
No plano da educação.
Para que um lar seja o
pouso
Do carinho e da
esperança,
Jamais se esqueça o
regime
Do amor e da confiança.
Harmonia em toda a casa
Faz da vida um campo em
flor.
Ciúme é a erva daninha
Que mata as rosas do
amor.
Intriga e relaxamento
São treva e calamidade,
Trazendo consigo o
atrito
Que queima a felicidade.
Se há lutas pelo
caminho,
A ventura dos casais
Consiste em reconhecer
Que o perdão nunca é
demais.
Quem recebeu a Missão
Desse Instituto de Amor
Tem Solenes Compromissos
Perante as Leis do
Senhor.
Façam, pois, do Lar
Terrestre
A Estrada de Salvação,
Onde Jesus Plante as
Flores
De Vida e de Redenção.
Do livro Cartas do
Evangelho, obra
mediúnica psicografada
pelo médium Francisco
Cândido Xavier.
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