WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Editorial Inglês Espanhol    
Ano 9 - N° 440 - 15 de Novembro de 2015
 
 

 
 

Quem não é contra nós...


Quem conhece as Escrituras certamente se recorda de um expressivo ensinamento saído da fala de Jesus e registrado pelos evangelistas Lucas e Marcos.

Ei-lo:

 

E, respondendo João, disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não te segue conosco. E Jesus lhe disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós. (Lucas 9:49,50.)

 

E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós. (Marcos 9:38-40.)

No cap. XIII do livro Uma estrela em forma de flor, Arthur Bernardes de Oliveira, reportando-se às perseguições sofridas pelos espíritas do Porto de Santo Antônio (hoje Astolfo Dutra), localidade situada na Zona da Mata de Minas Gerais, disse o seguinte:

 

“Por isso deixo de dizer as inúmeras vezes em que procissões incalculáveis paravam diante de nossa casa, para cantar hinos e emitir provocações, na mais infame de todas as humilhações. Eu era pequeno, mas não me esqueço de uma em que, levados por minha mãe, fomos para a varanda, a fim de receber na face os apodos e os achincalhes.


Minha mãe, tranquila como o céu, serena como um lago, pura como um lírio, a olhar aquela multidão enfurecida, e olhos para o Alto, pedindo a Deus perdão para aqueles infelizes.


Nem direi que por causa de campanha clerical ficaram os espíritas sem patrões para quem trabalhar, e alimentos de quem comprar, ou para quem vender.


Fechou-se o ciclo do bloqueio econômico. A miséria se agravava, mas a fé se robustecia. E como ‘nada é impossível àquele que crê’, vencemos aquela parada. Sabem Deus e os antigos moradores de Astolfo Dutra com que lágrimas e com que dores.


Certa vez, um italiano de lá, Sr. Próspero, anunciou que invadiria com o seu caminhão o nosso centro na hora de reuniões. A cidade se alarmou. Todos iam ver o ‘divino massacre’. Sr. Próspero conquistaria o céu com a beleza daquele gesto vandálico. A data foi marcada. E aos que o aconselhavam para não ir ao centro, devido à sua paralisia, o velho Abel Gomes deu esta admirável lição de fé e de coragem:


– Hoje ninguém me segura. Poderia faltar a todas as reuniões. Mas a esta de hoje, jamais eu me permitiria isso. Tenho que ir e quero ficar na porta. As rodas do caminhão hão de apanhar-me primeiro. Depois morrerão vocês. Mas o primeiro hei de ser eu.


Dessa atitude, ninguém conseguiu demovê-lo. E às sete horas em ponto, com o caminhão descendo e subindo as ruas da cidade, para aumentar ainda mais o interesse pelo espetáculo, lá estava no meio da porta aquele vulto extraordinário com os cabelos branquinhos, pronto a morrer pela Causa.


Devemos a essa decisão do velho Abel Gomes todas as vitórias que vieram depois. Não se tivesse comportado dessa maneira e talvez estivesse morta para sempre, em Astolfo Dutra, a semente esplendorosa do Espiritismo.”
(Uma estrela em forma de flor, cap. XIII, obra publicada em 28 de julho de 2014 pela EVOC – Editora Virtual O Consolador.)  

Muitos anos se passaram e chegamos ao século 21, mas a perseguição, a violência, o ódio continuam. No dia 28 de julho deste ano, conforme divulgado amplamente pela imprensa local e nacional, a sede da Associação Espírita A Caminho da Luz, com sede no Jardim Vila Rica, em Rondonópolis (MT), a 218 km da capital Cuiabá, foi arrombada e incendiada.(1)

Segundo a presidente da instituição, Elcha Brito, os criminosos destruíram tudo: paredes, fiação elétrica, cadeiras, móveis, quadro-negro e o material pedagógico que era usado em atividades de evangelização para crianças e jovens dos bairros vizinhos. A Associação Espírita realizava ainda tratamentos espirituais e fazia a distribuição de sopa. Antes do ato de vandalismo, a instituição havia sido “visitada” em três outras ocasiões, mas a polícia de Mato Grosso não conseguiu localizar os responsáveis.

“Não dá para saber se foi uma espécie de retaliação ou crime de ódio religioso”, ressaltou a presidente da instituição. Mas a intolerância religiosa neste País tem crescido tanto, que somente os ingênuos hão de descartar a possibilidade de que por trás do ato de vandalismo estejam pessoas que, ao dizer-se adeptas do Cristianismo, ignoram solenemente que Jesus afirmou que “quem não é contra nós é por nós”.

 

(1)http://g1.globo.com/mato-grosso 




 
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita