JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
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No juízo
final, ovelhas receberão
diplomas, mas
cabritos tomarão bomba
Os teólogos antigos
ensinavam um Deus
antropomórfico. E, ao
invés de tomarem o
atributo de Deus
Todo-Poderoso para o
amor e para o bem,
tomavam-no para o mal, o
ódio e a vingança,
longe, pois, do Deus Pai
amoroso ensinado por
Jesus.
Os teólogos, quando se
deparavam com uma dúvida
sobre uma interpretação
bíblica, diziam “isso é
perigoso”, isto é, tal
interpretação poderia
trazer o risco de um
castigo de Deus ou da
Igreja da época da
Inquisição, se ela
estivesse contra o
sentido verdadeiro da
Bíblia ou de algum dogma
católico.
E, hoje, a Igreja tem
duas correntes, a dos
teólogos conservadores e
a dos inovadores. Os
primeiros ainda mantêm
as ideias erradas
antigas sobre Deus e o
destino ameaçador para
os Espíritos humanos. Já
a corrente dos
inovadores prega uma
visão otimista sobre um
Deus de amor e de um
destino incondicional de
felicidade perene para
todos os Espíritos
humanos. Infelizmente, a
maioria dos dirigentes
religiosos de outras
igrejas cristãs mantém
ainda aquela antiga
teologia cristã errada e
amedrontadora da Igreja
do passado. Isso, às
vezes, lamentavelmente,
como meio de explorarem
mais facilmente os seus
fiéis. E esses
dirigentes religiosos
são ajudados por outros
que são sinceros, mas
que se tornam inocentes
úteis daqueles
dirigentes exploradores
mercenários,
prejudicando, assim, a
marcha do evolutivo e
verdadeiro Cristianismo,
que é o de um Deus de
amor e não de ódio e de
vingança.
É muito conhecida a
passagem evangélica da
separação das ovelhas
dos cabritos (Mateus 25:
32 a 41), no final dos
tempos. Trata-se de um
dos mais importantes
textos figurados dos
evangelhos. As ovelhas
representam as pessoas
vitoriosas, enquanto que
os cabritos, as
fracassadas, pois não
passaram no curso das
escolas durante as
reencarnações. E, usando
ainda uma linguagem
escolar, diríamos que
elas tomaram bomba!
Para uma corrente
católica baseada em
doutores em teologia,
entre eles o holandês
Jonh Kông, da
Arquidiocese de Belo
Horizonte, o inverno na
Palestina é muito forte.
As ovelhas, protegidas
pela sua espessa camada
natural de lã, podem
passar, tranquilamente
no tempo, as noites
frias. Já os cabritos,
com sua pele fina, à
noite, têm que ser
recolhidos nos currais,
pois, ao relento,
poderão morrer de frio.
Os cabritos simbolizam
os Espíritos humanos
frágeis ou doentes da
alma que tomaram bomba,
precisando, pois, de uma
acolhida especial,
enquanto que os
verdadeiros cristãos, já
libertos
espiritualmente,
representados pelas
ovelhas, não precisam
dessa acolhida especial.
É isso que Jesus quis
dizer com a separação
dos cabritos das
ovelhas.
Essa passagem nos lembra
daquela em que Jesus
afirma que os doentes é
que precisam de médicos
(Mateus 9: 12).
Realmente, os cabritos,
pela sua natureza de
pele frágil para
enfrentar o rigor do
frio, de algum modo, são
doentes. E ela nos
lembra também daquela em
que Jesus diz que o bom
pastor procura a sua
ovelha perdida “até que
ela seja encontrada”
(Mateus 18: 12), ou
seja, até que seja
salva.
Esses ensinamentos estão
de acordo com o que o
excelso Mestre nos
ensinou: Deus quer que
todos se salvem (João 6:
39). E eles se igualam
aos da Doutrina
Espírita, que prega
também a salvação, um
dia, para todos os
Espíritos.
E quem será totalmente
vitorioso? O Deus
verdadeiro, o “satanás”,
ou os pregadores de um
Deus falso,
antropomórfico e do
terror?