Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
basear-se-á na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. Que contém e que
significa O Livro dos
Espíritos?
Esse livro é a base e o
princípio fundamental do
Espiritismo. Contém os
princípios da Doutrina
Espírita sobre a
imortalidade da alma, a
natureza dos Espíritos e
suas relações com os
homens, as leis morais,
a vida presente, a vida
futura e o porvir da
Humanidade. O livro
divide-se em quatro
partes: a primeira trata
das Causas Primárias; a
segunda, de O Mundo dos
Espíritos; a terceira,
das Leis Morais; e, a
quarta, das Esperanças e
Consolações.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXI – Ensino dos
espíritos.)
B. O que é indispensável
a uma boa direção de uma
Casa Espírita?
Que seus fundadores e
dirigentes se submetam
aos Princípios
Kardecistas, tal como
expostos em O Livro
dos Espíritos, os
quais, como foi dito na
questão anterior,
constituem os
fundamentos da Doutrina
Espírita.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
C. A influência do meio
exerce ação realmente
considerável no tocante
ao bom êxito das sessões
espíritas?
Sim. Às vezes, um único
elemento discordante
introduzido num meio já
constituído e
desenvolvido pode
interromper, por muito
tempo, o curso das
sessões, até então
realizadas com sucesso.
É bom que lembremos
sempre que as
comunicações com os
Espíritos requerem
recato, respeito,
civilidade e
recolhimento.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
Texto para leitura
272. O Livro dos
Espíritos é a base e
o princípio fundamental
do Espiritismo, que, a
seu turno, está em
ligação íntima com o
Novo Testamento de Jesus
Cristo. Esse livro
contém os princípios da
Doutrina Espírita sobre
a imortalidade da alma,
a natureza dos Espíritos
e suas relações com os
homens, as leis morais,
a vida presente, a vida
futura e o porvir da
Humanidade. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXI –
Ensino dos espíritos.)
273. A obra divide-se em
quatro partes: a
primeira trata das
Causas Primárias; a
segunda, de O Mundo dos
Espíritos; a terceira,
das Leis Morais; e, a
quarta, das Esperanças e
Consolações. A
Introdução e a Conclusão
são dois admiráveis
capítulos, que deixam
ver bem claro o espírito
de agudo critério que
caracterizava o Mestre.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXI – Ensino dos
espíritos.)
274. É inútil nos
estendermos em maiores
considerações sobre tão
monumental obra; tudo o
que escrevêssemos para
encarecer a Doutrina
enfeixada nessas
centenas de páginas não
daria ainda uma ideia da
grandeza de conceitos,
de admirável lógica, que
seus textos encerram.
Julgamos a Codificação
dos ensinos Espíritas o
mais grandioso, o mais
admirável fato do Poder
Espiritual, da verdade
do Espírito Imortal.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXI – Ensino dos
espíritos.)
275. Para a boa direção
dos núcleos espalhados
hoje por todas as
cidades e vilas do
Brasil, é indispensável
que os seus fundadores
se submetam aos
Princípios Kardecistas,
que constituem os
fundamentos da Doutrina.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
276. Um fato por lembrar
é o que se refere às
sessões que dão início
aos trabalhos
intitulados,
impropriamente, com o
nome de propaganda.
Referimo-nos às sessões
públicas, de
comunicações com portas
abertas, sem
circunspeção e critério
exigidos para a prática
de tal natureza.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
277. Frequentemente, são
uma espécie de
passatempo, à guisa de
religiosidade, em torno
da qual se reúnem
indivíduos atraídos pela
curiosidade e sem outro
fim além de passarem
algumas horas
deleitando-se com
manifestações
extravagantes que não
falam ao raciocínio, e,
por vezes, deprimem o
sentimento. É bom
lembrar que as
comunicações com os
Espíritos exigem muito
recato, muito respeito,
muita civilidade e muito
recolhimento. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXII
– Orientação dos centros
e grupos espíritas -
Influência do meio.)
278. A influência do
meio exerce ação
considerável para o bom
êxito das sessões. Às
vezes, um só elemento
discordante introduzido
num meio já constituído
e desenvolvido pode
interromper, por muito
tempo, o curso das
sessões, até então
realizadas com sucesso.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
279. Jesus disse: "Onde
estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles".
Este aviso demonstra
muito bem quanto é
difícil manter a unidade
de espírito em uma
reunião que se salienta
pelo número, e não pela
qualidade dos
assistentes. Se fosse
fácil a manifestação do
Espírito em grandes
reuniões, o Mestre não
limitaria os seus
interlocutores a "dois
ou três". (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXII
– Orientação dos centros
e grupos espíritas -
Influência do meio.)
280. O que se deve,
pois, é resumir quanto
possível o número de
assistentes, nos
trabalhos práticos, e
submeter-se aos ditames
superiores, à palavra do
Cristo, o Mestre, o
Sábio, cuja sentença,
para nós, deve ser uma
ordem a obedecer.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
281. Nos Evangelhos
temos uma lição
maravilhosa que não
devemos esquecer. É a
lição do Tabor. Para que
se produzisse na sessão
do Monte Tabor o sucesso
desejado, Jesus, que se
fazia acompanhar sempre
de doze discípulos, só
levou consigo ao monte
três destes: Pedro, João
e Tiago. Foi então que
apareceram os Espíritos
de Moisés e Elias.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
282. Sabemos que o
Mestre operou maravilhas
publicamente, mas não há
dúvida de que assim
procedia quando era
conhecedor do meio em
que se achava. Além
disso, esses fatos, que
compõem a História do
Cristianismo, eram
espontâneos, e, pode-se
dizer, insólitos,
inesperados, talvez
mesmo para que a
influência desarmônica
do meio não estorvasse a
sua ação, tida como
milagrosa. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXII
– Orientação dos centros
e grupos espíritas -
Influência do meio.)
283. Há, entretanto,
muitas narrações nos
Evangelhos, além da que
citamos, que mostram
como as deficiências ou,
ainda, a hostilidade do
meio levaram Jesus, para
exercer o seu
ministério, a se afastar
do grupo, para agir fora
dele. Lê-se em Marcos,
VIII, 22 e 23: "Então
chegaram a Betsaida. E
lhe trouxeram um cego e
pediram-lhe que o
tocasse. Jesus tomando o
cego pela mão conduziu-o
fora da aldeia".
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
284. Ainda em Marcos,
VII, 32 e 33, lê-se:
"Atravessando o
território de Decápole,
trouxeram a Jesus um
surdo e gago e lhe
pediram que pusesse a
mão sobre ele. Jesus,
tirando-o da multidão,
levou-o à parte". Em
Mateus, IX, 18 a 25, o
Mestre, para efetuar a
cura da filha de Jairo,
afastou todos os
elementos que
prejudicavam a sua ação:
"Retirai-vos; e,
retirada a turba, Jesus
tomou a menina pela mão
e ela se levantou".
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXII – Orientação
dos centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
285. Como era de
esperar, O Livro dos
Médiuns e os demais
autores de livros
espíritas recomendam
muito cuidado com o meio
de ação para o bom
sucesso das experiências
e das sessões
regularizadas. (Médiuns
e Mediunidade, cap.
XXXII – Orientação dos
centros e grupos
espíritas - Influência
do meio.)
(Continua no próximo
número.)
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