Encontramos no
Evangelho de
Mateus, capítulo
V, vv. 17 e 18,
o seguinte
ensinamento de
Jesus: ”Não
penseis que eu
tenha vindo
destruir a lei
ou os profetas:
não os vim
destruir, mas
cumpri-los...”.
Ensina Kardec em
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
capítulo I: “Na
lei mosaica, há
duas partes
distintas: a lei
de Deus,
promulgada no
monte Sinai, e a
lei civil ou
disciplinar,
decretada por
Moisés. Uma é
invariável; a
outra,
apropriada aos
costumes e ao
caráter do povo,
se modifica com
o tempo”.
A lei de Deus
está formulada
nos dez
mandamentos.
Esta é lei
divina e,
portanto, é
imutável,
ninguém consegue
modificá-la, nem
mesmo Jesus.
“Por isso a sua
afirmação: não
penseis que vim
destruir a
lei”.
Vivemos sob o
domínio de leis
sociais, leis
essas
estabelecidas
pelos homens.
Cada país tem
suas leis de
conformidade com
as necessidades
de cada povo.
Tais leis têm
por objetivo
promover a
harmonia na vida
das criaturas.
Elas nem sempre
são justas ou
corretas, pois
são elaboradas
por homens
falíveis, mas
têm por
finalidade
estabelecer
limites à
conduta do homem
na Terra.
Mesmo com todas
as suas
deficiências, é
necessário
aprendermos a
respeitá-las,
pois, segundo
Adenauer Novaes,
“precisamos
dessas normas
externas para
conseguir
introduzir em
nós as leis
divinas, que são
as leis de ordem
espiritual. Na
medida em que
vamos aprendendo
a respeitar as
leis dos homens
conseguiremos
compreender as
leis de Deus e
colocá-las em
prática. Aí não
precisaremos
mais das leis
externas – leis
dos homens”.
Jesus não veio
distribuir as
leis de Deus,
que são
indestrutíveis,
veio cumpri-las.
Desenvolveu-as,
deu a elas o
verdadeiro
sentido, fez as
adaptações ao
entendimento da
época.
Resumiu-as em
apenas dois
mandamentos:
“Amar a Deus
sobre todas as
coisas e ao
próximo como a
vós mesmos”.
Quanto às leis
de Moisés, Ele
as modificou por
inteiro. Moisés
ensinou: “olho
por olho, dente
por dente”,
“quem com ferro
fere com ferro
será ferido”, e
Jesus: “Ama ao
teu próximo como
a ti mesmo”,
"Perdoa, não
apenas sete
vezes, mas até
setenta vezes
sete
vezes”.
Em O Livro
dos Espíritos,
na questão 614,
Kardec questiona
aos Espíritos:
“Que se deve
entender por lei
natural?”
Resposta: “A lei
natural é a lei
de Deus. É a
única verdadeira
para a
felicidade do
homem.
Indica-lhe o que
deve fazer ou
deixar de fazer
e ele só é
infeliz quando
dela se afasta”.
Deus criou e
continua criando
a humanidade
para ser feliz,
e, assim sendo,
entendemos ser
necessário
meditar sobre as
Suas leis,
desenvolvendo-as
em nós, pois,
como nos ensinam
os Espíritos que
ditaram a
codificação
espírita, as
Leis de Deus
estão inscritas
na nossa
consciência.
Elas ali foram
colocadas por
Deus, como
sementes que
cabe a cada um
cultivá-las,
para que se
desenvolvam.
Quando
aprendermos e
melhor
conhecermos as
leis de Deus,
vivendo conforme
elas, não mais
precisaremos de
Leis humanas, e
teremos
encontrado a
felicidade que
temos buscado em
vão durante
inúmeras
existências.