A evolução do conceito
de Deus e as divisões
das correntes cristãs
Os espíritas não aceitam
os dogmas criados pelos
teólogos, mas
respeita-os e procuram
seguir rigorosamente os
preceitos evangélicos.
Já os protestantes e
evangélicos, ao
contrário, estão mais
ligados aos dogmas do
que ao evangelho, além
de, às vezes, se
prenderem muito ao
Judaísmo do Velho
Testamento. Que fique
bem claro aqui que não
tenho nada contra os
judeus, que muito admiro
pela sua fervorosa fé
monoteísta, e que muito
têm também da essência
do cristianismo não
dogmático, do que é um
exemplo os Dez
Mandamentos. Além disso,
a religião do próprio
Jesus era o Judaísmo.
O pensamento religioso é
o que mais evolui.
Constantemente, ele está
em transformação,
principalmente o
pensamento a respeito de
Deus. E cada um de nós
tem Deus do tamanho de
nós mesmos, ou seja, de
nosso nível diferenciado
de inteligência e de
nossa evolução
científico-cultural-filosófico-teológica.
Daí as polêmicas
teológicas sem fim, que
sempre existiram e
existirão, e que são a
causa de as pessoas
mudarem tanto de
religiões.
E é por isso que as
ideias dos teólogos
antigos a respeito de
Deus, com todo o
respeito a elas e a
eles, precisam de uma
revisão urgente, pois,
às vezes, elas estão tão
fora de tempo, que
chegam mesmo a favorecer
o crescimento daqueles
que deixam de crer em
Deus ou ficam sem
religião.
Essas diferenças
milenares de pontos de
vista das pessoas,
principalmente as dos
teólogos, sobre Deus,
sobre Jesus e sobre o
Espírito Santo, estão
também presentes na
própria Bíblia e, às
vezes, num mesmo autor
em épocas eferentes de
sua vida. Ademais, como
os autores bíblicos
receberam influências ou
inspirações de Espíritos
humanos, deuses
(Espíritos
desencarnados), ora bons
(Espíritos santos), ora
maus ou atrasados, a
Bíblia tem questões
sobre Deus, o bem e o
mal, envolvendo ora
verdades, ora erros. E
essas diferenças
acontecem sempre entre
os religiosos de todas
as religiões, haja vista
as divergências entre os
cristãos e as da minoria
dos islâmicos do Estado
Islâmico com a maioria
do verdadeiro Islamismo.
E essas divergências são
derivadas, em grande
parte, das influências
ou inspirações de
Espíritos de diversos
níveis de evolução sobre
os teólogos e dirigentes
de religiões. “A nossa
luta não é contra a
carne e o sangue, mas
contra as potestades.”
(Efésios 6: 12). Sim,
nós recebemos influência
de Espíritos bons e
maus, pois Deus respeita
o livre-arbítrio de
todos os Espíritos
encarnados e
desencarnados que sempre
estão atuando no
Universo.
Aqui queremos abrir um
parêntesis para abordar
um assunto confuso.
(Romanos 8: 11): O mesmo
Espírito de Deus que
ressuscitou Jesus, e que
habita em vós,
ressuscitará a vós
também. Esse espírito é
o de Deus ou o nosso?
Tentemos esclarecer essa
passagem. “Pneuma” em
grego significa
espírito, sopro e vento.
Veja-se a metáfora “Deus
soprou nas narinas de
Adão”. (Gênesis 2: 7).
Então, “pneuma”
significa sopro ou
Espírito de Deus,
propriedade de Deus, mas
que é também um espírito
emanado de Deus para
cada ser humano.
A Bíblia não é a palavra
de Deus. Ela contém a
palavra de Deus
transmitida para nós
através de Espíritos
mensageiros ou anjos (“aggelos”),
ou seja, Espíritos
enviados por Deus ao
nosso mundo,
confundidos, muitas
vezes, com o próprio
Deus. E muitas
divergências teológicas
cristãs existem,
exatamente por causa das
diferenças de evolução
cultural dos teólogos!