ANSELMO FERREIRA
VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
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Como lidamos com
o tempo?
Embora seja
truísmo afirmar
que vivemos num
período
fortemente
influenciado
pela ação das
trevas, é também
forçoso
reconhecer que
tal fato deriva,
em larga medida,
do desperdício
de tempo
precioso dos
indivíduos que
poderia
ajudá-los, se
fosse bem
empregado, a se
autoiluminarem.
Definitivamente,
a alocação de
tempo apropriado
para o
autoconhecimento
e
desenvolvimento
espiritual ainda
não constitui
prioridade para
a esmagadora
maioria dos
seres humanos
que habitam este
orbe. Aliás,
como bem observa
o Espírito
Emmanuel, “É
lógico que todo
homem conte com
o tempo, mas, se
esse tempo
estiver sem luz,
sem equilíbrio,
sem saúde, sem
trabalho?”
Com efeito,
considerável
parte da
encarnação é
geralmente
despendida em
atividades e
rotinas que nada
acrescem ao
Espírito em
termos de
conhecimento,
sabedoria e
lucidez. Nesse
sentido,
Emmanuel
argumenta com
propriedade que
“Constituindo
a Criação
Universal
patrimônio
comum, é
razoável que
todos gozem as
possibilidades
da vida;
contudo, de modo
geral, a
criatura não
medita na
harmonia das
circunstâncias
que se ajustam
na Terra, em
favor de seu
aperfeiçoamento
espiritual”.
Em decorrência
de escolhas
infelizes,
portanto, a
criatura humana
continua
palmilhando por
caminhos
escabrosos que a
distanciam da
luz.
Referimo-nos
aqui não apenas
aos supostos
gênios
empresariais e
financeiros que
limitam o seu
tempo (vida,
enfim) à busca
da acumulação de
patrimônios
perecíveis,
muitas vezes em
detrimento
daqueles a quem
deveriam se
esmerar em
servir, ou aos
políticos ávidos
por poder e
prestígio cuja
influência –
geralmente
maléfica –
apenas
obstaculiza o
progresso, ou
aos supostos
intelectuais
dominados pela
aspiração de
projetar suas
criações
levianas às
massas
desarvoradas e
sedentas de
diversão de
baixo valor
ético-moral, ou
ainda aos
artistas
pervertidos que
expõem os seus
corpos desnudos
a fim de
alavancar a
audiência e/ou
interesse pelo
seu “trabalho” e
estilo de vida,
mas também
reportamo-nos ao
cidadão comum
que se nutre de
tais aberrações
ou de outros
passatempos
bizarros. Assim
sendo, conforme
pondera o citado
mentor, “Nos
mais obscuros
recantos da
Terra, há
criaturas
exterminando
possibilidades
sagradas”.
Posto isto,
conclui o
benfeitor que “importa
considerar que
muito raros são
aqueles que
valorizam o dia,
multiplicando-se
em toda parte as
fileiras dos que
procuram
aniquilá-lo de
qualquer forma”.
Em
contrapartida, o
indivíduo
embalado pelo
ideal
cristão-espírita
já compreendeu
que o tempo é um
recurso limitado
e, nessa
condição, deve
ser otimizado,
pois a sua
jornada nesta
dimensão é muito
curta. O tempo,
ademais,
transcorre com
celeridade e sem
concessões de
qualquer espécie
à interrupção.
Passamos de uma
fase orgânica a
outra num
“piscar de
olhos”, de tal
modo que se não
aproveitarmos as
bênçãos da vida
certamente
haveremos de nos
arrepender. Com
acerto alerta
Emmanuel, “Em
quase todos os
setores de
evolução
terrestre, vemos
o abuso da
oportunidade
complicando os
caminhos da vida...”
Por outro lado,
somente
abraçando ações
e condutas
baseadas na
retidão, a
criatura humana
poderá assegurar
uma existência
moralmente sadia
e um futuro
resplandecente
para o seu
Espírito. Nesse
sentido, os
espíritas têm a
felicidade de
dispor de farto
material
literário de
cunho
intelecto-moral
para meditação e
aperfeiçoamento
interior, dos
passes
revitalizadores
proporcionados
pelos centros,
das exposições
instrutivas e
esclarecedoras,
dos trabalhos
assistenciais em
prol dos mais
necessitados,
sem falar dos
insistentes
apelos ao bem em
todas as suas
formas e
variantes.
Ao conhecermos
Jesus e o seu
legado, somos
inspirados
naturalmente ao
bom
aproveitamento
do tempo. Desse
modo, cabe
entender,
segundo propõe
Emmanuel, que “Se
és discípulo do
Senhor,
aproveita a
oportunidade na
construção do
bem. Semeando
paz, conhecerás
harmonia;
santificando as
horas com o
Cristo, jamais
conhecerás o
desamparo”.
De modo geral,
as criaturas
humanas já foram
amplamente
esclarecidas de
que chegará o
momento em que
se apresentarão
à
espiritualidade
carregando o
resultado das
suas iniciativas
em benefício do
próximo e da sua
própria
evolução, ou
seja, colherão
os resultados
decorrentes de
como utilizaram
o seu tempo na
encarnação em
decurso. Por
isso, ensina
Emmanuel, “um
dia de paz,
harmonia e
iluminação, é
muito importante
para o concurso
humano, na
execução das
leis divinas”.