E Ele
volta
sempre.
E O
recebemos
todas as
vezes.
Como é
bom
poder
contar
com Ele
em
nossas
vidas!
É quase
Natal...
Foi com
esses
pensamentos
que abri
os olhos
aos
primeiros
ruídos
da chuva
logo
pela
manhãzinha
aqui em
Londres.
As
janelas
das
residências
são
especiais,
denominadas
“double
glazing”
(vidro
duplo),
onde
existe o
vácuo
entre os
dois
vidros,
fazendo
com que
não se
perca o
calor de
dentro
de casa
em
confronto
com a
baixa
temperatura,
menos de
zero
grau, lá
fora.
Por
isso, se
ouvimos
o ruído
da
chuva, é
porque
realmente
o vento
faz com
que ela
dance
pra lá e
pra cá
de
encontro
à parede
de
vidro. É
sempre
um
espetáculo
ver a
chuva
através
das
janelas,
quando
ainda
noite,
sob os
abraços
das
luzes
das ruas
e dos
faróis
dos
carros.
Como diz
meu
filho,
aquarelas
que a
chuva e
as luzes
proporcionam
aos
nossos
olhos!
Sempre
achei a
chuva
muito
comportada
aqui em
Londres.
Nada de
estrondos,
trovões.
Estes só
acontecem
em raras
oportunidades.
Como não
entendo
da
ciência
da
meteorologia,
não
arrisco
comentários
outros.
O fato é
que é
quase
Natal.
Anoitece
muito
cedo,
ampliando
as
possibilidades
de se
ver o
colorido
de
centenas
de luzes
de Natal
nas
janelas
e nas
vitrines
das
lojas do
meu
bairro.
Meu
Deus!
Quanta
gente na
rua! Num
cartaz
imenso
luminoso,
chamativo,
lê-se
‘Black
Friday’.
Hoje,
uma
sexta-feira,
aqui
neste
cantinho
lindo
desta
cidade
que me
abriga,
centenas
de
pessoas
se
acotovelam
para
conseguir
o
intento
de
comprar
mais por
menos…
Alguns
compram
até o
que não
precisam,
apenas
para
entrar
na
‘onda’,
no
‘embalo’
dessa
psicosfera
consumista
que
contamina
mesmo.
No
período
de neve
aqui no
hemisfério
norte,
inventou-se
a Black
Friday,
a
“sexta-feira
negra”,
para dar
mais
reforço
ao
comércio,
ao
consumo.
Associando-se
ao
Natal,
quando
muitos
se
eximem
de
‘culpas’
dando
presentes
compensadores,
soltam a
ambição
de
comprar,
de se
autopresentear,
ficando
com a
consciência
liberta
para os
gastos,
muitas
vezes
desnecessários.
O
acordar
do
cartão
de
crédito,
trinta
dias
depois,
dói na
alma. Ai
ai ai! o
remorso
de ter
gasto
além do
planejado...
Mas,
deixando
o lado
material
à parte,
fiquemos
com o
encanto
que a
alegria
do Natal
traz
para
muitos
corações,
muitas
famílias.
É um
despertamento
que leva
casais
sem
filhos a
abrigar
crianças
de
orfanatos
pelos
dias
festivos,
tendo o
gostinho
do
abraço
infantil.
Outros
que
fazem as
já tão
conhecidas
campanhasː
“Neste
Natal,
faça uma
criança
feliz” –
aqui
fica um
ponto a
ser
pensado…
“Faça
acontecer
um Natal
no
coração
das
crianças
carentes,
em todos
os dias
de suas
vidas”.
E
podemos
fazer
isso,
podemos
adicionar
mais
amor nos
dias das
crianças
pobres,
órfãs ou
carentes
de um
abraço.
Se já
temos
Jesus em
nossos
corações,
que
ouçamos
o seu
ensino,
de amar
o
próximo,
fazer o
bem, a
quem
quer que
seja.
Vem-me
muito à
mente a
pintura
que
mostra
Jesus
lavando
os pés
dos
apóstolos.
E me
vem,
então, a
imagem
que
retenho
em minha
retina
espiritual:
nosso
abençoado
Chico
Xavier
beijando
a mão de
todas as
pessoas
que lhe
vinham
ao
encontro,
ou que
com ele
cruzavam
em suas
peregrinações.
Quando
lhe
perguntaram
por que
beijava
as mãos
das
pessoas,
Chico
respondeuː
“porque
não
posso me
curvar
para
beijar-lhes
os pés”.
Esta
crônica
poderia
se
alongar,
mas a
mensagem
que
quero
deixar é
meu
desejo
de um
Feliz
Natal
para
todos.
Que
recebamos
Jesus,
que
nasce
diariamente
nas
manjedouras
de
nossos
corações,
onde
quer
estejamos,
no
Brasil
abençoado,
ou em
terras
de
além-mar.
Elsa
Rossi,
escritora
e
palestrante
espírita
brasileira
radicada
em
Londres,
é membro
da
Comissão
Executiva
do
Conselho
Espírita
Internacional
(CEI).