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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 440 - 15 de Novembro de 2015

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)
   

 



Fé e equilíbrio


Momentos difíceis verdadeiramente, estamos observando. Nunca houve tantas facilidades materiais para os homens. Conversando com pessoas idosas, que nos contam como era no seu tempo, tudo com muito esforço, buscar água longe de casa, carregando baldes; lavar roupas em rios, luz de lamparinas; viagens demoradas, muitas vezes a cavalo, levando dias, o que hoje se faz em poucas horas, tudo nos mostra quanto o mundo caminhou.  Hoje, alcançam-se novos mundos.

Há poucos dias noticiou-se nos meios de comunicação que os astronautas comeram, pela primeira vez, vegetais produzidos no espaço, experiência feita nas espaçonaves, tendo em vista o projeto de viagens interplanetárias muito longas e a lugares distantes. Tudo nos mostra o avanço científico que caminha a passos rápidos no planeta. A impressão que alguns sentem é que esse caminhar está mais acelerado nestes últimos anos. É o processo de transição da Terra, que evolui gradativamente para mundo de regeneração.

Urge melhorar os sentimentos. Um médico amigo, clínico geral, nos mostrou nesta semana um parecer do conselho de medicina de seu estado, dizendo que o médico generalista, principalmente o que atua na área da saúde pública, não é obrigado a refazer receitas de medicamentos controlados receitados por psiquiatras ou outros médicos. Nunca houve, segundo se observa, tanta receita controlada. Esse médico amigo nos disse que metade das receitas a serem refeitas, de uso continuado de pacientes, é receituário controlado, a ponto de preocupar sobremaneira os médicos, que estão questionando o fato.

Conversávamos sobre esse assunto com amigos. A pessoa fica três dias sem dormir e quer remédio para dormir. Um filho morreu, acontece o velório e a mãe não pode chorar, nem afligir-se; querem remédio para se acalmar. O velhinho dorme na frente da televisão à tarde e à noite não consegue dormir; a família quer dar remédio para dormir. A criança não aprende na escola, por falta de educação, limites e disciplina; querem dar remédio para ficar quieta.

Nesta semana em que escrevemos, tivemos a oportunidade de conversar com uma avó lúcida que está tentando convencer a nora do erro que esta vem cometendo, e ainda não conseguiu. Pasmem! A nora há um ano está dando medicação controlada, diz a avó, para a neta dela, de sete anos, uma menina linda, com quem conversamos por alguns minutos. Quando perguntamos o porquê da medicação, pois não há nada errado com a criança para que isso se dê, a avó nos disse algo que nos mostra a dificuldade da hora presente. Tecnologia avançada e sentimentos atrasados! A mãe da menina está fazendo isso porque há um ano o irmãozinho dela, de dois anos de idade, morreu! Que dificuldade as pessoas estão tendo de lidar com suas emoções! É natural chorar. Há momentos em que chorar faz muito bem, principalmente se há uma causa justa para isso. O problema nesse caso está na mãe e não na criança. Foi ela que não superou a morte do filho e faz uma transferência para a criança. Nessa hora, a fé em Deus e na imortalidade da alma ajuda na superação.  Já vimos uma criança de oito anos, que frequentava o centro espírita com o avô, consolar a avó de tal modo com relação à morte do seu pai, filho dela, que ela começou a frequentar o centro espírita por causa do equilíbrio e lucidez do neto em relação ao assunto. Foi consolada e nunca mais deixou o consolo do Espiritismo.

Na mesma semana, vimos uma jovem mãe com o filho de quatro anos, uma criança linda e calma.

Ela nos disse que deu remédio controlado, Neuleptil, para o menino, até quatro meses atrás, simplesmente porque ele fazia o que muita criança sem limites e educação faz: Jogava-se no chão do shopping e fazia birra quando não ganhava o que queria! Isso se dava com a mãe, que não sabia ajudá-lo, porque ali conosco era um doce!

Que se passa? É preciso lidar com os sentimentos de dor e de contrariedade. Preciso é ter uma religiosidade, um elo de ligação com Deus, a inteligência suprema do universo, a causa primária de todas as coisas. Elevar o pensamento em oração, confiar, assentar a casa sobre a rocha da fé viva, ter a certeza de que todo sofrimento é degrau de subida para o Espírito, quando aceito com resignação e amor a Deus. Cultivar pensamentos retos, elevados, para suportar os momentos difíceis.

Lembramos aqui o sábio Léon Denis, no livro de que gostamos muito: “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”. Diz ele que o pensamento é criador. Não atua somente em roda de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente ou futura. Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil, de que o corpo fluídico é composto. Assim, pouco a pouco, nosso ser povoa-se de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade. Segundo o ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se.

Como estamos alimentando nossas emoções? Como estão nossos pensamentos? É necessário e urgente aumentarmos nossa fé, amarmos mais, superarmos as aflições com amor a Deus. Esse culto à medicação controlada tem que ser suplantado pela consolação e pela fé que dão esperanças.

Conhecemos uma senhora mineira maravilhosa. Hoje está na faixa dos 75 anos de idade, mais ou menos. A sua vida toda foi quase de insônia dormindo apenas duas horas por noite. Acorda bem, como se tivesse dormido oito horas seguidas. Não nos lembramos de ela ter feito uso de remédios controlados por causa disso. Passa a noite fazendo roupinhas de tricô e fornece para todas as creches de sua cidade. Aproveita bem o seu tempo.

Devemos deixar bem claro aqui que há casos e casos! Reportamo-nos nestas linhas que somos contrários ao uso de medicação controlada de modo desnecessário, pois há aqueles que são necessários, isso é claro! Reportamo-nos a aprender a lidar com nossas emoções e vencer as adversidades com nossa fé e nosso esforço. Observamos que há Espíritos encarnados com muitas dificuldades de esforço pessoal. Aprendemos, passando pelas experiências de dor e superando-as, e não reprimindo-as e as represando!

Que se passa? - repetimos. Elevemo-nos em pensamentos. Cuidado até com o que permitimos entrar em nossa casa, através da mídia, que nos influencie de modo negativo. Tenhamos Jesus conosco. Tenhamos fé, mantenhamos nosso equilíbrio emocional, ultrapassemos as horas difíceis com sentimentos elevados, pois o momento nos pede isso. Confiemos em Deus. Liguemo-nos à nossa religião. Tudo passa. As dores passam. O Espírito encarnado nasceu para se aprimorar e um dia será feliz. Pode sê-lo aqui mesmo. “Onde está seu tesouro aí está seu coração”, disse Jesus. No velho dito popular, sábio, “o céu e o inferno estão dentro de nós”. Alimentemos nosso Espírito com amor, sejamos mais carinhosos uns com os outros, vençamos nosso egoísmo primitivo e seremos mais felizes, isso é certo!
 
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita