Não faz muito
tempo, ouvimos
uma repórter de
rádio queixar-se
de que ao entrar
em um banco e
passar pela
porta eletrônica
foi obrigada a
tirar todos os
pertences da
bolsa, inclusive
um gravador, seu
instrumento de
trabalho, mas
que a "leitura"
eletrônica do
sensor acusou
como algo
perigoso.
Conhecemos
muitas pessoas
que, depois da
era dessas
catracas, evitam
entrar em
lugares onde
elas estão
instaladas. "Não
tem sentido
(disse-nos uma
dessas pessoas)
achar à primeira
vista que todo
mundo é
criminoso,
malfeitor,
assaltante ou
sequestrador."
Embora a maioria
as considere
desnecessárias,
as tais portas
são um produto
do medo e da
insegurança que
distanciam as
pessoas.
Há outras formas
de
distanciamento:
apartamentos no
interior de
condomínios
fechados,
protegidos por
muros e janelas;
a criação de
cães assassinos;
a contratação de
seguranças
armados até os
dentes; a
colocação de
vidros no alto
dos muros; a
proteção de
janelas e portas
com grades de
ferro; a
eletrificação de
cercas. Enfim,
vive-se entre
muralhas, tendo
o próximo como
inimigo.
Neste ponto,
chega-se a
acreditar que as
pessoas boas e
honestas sejam
uma exceção em
meio a uma
população
predominantemente
má, o que não é
verdade. Apesar
de os bons
existirem em
grande número,
os maus parecem
sobressair-se,
por serem mais
atirados e
atrevidos.
Contudo, se os
bons quiserem,
promoverão uma
verdadeira
revolução.
Estamos num
planeta de
expiação e
provas,
marchando para
ser um planeta
de regeneração.
Quando
atingiremos este
estágio, não
sabemos. No
entanto, temos a
consciência de
que tudo
dependerá de
nós. O mínimo
que possamos
fazer como
cidadãos úteis
será de grande
valia para a
melhoria da
sociedade e do
país.
É importante que
a nossa
sabedoria e o
nosso
conhecimento
marchem lado a
lado com a nossa
capacidade de
amar. Este é o
equilíbrio
perfeito para
uma Humanidade
harmoniosamente
feliz.