Bezerra de
Menezes:
empre-endedor em
várias áreas
Dia 29 de agosto
assinala a data
de nascimento de
Adolfo Bezerra
de Menezes,
ocorrida no ano
de 1831, em
Jaguaretama
(Ceará).
Destacamos que
passou a se
interessar pelo
Espiritismo após
a leitura de
O livro dos
espíritos,
traduzido pelo
seu colega de
profissão
Joaquim Carlos
Travassos
(pseudônimo
Fortúnio) e
ofertado pelo
mesmo a Bezerra
em janeiro de
1875. Portanto
há 140 anos o
citado tradutor
lançava as
primeiras
edições de Allan
Kardec para o
português e
colocava Bezerra
de Menezes em
contato com a
obra inaugural
do Espiritismo.
Há vários
biógrafos de
Bezerra e sua
biografia é bem
conhecida.
Todavia, no ano
passado, o então
presidente da
FEB entrevistou
Jorge Damas
Martins que
lançava o livro
Bezerra de
Menezes e Chico
Xavier – o
médico e o
médium (Ed.
Ideia Jurídica,
2014). Desta
entrevista –
“Paulo, Bezerra
e Chico Xavier”
– (Reformador,
março de 2015),
e de obras do
autor citado
transcrevemos
alguns trechos.
Nos seus seis
livros de
pesquisa sobre
Bezerra, Jorge
Damas Martins
apresenta alguns
fatos novos.
Informa que dos
14 filhos de
Bezerra, oito
faleceram quando
ele ainda estava
encarnado. Cita
o autor:
“particularidade
interessante é o
Bezerra
político, sempre
político, desde
1856, quando
entrou para o
partido liberal
e nele
permaneceu até a
sua
desencarnação.
Inclusive, em
1889, como
presidente da
FEB, ele foi
eleito deputado.
Também
surpreende nada
haver mencionado
em seus artigos
espíritas sobre
suas
candidaturas
políticas.”
Damas destaca
também o
empreendedorismo
de Bezerra em
inúmeras
empresas: nas
áreas médicas,
arquitetônica,
transportes
públicos (bondes
e ferrovias),
transportes
marítimos de
passageiros e
cargas, seguros
variados,
bancária – foi
banqueiro de
destaque –,
construção
civil, salinas,
lazer, esporte,
turismo etc.
Como novidade
revela: “no dia
18 de julho de
1874, entrou na
Baía da
Guanabara o
vapor “Bezerra
de Menezes”
procedente de
Londres. Foi o
primeiro da
encomenda de
cinco
embarcações
feita pela
empresa da
Estrada de Ferro
Macahé a Campos,
presidida por
Bezerra.” E há
outro detalhe
histórico:
“[...] no dia 12
de junho de
1875, este vapor
e outros
deixaram o
ancoradouro do
Rio de Janeiro,
às 16h, com
destino ao porto
de Imbetiba,
estação inicial
da estrada de
ferro.” Neles
embarcaram D.
Pedro II, o
conde d’Eu, e
numeroso séquito
imperial.
A ação espírita
de Bezerra é
sempre lembrada
e na entrevista
acima citada,
Damas sintetiza
o continuado e
incessante labor
espiritual de
Bezerra: “O
nosso livro
Bezerra de
Menezes e Chico
Xavier – o
médico e o
médium
ressalta uma das
maiores
parcerias
espirituais do
Espiritismo em
todos os tempos:
o sacerdócio
médico de
Bezerra, em sua
generosidade sem
limites, e o
sacerdócio
mediúnico de
Chico, na ampla
vivência do
ensino
evangélico do
“dai de graça o
que de graça
recebestes”. São
exemplos de uma
afinidade mais
que mediúnica,
muito mais de
amizade secular,
como se fossem
um só coração
pulsando em
benefício da
humanidade.”