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Brasil
Ano 9 - N° 441 - 22 de Novembro de 2015
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 
 

Como foi a passagem de Divaldo Franco por Foz do Iguaçu e Cascavel

 Um público numeroso, em ambas as cidades, assistiu às conferências proferidas pelo conhecido orador

 
 

Divaldo Franco, após atividades múltiplas de que participou em Brasília (DF) nos dias 7 e 8 de novembro, desembarcou em Foz do Iguaçu (PR) para proferir uma conferência no Centro de Convenções do Hotel Recanto Cataratas, fato que se ocorreu no dia 9 de novembro, às 20h. O tema foi “O sofrimento perante o Espiritismo”. O evento foi promovido pela 13ª URE - União Regional Espírita, como sede em Foz do Iguaçu, com apoio da Federação Espírita do Paraná (FEP).

Formando a mesa diretiva estavam presentes as seguintes personalidades do movimento espírita paranaense: Luiz Henrique da Silva, presidente da FEP; Lincoln Barros de Souza, presidente da 13ª URE, anfitrião; Claudemir Desto, presidente da 10ª URE; Tânia Maria Weber, presidente do Centro Espírita Paz, Amor e Caridade, de Foz do Iguaçu, instituição fundada em 6 de janeiro de 1922, representando as demais casas da região; Sóstenes Carvalho Cornélio, Conselheiro da FEP, e Divaldo Pereira Franco, conferencista.

Entre as mais de duas mil e quinhentas pessoas presentes se encontrava uma caravana de quase setenta participantes de espíritas do Paraguai.

O médium, educador e orador espírita Divaldo Franco, de renome nacional e internacional, abordando o atualíssimo tema, principalmente pelo momento conturbado por que passam o Bra-

Divaldo na tribuna em Foz do Iguaçu

Autógrafos em Foz

Banca de livros em Cascavel

Autógrafos em Cascavel

sil e o mundo, discorreu sobre Mohandas Karamchand Gandhi, que afirmara que se um único homem alcançasse a mais elevada qualidade de amor seria capaz de anular o ódio de milhões. A proposta de Gandhi foi a do amor, esse sentimento que ecoa na intimidade do ser humano. 

O amor é a solução para as mazelas humanas 

Albert Einstein, matemático e físico, afirmou em uma carta à sua filha que a lei do amor é a mais extraordinária força que o Universo conhece. Os grandes sábios da humanidade jamais ousaram falar sobre o amor, com exceção de Moisés, que falou sobre o amar a Deus e aos pais. Mas Jesus, o maior vulto da história da humanidade, que dividiu a História em antes e depois Dele, falou e exercitou o amor como ninguém e é, por isso mesmo, considerado por Hanna Wolff como o maior psicoterapeuta que a humanidade já conheceu.

Discorrendo sobre as qualidades do amor, O Semeador de Estrelas afirmou, com base em estudos, que quem ama não adoece, pode sofrer acidentes biológicos, ou problemáticas de saúde, porém não é doente. Ter doença é um fenômeno normal, ser doente é patológico.

Fazendo uma análise filosófica da criatura humana, da evolução antropológica, apresentou as conclusões do Dr. John B. Watson, psicólogo, que afirma que a primeira emoção do ser humano foi o medo, há aproximadamente cem mil anos; a segunda, a ira; e a terceira emoção, o amor, desenvolvida bem mais tarde na caminhada evolutiva do homem na face da Terra. Apresentando ligeiramente o pensamento dos filósofos pré-socráticos sobre a vida e seus desdobramentos e indagações, Divaldo discorreu também sobre as formulações socráticas do atomismo grego, e assim, essas duas correntes influenciaram a vida de muitos. Mais tarde, Jesus apresentou a proposta inigualável do amor como a solução para todo o mal, afirmando que a criatura humana é lucigênita. O amor é a solução para as mazelas humanas. 

É necessário que cada um comece a amar 

O sofrimento existe porque as criaturas humanas fazem jus a ele em virtude de seu descumprimento dos postulados divinos. De acordo com Carl Gustav Jung é necessário que o ser humano atinja o estado numinoso, a plenitude. O sofrimento é uma consequência do não amor. É fundamental que os indivíduos se doem, que sejam abnegados, solidários, que desenvolvam a compaixão e o sentimento do perdão.

Com base no livro Estes dias Tumultuosos, do pastor anglicano, de origem holandesa, Pierre Van Paassen, Divaldo Franco narrou a instigante e comovente história de Ugolin e sua irmã, transcorrida na Normandia e em Paris, França. Essa fenomenal história está registrada no livro Divaldo Franco e o Jovem, cap. 7, 2ª ed., LEAL Editora.

Com essa narrativa Divaldo Franco evidenciou que o sofrimento acompanha o ser humano que se afasta da Lei de Amor. O sofrimento é necessário para que a criatura humana possa transitar do Ego ao Self, deixando o orgulho para alcançar a humildade, para desenvolver a solidariedade, a compaixão. Este é o momento do perdão. O ódio é o vetor de aniquilamento do ser humano, destacou o Arauto do Evangelho e da Paz. A crise atual é moral. É necessário que cada um comece a amar. O amor dulcifica quem ama.

Finalizando com o Poema de Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco foi efusivamente aplaudido de pé. E, como reconhecimento pela magnífica conferência, os aplausos se estenderam por mais alguns instantes. 

O sofrimento é um processo natural de evolução da alma 

Infatigável e incansável, Divaldo Franco, antes de se deslocar para Cascavel, para atender à próxima atividade doutrinária, concedeu duas entrevistas nas dependências do hotel onde se encontrava hospedado.

Para a Rádio Cultura de Foz do Iguaçu, Divaldo Franco falou sobre o sofrimento, dizendo que ele é um processo natural de aprimoramento da alma humana, lapidador das emoções, possibilitando a purificação do ser humano. O sofrimento, explicou, é o resultado dos hábitos que estão contrários à Obra da Criação. Discorreu, também, sobre o Código Penal da Vida Futura, que se acha publicado na obra básica do Espiritismo, o livro O Céu e o Inferno, salientando que os atos infelizes levam a criatura humana ao sofrimento. Inquirido sobre seu ideal de vida, disse que é o de crescimento espiritual, de coragem e de manter-se jovem mentalmente, expondo e praticando os postulados do Espiritismo, o que lhe tem propiciado viver em um estado de plenitude.

Para a emissora de televisão do SBT de Foz do Iguaçu, discorreu sobre as pessoas que se consideram 100% boas, que são aquelas que dominam suas emoções e desenvolvem um alto grau de abnegação, elegendo o bem-estar de seu próximo. Sobre a depressão, apresentando estudos da Organização Mundial de Saúde, disse que é ela considerada, na atualidade, uma pandemia, e das mais agressivas. Hoje os indivíduos se envolvem em situações desafiadoras, principalmente quando a tecnologia, cada vez mais avançada, apresenta um alto grau de apelo ao consumismo, o que tem gerado muitas aflições e desafios.  

A verdadeira felicidade é dar, e não reter 

A depressão, disse, não é uma doença, mas um transtorno que o ser humano experimenta. Existem causas endógenas – hereditariedade, enfermidades infectocontagiosas, com suas sequelas – e as de ordem exógenas, também denominadas como eventos da vida, tais como culpa, depressão, ansiedade, solidão, perda do sentido existencial, entre outros.

O homem com o seu comportamento cultural e social, caracterizado pelo individualismo, pelo sexismo e pelo consumismo, os resultados esperados não poderiam ser outros se não aqueles degradantes e funestos. Há, na incidência da depressão, também os fatores de ordem espiritual: os processos obsessivos. Sempre muito jovial, uma de suas características, Divaldo Franco discorreu sobre a lei de causa e efeito, a violência experimentada pela humanidade terrestre na atualidade, dizendo que uma sociedade educada para desenvolver caracteres morais e éticos e de respeito aos códigos de uma saudável convivência alcançaria um estado de paz. A missão do homem na Terra é amar, tudo e todos. A verdadeira felicidade é dar, e não reter. O amor é um sentimento que transcende o indivíduo, e nesse contexto todos possuem tarefas a cumprir. Finalizando, afirmou que encontrar a paz é encontrar e desenvolver a beleza interna, comprazendo-se no estado de paz. A grande proposta é conhecer-se a si mesmo. 

O homem ainda não se encontrou a si mesmo 

No dia 10 de novembro, no agradável salão do Tuiuti Esporte Clube, Divaldo Franco, educador por excelência, proferiu uma conferência para mais de duas mil e duzentas pessoas, promovida pela União Regional Espírita – 10ª Região em parceria com a Federação Espírita do Paraná (FEP), expondo sobre a felicidade.

Compondo a mesa diretiva estavam as seguintes lideranças espíritas: Luiz Henrique da Silva, presidente da FEP; Claudemir Desto, presidente da 10ª URE, anfitrião; Lincoln Barros de Souza, presidente da 13ª URE; Vânia Maria de Souza, Conselheira da FEP; Adorinan Balbino Siqueira, presidente da 17ª URE; Milciades Lezcano, presidente da Federação Espírita do Paraguai, e Divaldo Pereira Franco, orador.

O Embaixador da Paz no Mundo fez um apanhado da História do progresso da Humanidade a partir do Século XVII, quando experimentou uma revolução de natureza científica. Discorreu sobre as conclusões a que chegaram vários pensadores e filósofos e suas correntes de pensamento, afirmando que a ciência foi capaz de grandes feitos, porém o homem ainda não se encontrou a si mesmo, não progredindo tanto quanto seria possível no campo da moralidade e da ética, inclinando-se ao materialismo e caracterizando-se pelo individualismo, pelo sexismo e pelo consumismo.

Como consequência, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de oitocentos milhões de pessoas morrerão de fome ao longo dos próximos dez anos. Somente na África uma criança morre de fome a cada segundo. 

A vida para ser digna deve ter um sentido 

Apresentando informações sobre a vida espiritual, Divaldo Franco narrou as ocorrências vivenciadas pelo Dr. Eben Alexander III, neurocirurgião, autor das obras O Céu Existe e O Mapa do Céu, entre outras, em que afirma que a vida após a morte é uma realidade. Após um evento de saúde, provocado por uma meningite, em que permaneceu em coma por uma semana, ele retornou à lucidez, afirmando que permanecera naquele período fora do corpo, tendo uma experiência de quase morte (EQM). Em seus estudos, e tendo sido materialista, comprovou que a consciência é independente do cérebro, que a morte é uma ilusão, e que uma eternidade de perfeito esplendor aguarda os indivíduos no além-túmulo, divulgando a vida espiritual e desmentindo o materialismo.

Na atualidade, afirmou o Semeador de Estrelas, as dores cavalgam o dorso dos indivíduos, visto que as conquistas intelectuais não foram acompanhadas pelas de ordem moral. Nas palavras de Victor Frankl, a vida para ser digna deve ter um sentido, uma meta. Quando falta esse sentido, a criatura humana se deprime. A meta de cada indivíduo é alcançar a felicidade através do estabelecimento de um sentido para a vida. Jesus, o magistral Mestre, ensinou que os indivíduos deveriam amar-se uns aos outros, como Ele nos havia amado. Aí está o grande sentido da vida, o amor. E o exercício desse amor, de acordo com o Espiritismo, é a caridade. 

“Ama incondicionalmente e serás feliz” 

Em muitos momentos Divaldo conduziu o público para estados de descontração, levando-o ao exercício do riso. O exercício do amor é dar ao outro o direito de ser como é, e aquele que ama deve se tornar melhor do que era antes. O Espiritismo proporciona aos indivíduos metas de vida. Metas que dão um sentido à vida. A felicidade é, também, a crença na imortalidade da alma. O Paulo de Tarso dos dias atuais enfatizou que o grande sentido da vida é amar. Quem ama é infinitamente feliz. Incentivou a cada um a exercitar o amor com quem está dentro do próprio lar. “Ama incondicionalmente e serás feliz”, asseverou o dedicado e sábio orador. Ter inimigos não é importante, o importante é não ser inimigo de ninguém, afirmou Divaldo.

Concluída essa etapa em terras paranaenses, Divaldo Franco viajou para Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde cumpriria uma série de compromissos de ordem doutrinária. 
 


Nota do autor:

 
As fotos que ilustram esta reportagem são de Jorge Moehlecke.
 





 


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