Respeitemos a doutrina
trinitária, mas ela
sufoca
o Cristianismo
Digo muito que quanto
mais falarmos sobre o
que Deus é, mais erros
sobre Ele nós cometemos.
Mas os teólogos antigos
fizeram uma miscelânea
sobre o que seria Deus.
E, lamentavelmente, isso
foi sustentado pelos
teólogos posteriores a
eles e, incrivelmente,
até pelos de hoje! E foi
por influência da
mitologia,
principalmente, que eles
criaram a Santíssima
Trindade como sendo a
definição mais correta e
definitiva de Deus. (Que
vaidade e falta de
humildade!). Mas eles
próprios, percebendo seu
erro, passaram a ensinar
que ela é um mistério de
Deus!
E os teólogos
fundamentam todo o
Cristianismo sobre a
Santíssima Trindade.
Quem construiu e
difundiu as bases dessa
doutrina trinitária, que
devemos respeitar como
se deve respeitar
qualquer outra crença
diferente da nossa, foi
Santo Agostinho,
desencarnado em 430,
portanto, numa época em
que ainda era muito
pequeno o número das
pessoas que estudavam e
entendiam bem a Boa
Nova. Ele foi um gênio
da inteligência, mas não
era infalível, daí que
ele achava que não
existiam os antípodas
(que vivem do outro lado
da Terra), pensando que
a Terra tivesse uma
forma de mesa e, debaixo
dela, estivesse o
“hades” (o inferno
mitológico ou mundo dos
mortos).
E, aos poucos, a
doutrina trinitária foi
se transformado no mais
importante dogma
cristão. Para a Igreja,
apenas o da Eucaristia
se poderia equiparar com
ele. E os teólogos
continuam enriquecendo
essa doutrina com várias
outras. Por exemplo,
eles dizem que sem ela
não existem o Espírito
Santo e a redenção, o
que não é verdade, pois,
o Espírito Santo bíblico
é todo espírito humano.
Deus fez levantar-se um
homem de um Espírito
Santo chamado Daniel
(Daniel 13: 45). Nosso
corpo é santuário
(templo) do (“de um”
como está em grego)
Espírito Santo. (1
Coríntios 6:19).
Mas os nossos dons
espirituais ou
mediúnicos são
comandados por um só
Espírito, isto é, Jesus
Cristo. E Ele distribui
esses dons a cada um (a
cada espírito santo
humano),
individualmente, como
lhe apraz. (1 Coríntios
12:11). “... nele tudo
subsiste.” (Colossenses
1:17). Estou dizendo o
texto bíblico de modo
claro, pois os teólogos
tradutores, às vezes,
truncam-nos, para eles
não condenarem suas
doutrinas.
Lembramos que, numa
linguagem comum e até
igualmente bíblica, é
óbvio que nós podemos
usar também a expressão
“Espírito Santo”, ao nos
referirmos a Deus, o
Santo Espírito por
excelência,
independentemente da
Terceira Pessoa
Trinitária, como o fazem
outras religiões.
Quanto à questão da
redenção, ela depende de
nós, pois é
autorredenção (de
dentro) do nosso Cristo
Interior, do nosso
Espírito Santo ou homem
interior (1 Coríntios
4:16) e não alorredenção
(de fora), que viria de
fora de nós. Quem tem
que passar pela porta
estreita somos nós
mesmos, para o que temos
a imortalidade, a
evolução, o intelecto e
o livre-arbítrio.
E os teólogos, sufocando
o Cristianismo, caem,
mais uma vez, em
contradição, agora, a
respeito da redenção,
que para eles não existe
sem a Santíssima
Trindade, quando eles
mesmos afirmam hoje que
os seguidores de outras
religiões também se
salvam. Teriam os
adeptos de outras
crenças não trinitárias
agostinianas que
reencarnar até que, um
dia, aceitassem a
Santíssima Trindade e a
alorredenção?